Ramón Díaz analisa vitória do Vasco contra o Bragantino; veja a entrevista coletiva

O técnico argentino comemorou a permanência do Vasco da Gama e afirmou que o Clube não deve passar por isso nunca mais.

Paulo Bracks, Ramón e Emiliano Díaz na coletiva do Vasco
Paulo Bracks, Ramón e Emiliano Díaz na coletiva do Vasco (Foto: Marcelo Baltar)

Em jogo dramático, o Vasco venceu o Red Bull Bragantino por 2 a 1, nesta noite de quarta-feira, em São Januário – os gols foram marcados por Paulinho e Serginho, um em cada tempo, com Léo Ortiz descontando. O resultado manteve o time carioca na primeira divisão.

No apito final, muita emoção dos jogadores, mas na arquibancada houve protestos também contra a diretoria vascaína. O técnico do Vasco, Ramón Díaz, símbolo da arrancada que deixou o time de São Januário na primeira divisão, jogou o blazer para a torcida, vibrou e voltou a bater na mesa. Desta vez, para cobrar do Vasco ter outra postura daqui em diante.

– O Vasco é um time grande. Não tem que passar nunca mais por essa situação. Tem que ter mentalidade de equipe grande – disse o técnico do Vasco, ao lado do filho e auxiliar Emiliano e do diretor de futebol Paulo Bracks.

Antes da primeira resposta da coletiva de imprensa, o técnico argentino lembrou a primeira experiência frustrante no Brasil, quando foi contratado pelo Botafogo, em 2020, mas não conseguiu trabalhar por questões de saúde. Comentou que tinha desejo de trabalhar no país novamente por ser “uma das ligas mais importantes do mundo”.

Contrato até o fim de 2024

Quando foi questionado sobre a sua permanência para 2024, o técnico disse que era hora de comemorar. Depois falaria sobre o assunto. Respondeu da mesma maneira quando questionado sobre o planejamento para o ano que vem.

– Estamos muito felizes pelo o que fizemos. Hoje estamos desfrutando um momento muito lindo e depois vamos decidir – afirmou o treinador vascaíno, antes de responder sobre reforços.

– Não é o momento disso. Agora é hora de desfrutar. No futuro vamos ver isso.

O Vasco terminou na 15ª posição, na frente de Bahia e Santos, que caiu pela primeira vez para a Série B – já estavam rebaixados Goiás, Coritiba e América-MG. Terminou com 45 pontos na tabela.

O treinador do Vasco lamentou que o time não tenha se livrado antes do risco de rebaixamento. Definiu o trabalho no clube como um dos mais difíceis da carreira.

– Os jogadores foram os verdadeiros protagonistas disso tudo. Eles fizeram um “click”, uma mudança de mentalidade, nos treinamentos, no trabalho. Eles queriam ultrapassar as dificuldades que tiveram no primeiro turno. Eles foram muito importantes nos últimos dias. Minha equipe de trabalho também soube transmitir aos mais jovens, eles tiveram que se adaptar ao treinamento, à mentalidade do treinador, sabendo que o momento era difícil. Íamos lutar até o final. Quando faltavam sete, oito minutos, o Vasco estava caindo, porque o Bahia estava ganhando, o Santos estava empatando, nós também. Mas pelo caráter do treinador, tanto meu quanto do Emiliano, do preparador, dos dirigentes, eles tiveram a mentalidade para lutar – comentou o técnico argentino, que voltou a lembrar de quando chegou com nove pontos ao clube.

– Se chegamos e conquistamos o que conseguimos é por mentalidade de que tudo se pode conquistar. Os jogadores foram grandes partícipes disso. A gente dizia que o Vasco não ia baixar e essa promessa nós cumprimos. Nós, clubes, jogadores, ajudantes, por isso nos sentimos orgulhosos – disse Ramón Díaz.

Confira mais da coletiva de Ramón Díaz

De onde vinha o otimismo?

– O que tenho que dizer é que são quase 27 anos que sou técnico. Esse foi um desafio importante para mim e minha comissão. Queríamos mostrar que poderíamos trabalhar no Brasil. Esse otimismo e mentalidade é o que transmitimos que possamos conseguir e realizar. Eu e minha comissão temos que agradecer demais aos jogadores, que são os verdadeiros protagonistas. Cada partida era dramática para o Vasco. Não podia perder, inclusive as partidas que não poderíamos perder pontos. Os verdadeiros protagonistas são os jogadores e tenho que agradecer a eles.

Maior desafio da carreira?

– É um dos maiores desafios. Porque se virem os números, também tivemos duas situações antes. Estávamos 16 pontos atrás na Arábia Saudita do líder e terminamos campeões com cinco pontos a mais. Isso é mais ou menos parecido. Começamos com 9 pontos e hoje as pessoas desfrutam e esse é outro desafio importantíssimo de nossa carreira: cumprir com o objetivo de que o Vasco não cairia. É um feito incrível para nós e por isso tenho que agradecer aos jogadores. Sem eles seria muito difícil. Fizeram um trabalho incrível. Temos que desfrutar esse momento tão difícil que passamos. E eles também.

Marcas de reforços Payet e Serginho

– De todos os reforços que chegaram, eles foram jogadores importantes e com características que não tínhamos ao longo do campeonato. Todos os jogadores se comportaram muito bem. Os que chegaram se adaptaram rápido e entraram em um sistema a nível de grupo. Isso os jogadores também entenderam isso e foram extraordinários, todos juntos.

Quatro meses em “quatro anos”

(Emiliano Díaz) – Meu filho tem 9 anos e está maluco pelo Vasco e isso contagia todo mundo. Como nos receberam e da forma que acreditamos no trabalho, acho que é por isso a paixão. Vivemos um momento difícil nos últimos quatro meses que pareceram quatro anos. Foi o mais difícil que vivemos juntos.

(Ramón) – É o clube que me deu a possibilidade de vir ao Brasil, com uma das ligas mais competitivas do mundo. Tem que ter uma concentração desde o início. Aqui nos põe à prova.

Serginho como herói

– Ele já tinha jogado contra o Fluminense pela esquerda. No último jogo pela esquerda eu gostei muito. E ele tem muita capacidade e controle. Eu disse para ter confiança, tranquilidade e que fosse profundo porque seria o que a gente precisava. Ele sempre trabalhou e dei a oportunidade de jogar hoje.

Frases de efeito

(Emiliano) – Não foi pensado. Estávamos chateados quando aconteceu o pior erro do VAR na história do VAR. Tínhamos feito um trabalho extraordinário contra um time que é campeão e saiu isso. Vemos o futebol de maneira sanguínea, esse maluco aqui (aponta para o pai) me ensinou isso. O grupo também sabia. O que falei aqui falei no vestiário. (A frase) de que teriam que matar, teriam que matar 32, seria difícil. E tentaram. Espero que ano que vem seja mais leve para o Vasco. Houve erros pontuais e que o Vasco não merecia.

– (No va a bajar?) Quando estou convencido de algo, não há nada na vida que não pode ser feita. É um exemplo para jovens e todos. Quando você se propõe a algo na vida, tem que estar convencido de que vai fazer. Com muito esforço e dedicação. Por isso que achamos que o Vasco não iria cair. Foi um objetivo que colocamos.

Assista à entrevista

Entrevista coletiva de Ramón Díaz (Fonte: Vasco TV)

Fonte: Globo Esporte

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