TST suspende reintegração dos funcionários demitidos pelo Vasco
O Tribunal Superior do Trabalho acatou o pedido do Vasco da Gama para suspender a reintegração dos 186 funcionários demitidos.
Cheio de reviravoltas, o caso dos 186 funcionários demitidos pelo Vasco da Gama ganhou mais um capítulo. Na tarde desta terça-feira (25), o Tribunal Superior do Trabalho (TST), suspendeu decisão que determinou que o Clube os reintegrassem até que o mérito da questão seja analisado pelo órgão jurisdicional competente.
Em outras palavras, os funcionários seguirão fora do Vasco pelo menos até que os recursos sejam apreciados. Foi um recurso do Clube, que conseguiu um alívio até o Tribunal Regional do Trabalho do Estado do Rio de Janeiro (TRT-RJ) julgar o caso. No começo do mês, o mesmo Tribunal acatou um pedido do Ministério Público para que o Gigante reintegrasse todos os 186 funcionários demitidos em março.
O Vasco recorreu da decisão, não obtendo sucesso, e optou por pagar multa, desobedecendo a ordem. Na última segunda-feira (24), quase 80 colaboradores foram a São Januário para serem reintegrados, o que moveu o Ministério Público do Trabalho do Estado do Rio de Janeiro (MPT-RJ) e o Sindicato de Empregadores em Clubes a entrarem com uma petição alegando crime de desobediência.
Confira trecho da decisão do TST
Não acordo com os demitidos
Recentemente, o Vasco realizou uma assembleia com os funcionários para discutir o acordo coletivo para indenização dos demitidos, que havia sido apresentada ao Sindeclubes. Nele, o Clube propôs o parcelamento das rescisões, sendo que, em alguns casos, seria até 2023, quando encerra a mandato de Jorge Salgado. Além disso, não incluía o pagamento de multa de um salário caso a rescisão não fosse paga em 10 dias, prevista no artigo 477 da CLT, o que foi decisivo na recusa.
É uma vergonha essa diretoria. Querem realmente acabar com a reputação de um clube de tanta tradição.