Osório enaltece ações do Vasco à causa LGBTQIAP+ e agradece à Kappa

O dirigente Carlos Roberto Osório afirmou que o Vasco da Gama empunhou bandeiras que muitos não têm coragem.

Torcida do Vasco em São Januário no jogo contra o Operário-PR
Torcida do Vasco em São Januário no jogo contra o Operário-PR (Foto: Daniel Ramalho/Vasco)

Como o clube pioneiro que é, o Vasco viveu uma noite de sexta-feira inesquecível não só pela vitória por 3 a 0 sobre o Operário, mas por fincar uma bandeira contra o preconceito e a favor da igualdade. No mês do orgulho LGBTQIAP+, São Januário se pintou quase inteiro com as cores do arco-íris.

– Hoje tivemos um espetáculo em São Januário. Acho que esse dia entra para a história, mais um dia que entra para a história do Vasco da Gama. Uma história pioneira, de lutas, empunhando bandeiras que muitos não tem coragem ou não tem a vontade de empunhar – afirmou Carlos Roberto Osório, vice-presidente geral do clube.

“O Vasco diz: nós queremos fazer o certo, não que seja o mais fácil”, completou.

Mais cedo na sexta-feira, o clube já havia divulgado orgulhosamente o posicionamento de suas torcidas organizadas, que assinaram um Código de Conduta e Ética se comprometendo a adotar práticas de transparência e fomentar a luta contra a violência, o assédio e a discriminação nos estádios.

Contra o Operário, foi possível ver diversas bandeiras e faixas espalhadas em São Januário. Como a que pede “respeito, igualdade e diversidade”, que foi estendida sobre a arquibancada do estádio, de frente para a estátua de Roberto Dinamite.

A entrada dos jogadores em campo também foi um espetáculo à parte, com fogos e fumaça nas cores do arco-íris.

“O Vasco luta contra a desigualdade, contra o preconceito, desde sua fundação. Isso faz parte da essência e da alma do vascaíno”, destacou Osório.

Campanha com patrocinador

Depois da partida, o Vasco publicou um vídeo nas redes sociais explicando uma campanha feita em parceria com seu fornecedor de materiais esportivos que passou despercebido – e de propósito.

O símbolo da Kappa, patrocinadora do Vasco, tem dois homens sentados um de costas para o outro. Só que, na camisa utilizada pelos jogadores no primeiro tempo, alguns desses homens foram trocados por mulheres. Veja:

Já no segundo tempo, o Vasco atuou com a camisa comum. Só a de Nenê é que trazia um detalhe diferente: o símbolo da patrocinadora pintada com as cores do arco-íris.

– Foi exatamente o que planejamos. Primeiro temos que agradecer ao patrocinador esportivo, a Kappa, que embarcou no nosso projeto desde o início. A aprovação veio da Itália, onde fica a sede. Nós queríamos exatamente isso, mostrar que não tem diferença nenhuma, é tão pequena que ninguém pode perceber. Foi isso que fizemos hoje. Nosso time entrou com uma camisa diferente, com o símbolo da Kappa modificado e adaptado, e ninguém notou a diferença. No segundo tempo, nosso principal jogador, que também não notou a diferença, entrou com a camisa que vai ser vendida nas lojas a partir da semana que vem, com o símbolo do arco-íris. Mostramos que não existe diferença. Enfim, só percebe quem quer. Na verdade, todos somos iguais – explicou Osório.

Fonte: Globo Esporte

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1 comentário
  • Responder

    O vasco ta virando um poço de politicagem ideológica. Essa nunca foi a causa do time! Ta sendo uma vergonha ver o retrocesso do Vasco. Se continuar assim vou ser obrigado a trocar a casaca!

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