Vasco se dá o luxo de oscilar contra o Bangu e chega com vantagem à semifinal

O Vasco da Gama encerrou a Taça Guanabara com boa campanha e agora chegou a hora de testar o seu poder de decisão.

Pedro Raul durante jogo contra o Bangu
Pedro Raul durante jogo contra o Bangu (Foto: Daniel Ramalho/Vasco)

A vitória truncada por 2 a 0 sobre o Bangu na noite desta quinta-feira, em São Januário, encerrou a boa campanha do Vasco na Taça Guanabara, que é a fase classificatória do Campeonato Carioca. Para a equipe comandada por Maurício Barbieri, que demonstrou diversas valências neste início de temporada, em especial a de que sabe jogar bola, chegou a hora de testar o seu poder de decisão.

Até aqui a missão foi cumprida.

O Vasco fez a sua parte e avançou para as semifinais em segundo lugar na classificação – poderia perfeitamente ser o campeão se vencesse um dos dois jogos que empatou no início do Carioca, quando foi a campo com equipe formada em sua maioria por jogadores sub-20, vale ser destacado. Por isso, terá a vantagem do empate nos dois jogos que fará contra o Flamengo, que terminou em terceiro. A primeira partida acontece na próxima segunda-feira, às 21h10 (de Brasília), no Maracanã.

Em termos de competição, esse reformulado Vasco já provou que tem condições de bater de frente com adversários com entrosamento e tempo de trabalho maiores e venceu o mesmo Flamengo uma semana atrás. Esse, no entanto, é outro campeonato. Com exceção da goleada sobre o fraco Trem do Amapá, pela Copa do Brasil, os comandados de Barbieri terão seu primeiro teste num confronto eliminatório, onde o mental por vezes se sobrepõe a tática e nível técnico.

– Falando de equipe e elenco, o adversário está na nossa frente. É uma equipe mais acostumada a decisões do que nós, como equipe. Temos jogadores acostumados a decidir, mas eles têm uma equipe, nesse sentido, mais madura – admitiu o técnico vascaíno na coletiva de imprensa.

“É um desafio e uma lacuna que temos que trabalhar mentalmente”, acrescentou.

Gol no início faz Vasco oscilar

Contra o Bangu nesta quinta, o Vasco teve um início animador, com a linha de marcação nas alturas e volume de jogo sufocante. Abriu o placar logo aos quatro minutos, com o oportunismo de Gabriel Pec, que completou de cabeça dentro da área num lance de indecisão da defesa adversária. O quinto gol do atacante, vice-artilheiro da equipe no Carioca, atrás apenas de Pedro Raul.

Até os 20 minutos, o Vasco já havia empilhado pelo menos quatro boas chances de ampliar a vantagem no placar. Nas principais delas, Pumita cabeceou por cima e Andrey chutou fraco depois da parede de Pedro Raul. A parada técnica foi o marco para a mudança do panorama do jogo.

Como a vitória simples era o suficiente para avançar em segundo, o Vasco parece ter naturalmente relaxado depois de abrir o placar e cedeu campo ao adversário, que, sob a batuta do técnico Felipe Maestro, agradeceu pelos espaços concedidos e em vários momentos colocou os donos da casa na roda. Por volta dos 30 minutos, o Bangu assumiu a vantagem na estatística de posse de bola e não largou mais – terminou com 57%.

No entanto, só a partir do início do segundo tempo, quando o Bangu seguia melhor na partida, é que ficou claro que não se tratava de um breve momento de domínio alvirrubro: o Vasco estava se dando o luxo de oscilar. Bom jogo para reforçar a titularidade de Léo Jardim, autor de seis defesas no jogo inteiro, algumas bem difíceis.

O meio de campo do Vasco parecia cansado, com Andrey fora de sintonia e Jair trotando na recomposição defensiva. Ainda assim, a equipe conseguiu um pênalti em jogada pela esquerda de Paulo Victor, que foi titular no lugar do pendurado Lucas Piton – o mesmo aconteceu com Léo, que deu lugar a Anderson Conceição, já que um simples amarelo os tiraria do primeiro jogo da semifinal. Alex Teixeira, no entanto, cobrou nas mãos do goleiro Santillo e jogou luz na relação conturbada da equipe com as penalidades neste início de temporada.

A sorte é que não fez falta. Especialmente depois que Adsson, do Bangu, foi expulso. Dos 30 minutos em diante, o Vasco retomou o protagonismo do jogo e passou a bombardear o Bangu. Figueiredo e Marlon Gomes entraram bem na partida, mas foi o experiente Nenê, outro que havia recentemente saído do banco, que contribuiu para decidir a parada: ele cobrou o escanteio na cabeça de Pedro Raul, que deu números finais à partida nos acréscimos.

Fonte: Globo Esporte

Mais sobre:Bangu
Estamos no Google NotíciasSiga-nos!
1 comentário
  • Responder

    Como já publiquei nesta página , os diretores do Vasco devem estarem lamentando a ida a Flórida para dois amistosos sem benefícios técnicos que justificassem deixar um time muito jovem para as primeiras partidas ,ontem com a vitória embora tomasse um sufoco do Bangu ,poderia está comemorando a conquista da Taça Guanabara .Insistiram com Eric Flores que já havia demonstrado ser fraco em que perdeu várias oportunidades que o Eguinaldo por exemplo não perderia . O jogo de ontem , mais uma vez mostrou que Jair não está em boa forma ,está sobrecarregando o meio de campo ,sacraficando Rodrigo e Alex Teixeira que tem que voltar para buscar jogo ,tá na hora de Barbiere rever esta situação ,pois foi assim também contra o Flamengo ,tá na hora de colocar Barros ou Marlon Gomes .

Comente

Veja também
Josh Wander e Steve Pasko renunciam à gerencia da 777 Partners

Josh Wander, a irmã Mollie e Steven Pasko, sócios-controladores, da 777 Partners, renunciaram aos seus cargos como diretores.

Vasco encontra caixa quase sem dinheiro após assumir comando da SAF

O presidente do Vasco da Gama, Pedrinho, fez uma varredura nos cofres da SAF e não encontrou praticamente nada.

Saiba o tamanho da fortuna do dono da Crefisa, interessado na Vasco SAF

José Roberto Lamacchia, dono da Crefisa, é casado com Leila Pereira, a atual presidente do Palmeiras, com quem divide grande fortuna.

Dono da Crefisa viaja aos Estados Unidos para comprar parte da 777 na SAF do Vasco

José Roberto Lamacchia, dono da Crefisa e de outras empresas, viajou aos Estados Unidos para tratar pessoalmente do negócio.

Torcedora do Vasco vai à sede do Flamengo prestar homenagem a Apolinho

Torcedora foi ao velório com a camisa do Vasco da Gama e destacou a boa relação que Apolinho, torcedor do Flamengo, tinha com os vascaínos.

Sair da versão mobile