Vasco mostra dificuldades saindo atrás no placar e gol cedo do CSA desnorteia o time

Gol sofrido logo no início da partida ajuda a explicar derrota para a equipe alagoana, a 4ª seguida do Vasco da Gama fora de casa na Série B.

Danilo Boza durante jogo contra o CSA
Danilo Boza durante jogo contra o CSA (Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas)

O Vasco sofreu, na noite da última quarta-feira, sua quarta derrota seguida fora de casa na Série B. O revés por 2 a 0 para o CSA, no Estádio Rei Pelé, foi um dos piores, se não o pior, jogo do time na competição. O gol sofrido logo no primeiro minuto ajuda a explicar o mau desempenho em Maceió.

Os erros individuais resultaram na derrota, mas a atuação coletiva deixou muito a desejar. O Vasco foi um time desorganizado, sem poder de reação e facilmente envolvido pelo CSA, que saiu momentaneamente da zona de rebaixamento com a vitória.

Fantasma da temporada passada, a bola aérea defensiva insiste em assombrar os vascaínos e voltou a ser problema nos últimos jogos da Série B. E a estratégia do CSA de explorar esse ponto fraco do time carioca funcionou logo no primeiro lance, em cobrança de escanteio que terminou com o gol de Lucão. Nesse lance, o erro individual foi de Figueiredo, que não acompanhou o zagueiro adversário. Mas Edimar vacilou antes ao ceder um escanteio desnecessário.

Na Série B, nove dos 18 gols sofridos até aqui pelo Vasco saíram na bola aérea. Se na vitória sobre o Tombense, o gol cedo favorável ao Vasco condicionou a partida, o mesmo aconteceu em Maceió, só que com efeito contrário. O nervosismo impediu o time de colocar a bola no chão, e o Vasco errou praticamente tudo que tentou.

– A gente teve um primeiro tempo muito complicado. Da mesma forma que nas nossas vitórias eu afirmei que a gente conseguiu um favorecimento por ter feito um gol logo no início, hoje o nosso dificultador foi ter tomado o gol logo no início – resumiu Emílio Faro após o jogo.

O erro mais absurdo aconteceu aos 24 minutos do primeiro tempo, quando Danilo Boza não conseguiu dominar uma bola fácil na defesa e facilitou a vida de Lucas Barcelos, que tocou na saída de Thiago Rodrigues para fazer 2 a 0. O goleiro até demorou a sair do gol, mas é o menos culpado pelo resultado – fez cinco defesas, sendo duas consideradas difíceis.

Por incrível que pareça, o Vasco já sentiu a falta de Marlon Gomes, mesmo que o jovem meio-campista tenha feito apenas dois jogos como titular no time profissional – ele se lesionou na vitória sobre o Tombense, na última rodada. Andrey também não entrou no jogo. E a dupla pensante, Nenê e Alex Teixeira, pouco apareceu. O camisa 10 foi quem mais errou passes com a camisa vascaína.

Perdido em campo, o Vasco não decidiu se abaixava ou subia a marcação e passou a deixar um buraco no campo para o CSA jogar. O time de Maceió amassou no primeiro tempo, e a segunda etapa não trouxe nenhuma ponta de esperança para o vascaíno, que viu um time desequilibrado e que repetia os mesmos erros em campo.

Sem estratégia ofensiva e com muita dificuldade de colocar a bola no chão, muito em função das atuações ruins de Andrey, Nenê e Alex Teixeira, o Vasco só apresentou um recurso quando chegava à frente: os cruzamentos para a área. Não deu em nada. Raniel, por exemplo, deixou o campo sem uma finalização sequer. E as substituições de Emílio Faro, com Bruno Tubarão e Eguinaldo, dificultaram ainda mais a exploração desse artifício. Era um jogo para Fabio Gomes entrar antes.

Foram raros os momentos de construção do Vasco. O time não conseguiu levar perigo algum ao goleiro Marcelo Carné, que fez apenas duas defesas tranquilas na partida – das oito finalizações do time carioca, seis foram bloqueadas pelo CSA.

O Vasco fez o CSA parecer um time do primeiro escalão da Série B tamanha a facilidade dos alagoanos de dominar e mandar no jogo. O adversário se sentiu confortável para arriscar. Os cariocas apresentaram quase nada de competitividade na última quinta.

Impressiona a mudança de postura: em menos de uma semana, o Vasco saiu de um jogo que aumentou a confiança pelo acesso para uma partida que colocou em xeque a sequência do time. A oscilação é o que mais preocupa o torcedor vascaíno. Três dos próximos quatro compromissos serão fora de casa, e a equipe precisa reencontrar o equilíbrio para não perder a gordura que a mantém entre os quatro primeiros colocados desde a sétima rodada.

Para não deixar a peteca cair, o Vasco terá agora 10 dias para se preparar para o próximo confronto, contra o Bahia, no dia 28 de agosto, às 16h, na Arena Fonte Nova, pela 26ª rodada da Série B.

Fonte: Globo Esporte

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3 comentários
  • Responder

    TIME HORROROSO, NÃO JOGOU NADA CONTRA UM TIME RIDÍCULO. ZAGUEIROS E LATERAIS FRACOS, MEIO CAMPO SEM CRIAÇÃO, ATAQUE NÃO EXISTE, RANIEL, TUBARÃO, FIGUEIREDO, FRACOS DEMAIS. DESSE TIME SÓ 4 SOBRAM PARA MONTAR ALGO MELHOR PARA ANO QUE VEM ( THIAGO, ANDREY, ALEX E YURI ). O RESTO É MANDAR VAZAR. TIME CAGÃO, SE ACOVARDA FORA DE CASA, ILUDE JOGANDO EM CASA. DÁ NOJO DE VER JOGAR, TIME DE BOSTA. OUTRA PORRADA CONTRA O BAHIA VAI LEVAR, NÃO MELHORA NUNCA. CANSEI !!!

  • Responder

    Se fosse um time respeitado não acontecia, time ruim que fazem questão de elogiar muito quando ganha é uma Vergonha um clube de tradição ter um elenco tão desclassificado os jogadores são de regular pra ruim, agora é jogar com a sorte,ou será mais um ano de sofrimento

  • Responder

    BOM DIA . ESTE TIMINHO DO VASCO É RUIM D MAIS DA CONTA . SÓ VAI SUBIR POR QUE OS DEMAIS SÃO PIORES. EM 2023 TEM QUE MANADAR EMBORA 98% DESTE TIMINHO VERGONHOSO . O GOLEIRO PARECE QUE PESA 200 KG

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