VP jurídico explica ação contra a 777 e garante autonomia a Lúcio Barbosa

O VP jurídico do Vasco da Gama, Felipe Carregal, disse que nada muda na SAF, incluindo a negociação com o técnico Álvaro Pacheco.

Felipe Carregal, vice-presidente jurídico do Vasco
Felipe Carregal, vice-presidente jurídico do Vasco (Foto: Marcelo Wance/Vasco da Gama)

O vice-presidente jurídico do clube, Felipe Carregal Sztajnbok, participou ao vivo do “Seleção sportv”, nesta quinta-feira, para explicar o movimento que tira o controle da SAF do Vasco das mãos da 777. O advogado disse que a SAF permanece e que não há interesse do presidente Pedrinho em gerir o futebol, mas que o objetivo é buscar um novo parceiro.

– É importante ressaltar que a SAF permanece, não temos nenhum interesse em afastar o modelo nem em fazer gestão do futebol. A SAF, como toda sociedade anônima, tem um conselho de administração, que a orienta. Com essa decisão, o Vasco vai ser maioria nesse conselho e, embaixo dele, tem a SAF. A SAF tem o CEO, no caso o Lúcio Barbosa, e ele tem autonomia para executar a estratégia do conselho de administração. Ou seja, não teremos interferência direta na administração da SAF. Nosso papel, via conselho, é orientar e fiscalizar a sociedade. Não há intervenção direta – afirmou ele.

– Sem dúvidas, este é o principal motivo (o receio de que a 777 quebre). A gente avaliou os riscos, e a decisão foi tomada com base no nosso entendimento do direito e do cenário. Estamos certos da necessidade de ter feito isso. Nosso interesse é que a SAF encontre um parceiro que tenha mais afinidade e cuidado com o Vasco, que entenda de Vasco, entenda o torcedor. Naturalmente, entendemos que esse novo parceiro será necessário – completou Carregal.

Perguntado sobre mudanças imediatas no futebol, Felipe Carregal explicou que a gestão da SAF segue como está, com o CEO Lúcio Barbosa tomando as decisões, inclusive sobre o novo treinador – o Vasco tem acerto encaminhado com o português Álvaro Pacheco. A disputa do clube é com o sócio- majoritário, no caso a 777 Partners, que tem sido alvo de acusações fora do Brasil.

– A SAF tem autonomia, a negociação com o futuro técnico passa pela SAF, que vai continuar conduzindo a negociação. A gente não interfere nesta gestão, o que está em curso continuará. Do ponto de vista prático nada muda para a SAF. O CEO Lúcio Barbosa tem autonomia para tomar as decisões e vai continuar tomando. Nosso controle é feito através do conselho de administração – explicou o VP jurídico.

– Defendo a Lei da SAF e sua importância no Brasil. O problema que estamos vivendo hoje no Vasco é específico com o investidor por questões lá de fora, hoje também saiu uma decisão na Bélgica. Isso só reforça nossa cautela e nos dá a tranquilidade de saber que tomamos a decisão no momento certo. Acreditamos que isso vai acontecer em outros lugares. Temos noção do peso, mas estamos tranquilos com esse movimento que fomos obrigados a fazer – concluiu Carregal.

A 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou, na noite desta quarta-feira, pedido do clube e tirou o controle da SAF do Vasco das mãos da 777 Partners. A decisão em caráter liminar é assinada pelo juiz Paulo Assed Estefan. A empresa americana vai recorrer.

Fonte: Globo Esporte

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