MPT alega crime após Vasco não reintegrar funcionários e pede polícia federal no caso

Após a diretoria do Vasco da Gama optar por pagar a multa diária estipulada em decisão judicial e não reintegrar os 186 funcionários demitidos, o Ministério Público do Trabalho requereu ao juiz da causa a substituição da multa para a comunicação à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal pelo ‘flagrante crime de desobediência’ previsto no Art. 330 do Código Penal, cuja pena é de 15 dias a seis meses de detenção.

Na petição, o MPT ainda pediu o imediato bloqueio de receitas do Clube junto à Rede Globo, Ferj, CBF, SBT e Rede Record, e de valores recebidos pelo Cruzmaltino com a venda de jogadores, inclusiva a de Talles Magno, que foi negociado com o New York City.

Confira abaixo

Na última segunda-feira (24), cerca de 70 dos 186 funcionários demitidos no início da gestão do presidente Jorge Salgado, estiveram no Estádio de São Januário para serem reintegrados, porém, a diretoria não autorizou a entrada.

O Clube não quis dar mais detalhes sobre o caso, informando que não comentaria decisões que ainda estavam em análise judicial. Os funcionários foram demitidos em março deste ano, sob justificativa que que o Cruzmaltino precisaria cortar gastos por conta do prejuízo estipulado em R$ 100 milhões com a queda à Série B.

O Vasco chegou a propor acordo com os funcionários demitidos, mas não foi aceito, assim como o Sindiclubes mostrou omissão do Clube na demissão em massa, por não ter pago as verbas rescisórias aos colaboradores.