Em súmula, 4º árbitro descarta interferência externa em gol anulado do Vasco
Rodrigo Nunes de Sá, quarto árbitro no jogo entre Vasco da Gama e Boavista, reforçou a bronca em Leandrão ao negar a interferência externa.
O gol anulado de Gabriel Pec contra o Boavista vem gerando polêmica. Tudo isso, no entanto, mesmo como o Vasco da Gama se classificando. A mudanças de ideia da arbitragem, a demora para isso, e até a atitude de Leandrão em mostrar o seu celular para o quarto árbitro levantaram suspeitas.
Foi irregular sim. Germán Cano realmente ajeitou a bola com a mão na jogada em que Gabriel Pec balançou as redes. Entretanto, a anulação minutos depois, sem o VAR disponível, gerou estranheza em campo e fora dele. Na súmula da partida, o quarto árbitro, Rodrigo Nunes de Sá, negou qualquer interferência externa e ainda ressaltou a bronca que deu no comandante do Boavista.
Nenhuma imagem foi mostrada pelo treinador. Imediatamente proferi as seguintes palavras ao referido técnico: “Para de graça que nem era para você estar com esse celular aí. Você sabe que isso está no modo avião. Não faz isso.” Após a minha intervenção, o mesmo colocou de volta no bolso, não mais retirando desse local.
Rodrigo Nunes de Sá
Na sequência, o profissional explicou o conteúdo da conversa com Marcelo Cabo após a anulação do gol. Ele disse que explicou ao técnico vascaíno a mudança na regra, em que existem sanções diferentes entre a atual fase da Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro quando o assunto é a mão que gera oportunidade de gol.
– Informo que após a não confirmação do gol, quando fui em direção a área técnica da equipe do Vasco da Gama, no momento que o técnico (sr. Marcelo Ribeiro Cabo) reclamava verbalmente, porque a jogada teria sido anulada por possível interferência externa, informei ao mesmo sobre a mudança da regra para esse ano, onde a mão que gera uma oportunidade de gol tem sanções diferentes em relação a essa fase da Copa do Brasil e ao Campeonato Brasileiro (séries A e B).
Indignação
Incomodado na beira de campo, Marcelo Cabo reforçou a sua crença de que teve interferência externa na anulação, o que disse durante a entrevista coletiva depois do jogo. A polêmica estaria ainda maior caso esse gol fizesse diferença na situação do Gigante na Copa do Brasil, mas Germán Cano, sempre ele, garantiu a vaga nas oitavas de final logo na sequência.
Tá. A regra é diferente nas duas competições. Mas qual o motivo dele ter validado e depois de minutos ter anulado o gol. No que ele se baseou para mudar sua decisão? A quem ele consultou? É isso que tem de ser esclarecido.