Vasco teve prejuízo de mais de R$ 2 milhões com jogos sem público

O Vasco da Gama já acumula um prejuízo milionário com as partidas sem público desde o ano passado por causa da pandemia.

Jorge Salgado, presidente do Vasco da Gama
Jorge Salgado, presidente do Vasco da Gama (Foto: Rafael Ribeiro)

Na noite desta terça-feira (30), às 21h35, o Vasco da Gama enfrenta o Fluminense, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, clássico válido pela sétima rodada do Campeonato Carioca.

Uma curiosidade nada positiva cerca o encontro entre Vasco e Fluminense. Na última vez que se enfrentaram em jogo válido pela competição, em março de 2020, no Maracanã, ficou marcado por ser o primeiro das equipes sem público.

Naquela altura, a pandemia estava chegando ao Brasil, e colocar o jogo sem público no estádio foi a primeira medida antes da paralisação, decretada alguns dias depois. Sobre o resultado, o Fluminense venceu por 2×0 e complicou ainda mais a situação vascaína na competição.

Depois da paralisação, que durou cerca de três meses, as competições voltaram, mas sem a presença de públicos nos estádios, o que segue até o momento. Com os palcos vazios, os clubes estão acumulando prejuízos milionários.

Segundo levantamento realizado pelo site Globo Esporte, desde então o Vasco disputou 28 partidas como mandante, e dois como visitante contra equipes de menor expressão do Campeonato Carioca. De acordo com o regulamento, o clube grande deve assumir parte das despesas.

Com 93% dessas partidas em São Januário, o Vasco acumulou, até o momento, um prejuízo de R$ 2.127.712,54, o que se aproxima dos R$ 2,5 milhões da sua folha salarial. O site divulgou também a lista com cada jogo que gerou despesa para o Gigante e quanto foi:

R$ -69.449,14 (Macaé) – São Januário (2020)
R$ -43.757,08 (Madureira) – São Januário (2020)
R$ -79.490,11 (Sport) – São Januário (2020)
R$ -89.429,39 (São Paulo) – São Januário (2020)
R$ -77.379,06 (Grêmio) – São Januário (2020)
R$ -84.013,14 (Athletico-PR) – São Januário (2020)
R$ -76.661,84 (Atlético-GO) – São Januário (2020)
R$ -62.145,39 (Botafogo) – São Januário (2020)
R$ -87.805,69 (Bragantino) – São Januário (2020)
R$ -94.066,04 (Flamengo) – São Januário (2020)
R$ -84.509,87 (Corinthians) – São Januário (2020)
R$ -37.228,58 (Caracas) – São Januário (2020)
R$ -84.354,13 (Palmeiras) – São Januário (2020)
R$ -75.748,73 (Fortaleza) – São Januário (2020)
R$ -85.271,11 (Ceará) – São Januário (2020)
R$ -42.806,58 (Defensa y Justicia) – São Januário (2020)
R$ -91.532,64 (Fluminense) – São Januário (2020)
R$ -86.081,98 (Santos) – São Januário (2020)
R$ -89.693,19 (Botafogo) – São Januário (2020)
R$ -83.391,29 (Coritiba) – São Januário (2020)
R$ -86.922,08 (Atlético-MG) – São Januário (2020)
R$ -90.383,36 (Bahia) – São Januário (2020)
R$ -88.903,24 (Internacional) – São Januário (2020)
R$ -78.651,72 (Goiás) – São Januário (2020)
R$ -44.255,98 (Portuguesa) – São Januário (2021)
R$ -35.565,60 (Volta Redonda) – Raulino de Oliveira (2021)
R$ -44.865,98 (Nova Iguaçu) – São Januário (2021)
R$ -45.027,26 (Botafogo) – São Januário (2021)
R$ -43.554,52 (Macaé) – São Januário (2021)
R$ -44.767,82 (Madureira) – Los Larios (2021)

Vasco projetou lucro de R$ 20 milhões com bilheterias em 2020

Existe uma planejamento anual de cada clube com uma estimativa de quando lucrará com bilheteria ao longo do ano. O Vasco previu que embolsaria R$ 20 milhões, mas ficou com apenas R$ 3 milhões, que foram oriundos das partidas entre janeiro e março, um valor muito abaixo e que causou grande impacto aos cofres do Gigante, segundo divulgado pelo blog do Rodrigo Capelo.

Na expectativa pelas vacinas, mas ainda sem previsão de retorno de público aos estádios, o Vasco, que ainda encarou uma queda à Série B, fez um orçamento bem modesto em relação à bilheteira, esperando ganhar R$ 4 milhões com a receita. Já o Fluminense, que disputa a Libertadores, previu R$ 19 milhões, o que tem um sério risco de não acontecer. Somadas, as duas equipes já tiveram mais de R$ 7 milhões de prejuízo.

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