Salgado relembra início da gestão no Vasco e desabafa: ‘Fui muito caluniado’

Presidente do Vasco da Gama, Jorge Salgado analisou o começo de seu mandato e as dificuldades financeiras antes da chegada da 777 Partners.

Jorge Salgado em entrevista coletiva em São Januário
Jorge Salgado em entrevista coletiva em São Januário (Foto: João Pedro Isidro/ Vasco)

Com quase dois anos e meio à frente do Vasco da Gama, o presidente Jorge Salgado abriu o coração ao fazer um balanço de sua gestão até aqui. Em entrevista ao canal Fanático Vascaíno, o mandatário Cruzmaltino falou sobre os problemas que enfrentou no começo de sua adminstração.

Quando assumiu a cadeira da presidência, Salgado pegou um Vasco que amargava o quarto rebaixamento de sua história. Sem dinheiro para fazer investimentos e com as dívidas aumentando, ele conta como fez para administrar o Clube em meio ao caos generalizado.

– Peguei aqui uma vamos chamar de tempestade perfeita. Eu assumi, o clube tinha acabado de cair para segunda divisão, o endividamento tinha acabado de subir de R$ 600 milhões para 850 milhões, R$ 830 milhões, a receita tinha acabado de cair de R$ 240 milhões para R$ 150 milhões, R$ 140 milhões. Tive 10 ou 15 dias para montar um time para disputar a segunda divisão, que é um campeonato completamente diferente da primeira divisão. Tive que fazer acordo com a maioria dos jogadores para dispensar eles por conta de uma folha muito menor que eu ia ter, então esse processo foi muito difícil.

O presidente do Vasco também revelou que alguns jogadores se negaram a ir para o Time da Cruz de Malta por conta de salários atrasados. A situação, segundo o gestor, foi sendo contornada após a chegada de Alexandre Pássaro, ex-chefe do departamento de futebol do Clube.

– Além do mais, a gente pegou o clube com vários meses de salário atrasados. Alguns jogadores nos rejeitaram por saberem que o Vasco estava vivendo um momento difícil, não conseguia pagar o salários em dia, então a motivação de um jogador vir. Aos poucos a gente foi arrumando a casa, conseguimos montar uma estrutura nova no departamento de futebol, a contratação do (Alexandre) Pássaro foi importante para mim. Ele me ajudou muito nesse primeiro ano, organizou o departamento de futebol.

Em uma era pré 777 Partners, o Gigante da Colina teve que demitir 200 funcionários e renegociar contratos com fornecedores para tentar equalizar as contas, ao mesmo tempo que o Vasco vivia uma ebulição política e tinha que conviver com as restrições impostas pela pandemia.

– Também a gente olhando para a área administrativa a gente começou a fazer também uma uma reformulação muito grande. Logo no início dispensar cerca de 200 funcionários, que não é nada agradável, renegociamos contratos com fornecedores. Tudo ia acontecendo e ,ao mesmo tempo, também acontecia uma uma pressão política muito grande, com o candidato perdedor fazendo narrativas, criando narrativas falsas dizendo que a eleição ia voltar, que não sei o quê, e eu tendo que fazer e fazendo diversas reuniões com investidores. Nessa situação certamente perdemos investidores, pessoas que poderiam se aproximar e ajudar na captação de recursos. Também teve o problema da pandemia, que prejudicou o balanço, então foi uma tempestade perfeita no primeiro ano.

Salgado fala dos obstáculos financeiros citando o primeiro ano de seu mandato, quando, segundo ele, foi caluniado por adversários políticos que ignoraram sua história no Vasco, sobretudo no período pós eleição.

– O primeiro ano foi muito difícil. Tive que suportar muita coisa ruim, por falta de recurso, por falta de compreensão, por calúnias. Fui muito caluniado pelos adversários, por pessoas que não me conhecem, que nunca me viram, nunca conversaram comigo, que não se deram trabalho de analisar minha história tem uma história aqui dentro do Vasco de 47 anos que eu sou sócio do Vasco. Fui campeão Brasileiro, Bicampeão Carioca, campeão da Ramón de Carranza chefiando delegação, participei da vinda do Bebeto para o Vasco. É um mundo diferente hoje né com as mídias qualquer um bota uma bandeira do Vasco atrás e sai falando então sofri muito isso essas calúnias.

Com a venda de 70% de futebol para a 777 Partners, em agosto de 2022, o Vasco busca por uma reformulação total em sua administração, que começou com as chegadas do diretor executivo Paulo Bracks, além de Abel Braga (diretor técnico) e Barbieri. 

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2 comentários
  • Responder

    O CARA TIRA O VASCO DA MÃO DOS ABUTRES,INICIA A VOLTA DO CLUBE AO PROTAGONISMO E UM ZÉ NINGUEM O CHAMA DE COVARDE.
    É MUITA IDIOTISSE!!!!

  • Responder

    Companheiro falar a verdade não é Calúnia não, você vive prevaricação e não entende nada de futebol um covarde igual aquele que te colocaram dentro do vasco e que hoje vivem sentados ensina do próprio rabo se escondendo da merda que fizeram.

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