Castan chega no fim, assume liderança e dá novo ânimo à zaga do Vasco

O zagueiro Leandro Castan assumiu a liderança no Vasco, melhorou o setor e deu novas esperanças para a próxima temporada.

Com 91 gols sofridos na temporada, a torcida certamente não guardará boas recordações da defesa vascaína em 2018. A constante troca das duplas de zaga, saídas polêmicas do elenco, seguidas lesões e algumas goleadas decepcionantes marcaram negativamente o ano ate o último jogo. Porém, mesmo com a retrospectiva ruim, uma melhora significativa na reta final traz boas esperanças de um 2019 melhor no setor defensivo da Colina, principalmente por conta de Leandro Castan. O LANCE! analisa.

O experiente zagueiro foi contratado em momento crítico da temporada, quando as trocas de treinadores e seguidas derrotas formavam uma bola de neve. Castan chegou ‘de brinde’ com Maxi López, principal reforço do ano e amigo pessoal do brasileiro na época em que atuaram juntos na Itália. A vinda do camisa 25 veio para suprir as lesões de Breno e repor as saídas de Erazo e Paulão. Em boa forma física, logo estreou e mostrou qualidade técnica, apesar de ter demorado a engrenar. Com as ausências de Martin Silva e Ramon, o zagueiro recém-chegado assumiu a braçadeira de capitão e a liderança fora de campo.

A contratação caiu como uma luva e agora serve de molde para a chegada do meia Bruno César, por exemplo. Não é exagero dizer que Castan foi o melhor reforço defensivo da temporada, pelo momento da equipe e pelo que representou ao grupo. Em um ano longo marcado pelas oscilações, sua melhor dupla foi com Werley, evitando rebaixamento em dezembro. Relembre toda a temporada abaixo.

PENEIRA

O pior momento da defesa do Vasco foi no início do ano, ainda com Zé Ricardo. Na época, as falhas de Erazo e Paulão viraram um tormento para torcida. Não foram poucas goleadas: 4 a 0 para o Racing na Argentina, 4 a 0 contra o Wilstermann na Bolívia, 4 a 0 para o Cruzeiro em São Januário e duas derrotas por 3 a 0 sofridas contra o Bahia fora de casa. Ambos viraram alvo das arquibancadas e saíram pela porta dos fundos meses após debocharem das críticas nas redes sociais. Durante o período, Werley e Ricardo Graça eram os primeiros reservas e quando entraram não conseguiram dar conta do recado.

MUDANÇAS

Com a saída de Ze Ricardo e da contestada dupla de defesa, a Era Jorginho prometia melhoras defensivas – que demoraram a aparecer. A parada da Copa do Mundo foi essencial para os ajustes. Durante a intertemporada, as chances a Werley e o retorno de Breno após meses parado deram uma nova cara ao sistema defensivo, mas que foi prejudicado pela sequência de lesões. O primeiro voltava de lesão no braco quando sofreu uma fratura no pé e o segundo voltou a sentir o joelho e não jogou mais no ano.

– Foi uma falta de sorte, pode acontecer com qualquer atleta, mas infelizmente aconteceu comigo. Consegui terminar a temporada bem, ajudando o Vasco e os meus companheiros, mesmo não estando 100% fisicamente. As lesões me atrapalharam muito, não consegui em nenhum momento ter ritmo de jogo e uma sequência, mas foi gratificante terminar da forma que foi. Tenho certeza que 2019 será um ano muito importante para mim e para o clube – declarou o camisa 34.

Durante o período, Jorginho não conseguiu bons resultados no comando da equipe e acabou demitido em pouco tempo. Após dois jogos de Valdir Bigode como interino, Alberto Valentim assumiu o comando precisando improvisar na posição. Luiz Gustavo, até então reserva na lateral, foi testado como zagueiro e permaneceu até o retorno de Werley – assim, voltou para posição de origem, desta vez como titular. Com quatro derrotas seguidas nos primeiros quatro jogos, a diretoria entendeu a necessidade de contratações e buscou o colombiano Oswaldo Henríquez, para a reserva, e Leandro Castan no ‘pacote Maxi López’. E, enfim, surtiu efeito.

LIDERANÇA

A chegada de Leandro Castan não elevou apenas o nível técnico da defesa vascaína, como deu um novo ânimo para o setor. O zagueiro assumiu a titularidade e em pouco tempo herdou a braçadeira de capitão nas ausências de Martin Silva e Ramon. A melhora foi coletiva e fundamental para a permanência na Série A. Sem Breno, a dupla ideal foi formada pelo canhoto e por Werley, que se manteve em forma ate o último jogo, com Henriquez e Ricardo de opções no banco. E contra o Ceará, nos últimos minutos, o pe direito do camisa 34 bloqueou chute que poderia resultar na queda para segunda divisão.

Werley, no Vasco desde o primeiro semestre, admite que o ano foi de oscilação mas sai satisfeito com a reta final da temporada e da parceria com Leandro Castan.

– Foi uma temporada de altos e baixos para o Vasco, e não conseguimos manter uma regularidade. Oscilamos bastante desde o começo do ano. O Brasileiro é sempre um torneio difícil de se jogar. É indispensável em campeonatos desse tipo ser uma equipe regular. O mais importante foi manter o clube na Série A para fazer tudo diferente no ano que vem. Foi um grande alívio tudo que aconteceu na última rodada.

Lancenet

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