Apostas de Ramón Díaz, Maicon e Paulo Henrique fazem jogada do gol do Vasco

Técnico do Vasco da Gama, Ramón Díaz deu oportunidade para os "renegados" zagueiro Maicon e o lateral Paulo Henrique.

Ramón Díaz em Vasco x Botafogo
Ramón Díaz em Vasco x Botafogo (Foto: André Durão/ge)

Em momento de variação nas atuações, o Vasco precisaria de uma “noite copeira” para arrancar pontos em clássico difícil em São Januário, ontem, contra um Botafogo que necessitava de um bom resultado para seguir agarrado à liderança. E foi o que fez: com um golaço de Paulo Henrique e uma atuação de muita solidez defensiva para garantir o placar, o cruz-maltino saiu da zona de rebaixamento “na marra”, vencendo por 1 a 0 e dando o troco do primeiro turno no rival, que vê a crise se ampliar.

O gol vascaíno é significativo para o trabalho de Ramón Díaz: nasce dos pés de dois jogadores que ganharam a confiança da comissão técnica para assumir vagas importantes nesta reta final de campeonato. Maicon, que virou titular na rodada passada, tirou na defesa em direção a Paulo Henrique, que correu o campo todo para bater de esquerda, no cantinho de Lucas Perri. O lateral-direito, até pouco tempo com pouquíssimo espaço no elenco, é outra aposta do treinador, e resolveu o problema que o time tinha na posição até poucas semanas atrás.

— Tanto ele como Medel transmitem essa experiência e tranquilidade — avisou Ramón Díaz sobre Maicon, ressaltando a importância da dupla para os jovens do time. Sobre Paulo, fez mais elogios:

— Fomos trabalhando, dando confiança. É um jogador muito rápido, agressivo, tem projeção. Estamos trabalhando. Estou muito feliz (pelo gol).

Com a vitória, o cruz-maltino chegou aos 37 pontos e empurrou o Cruzeiro, com a mesma pontuação, para o Z4. O próximo compromisso é no domingo, contra o América-MG, já pela 34ª rodada, novamente em casa. O confronto direto com a equipe celeste, pela 33ª rodada, foi adiado para 22 de novembro.

Gol vira cenário; defesa brilha

A confiança após a vitória de quinta-feira passada sobre o Cuiabá não evitou um início de clássico nervoso. O time enfrentava o líder do campeonato, afinal. E sofreu com o bom início do rival, que adiantava sua marcação e ganhava a primeira bola durante boa parte do primeiro tempo. Nas oportunidades em que teve de reter a bola, errava muitos passes e lançamentos pelo meio com Zé Gabriel e Praxedes.

O golaço de Paulo Henrique serviu para virar completamente esse cenário. Com a vantagem, o cruz-maltino adotou uma postura mais inteligente no jogo: com maior tranquilidade, viu seus meias crescerem e explorava os espaços que um Botafogo nervoso dava, em especial pela sua esquerda. O próprio Paulo encontrou muito campo nas costas de Marçal.

No segundo tempo, o time se retraiu. Demorou a acompanhar as alterações táticas do Botafogo e passou a sofrer mais, tanto pelas pontas, quanto pela intermediária. A saída de Erick Marcus, lesionado, que fechava o corredor, também diminuiu o arsenal ofensivo e o poder de recomposição da equipe. Alex Teixeira entrou em seu lugar, mas teve muitas dificuldades para conectar os contra-ataques. Paralelamente, a defesa cruz-maltina vivia ótima noite, evitando as investidas de um alvinegro que trocou um zagueiro (Bastos) por um atacante (Diego Costa).

A pressão do Botafogo continuava, mas a noite era mesmo do Vasco e de seu treinador. Se o torcedor em São Januário já começava a demonstrar impaciência pela demora nas alterações, as entradas de Jair e Léo nos últimos minutos da partida ajudaram o time a controlar o ímpeto alvinegro, garantindo o ótimo resultado.

Fonte: O Globo

2 comentários
  • Responder

    Basta manter essa formação, já que a que triunfou contra o Fluminense, nunca mais veremos!

  • Responder

    Paulo Henrique desde quando estreou no Vasco em poucos minutos , mostrou que não poderia ser renegado assim como Maicon , no entanto ficaram amargando reserva sendo seus postos preenchidos com improvisação de jogadores para suas posições .Paulo Henrique marca bem , tem velocidade e disposição , Maicon é destes zagueiro-zagueiro é firme nas bolas rasteiras como também nas altas , aliás si ele não estivesse saído contra o Goiás arrisco a dizer que dificilmente o atacante goiano teria espaço de cabecear ,portanto digo , não foi a saída de Vegetti , até porque , ele não é zagueiro .Mas continuo a dizer que o treinador Ramon Dias em que pese seu bom trabalho , ainda não está sabendo ler o jogo , ele pode muito bem já começar o jogo com Léo ao lado de Maicon com Medel de líbero .Ontem com a saída de Eric Marcus , não era o Alex Teixeira a entrar e , sim Orellano .
    M

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