Sérgio Cabral compara zagueiro Dedé à Michelangelo

Sérgio Cabral apontou o zagueiro Dedé como o maior ídolo do Vasco da Gama.

Para homenagear Corinthians e Vasco, os dois times que lutaram pelo título do Campeonato Brasileiro até a última rodada, o “Redação SporTV” convidou dois ilustres torcedores: o jornalista vascaíno Sérgio Cabral e o rapper corintiano Rappin Hood. A dupla esteve na bancada do programa dois dias depois do titulo do clube paulista.

Eles não se conheciam pessoalmente, mas têm em comum o fato de Rappin Hood ter regravado uma composição do carioca, “Visgo de Jaga”. Durante o programa, o tradicional Cabral se mostrou um pouco relutante com a versão moderna da canção que compôs com Rildo Hora. Mas, ao se despedirem, Cabral abriu caminho para uma nova parceria:

– Você vai acabar fazendo a minha cabeça, hein?

– Vamos escrever um rap a quatro mãos – devolveu Rappin Hood.

Atento ao que acontece no Vasco, Sérgio Cabral questionou no programa o fato do jogador do sub-15, Mosquito, não pertencer ao clube. No dia seguinte recebeu a resposta do presidente cruzmaltino Roberto Dinamite (semanas depois, o executivo de futebol do clube, Rodrigo Caetano, se afastou do cargo. Um dos motivos teria sido a discordância com o trabalho nas divisões de base).

Além de jornalista, Sérgio Cabral é compositor, autor de várias biografias de músicos e autor teatral – atualmente prepara a versão infantil do musical de sucesso “Sassaricando”, sobre marchinhas de carnaval. Em um bate papo depois do programa, ele contou o que lhe dá mais prazer atualmente, falou da biografia que está escrevendo sobre o diretor de cinema e televisão Carlos Manga, e apontou o zagueiro Dedé como o maior ídolo do Vasco, comparando-o com um dos maiores gênios da arte, Michelangelo.

Dentre as várias atividades qual vem lhe dando mais prazer?

Prazer mesmo eu sinto no programa de rádio que eu faço na Rádio Roquette Pinto, às sextas-feiras, às 15h, que se chama “Eles têm histórias para contar”. Foi o único jeito que eu encontrei de colaborar com o governo do meu filho. Trabalhar de graça para a rádio, que é do Estado. Lido com musica que gosto, ninguém fica enchendo o saco para botar outra coisa. Me divirto muito. E gosto também de escrever biografia. Estou fazendo a do Carlos Manga, e assim que terminar vou fazer a da Aracy de Almeida.

O senhor estava comentando que pela primeira vez está escrevendo a biografia de alguém vivo.

Exatamente. Escrevi há muitos anos uma pequena biografia do Tom Jobim quando ele fez 60 anos. Mas a biografia de verdade eu só escrevi depois que ele morreu.

O Carlos Manga foi um grande diretor de televisão e de cinema. Além desses motivos, teve algum outro especial para escrever a biografia dele?

Eu já pensei nisso. Qual o motivo? Sabe qual é? O Rio de Janeiro. Porque eu gosto de personagens cariocas. Isso eu encontro facilmente na musica popular. E o Manga é um personagem carioca do cinema. Tem a ver com o retrato do Rio de Janeiro. O Silvio de Abreu costuma dizer que lá em São Paulo o sonho dele quando menino paulista era vir para o Rio e ver o cinema, as pessoas dançando na rua, porque ele achava que o Rio era assim na época, como nos filmes da Chanchada. E o Manga é um dos grandes responsáveis por isso.

E o senhor está trabalhando em um musical sobre o Getúlio Vargas. Como surgiu a ideia de um musical sobre alguém que não fez música?

Nenhum homem público foi tão cantado como ele. Porque ele era um presidente popular. Havia quem não gostasse dele, ele cometeu até crimes. Mas há um lado dele importantíssimo, que foi o da identificação com o povo brasileiro. Isso não pode acontecer com quem é assim. Por exemplo, nunca ninguém fez uma música em homenagem ao (ex-presidente do Brasil nos anos da ditadura militar) Médici. Até porque a rima é difícil. Mas para Garrastazu é fácil. Eu falei isso em um programa chamado “Abertura”, durante a ditadura, e o diretor Fernando Barbosa Lima falou pra mim: “Sérgio, você quase fechou o programa porque os milicos vieram aqui me espinafrar por você ter dito isso”.

Qual o grande ídolo do Vasco?

O Dedé. É um grande vascaíno. Eu o comparei no “Lance!” ao Rafael, Michelangelo, Leonardo da Vinci. É um cara da renascença. Do renascimento do Vasco.

Ele já fez alguma Capela Cistina?

Já fez várias Capelas Sistinas! Várias!

globo esporte

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