Mauricinho pede melhorias para o Beach Soccer e deseja ganhar o mundial pelo Vasco

Mauricinho revelou sonho inicial de atuar no futebol de campo, comenta seu amor pelo Vasco da Gama e pede melhorias.

Vasco goleia o América-RN
Vasco goleia o América-RN (João Vital/Divulgação)

No último domingo (22), o Vasco conquistou mais uma vez o Campeonato Brasileiro de futebol de areia. Nos últimos 4 anos, já são três títulos nacionais e duas Libertadores. Maurício Pereira Braz de Oliveira, de 30 anos, foi mais uma vez protagonista dessa nova conquista. Ele é atleta do Vasco desde a base e foi eleito pela FIFA o melhor jogador do mundo da modalidade em 2017.

Mauricinho, como é conhecido, veio da comunidade Ladeira dos Tababajaras, no Rio de Janeiro. Ele foi revelado pelo Trem-Bala da Areia em 2010, quando foi iniciado o projeto Cruzmaltino no futebol de areia. Em entrevista exclusiva para o NCB, o craque contou inicialmente da sua trajetória e o sonho inicial de atuar no futebol de campo:

“Sou cria do Tabajara, desde os 9 anos jogo futebol de areia. Iniciei através de alguns professores, Bá e Cobra, que vivem na comunidade e tinham escolinhas na qual eu fiz parte. Porém, levei a modalidade a sério entre 2009/2010, quando comecei no projeto do Vasco, por indicação do Bueno, atleta da seleção brasileira de futebol de areia, que também fazia parte do projeto do Vasco.”

Ele comentou também das referências na areia e revelou um sonho de atuar no futebol de campo:

“Sempre acompanhei Jorginho, Benjamim, Júnior Negão. Meu sonho era jogar futebol de campo, sempre corri atrás, mas infelizmente nunca tive um empresário, alguém que pudesse me ajudar, e aí surgiu o futebol de areia, surgiu o Vasco”, finalizou.

Futuras ambições e espelho para jovens jogadores

Ao ser perguntado se ainda tinha metas a conquistar como atleta, Mauricinho falou do desejo de ganhar um mundial pelo Vasco e ajudar jovens jogadores que estão iniciando no futebol de areia:

“Então, profissionalmente o que eu tenho como meta é ganhar o mundial pelo Vasco. O Vasco é campeão mundial, mas eu não tive esse privilégio de estar jogando, mas fiz parte da preparação e quero conquistar o mundial pelo Vasco. Um dos meus sonhos também é poder ajudar esses jovens que estão chegando, fazendo com que o futebol de areia seja cada vez mais profissional”, contou.

Ele ainda complementou afirmando que sempre almeja mais conquistas e que isso sempre vai ser um forte fator motivacional para a carreira.

Realidade dura no Vasco e busca por melhorias

Atualmente, assim como muitos clubes do Brasil, o Vasco passa por uma situação complicada financeiramente. Quando perguntado do suporte oferecido pelo Cruzmaltino, Mauricinho deu um panorama da situação:

“Até o meu entendimento, o único suporte que o Vasco dá é o uniforme. A nossa briga é para que não seja só o uniforme, que possa ter uma remuneração. A gente não quer tirar nada do clube, sabemos a situação do clube, que o Vasco atravessa um momento difícil, não queremos tirar nada que o clube não possa nos dar. Só queremos uma condição de trabalho melhor, até porque têm jovens lá que sonham em ser um Catarino, um Boquinha, um Mauricinho”, relatou o jogador.

Ainda sobre essa situação dita acima, ele concluiu falando de uma experiência vivida recente no Campeonato Brasileiro:

“Então, ficamos treinando um mês pra competição (Campeonato Brasileiro) e pegamos o short da Kappa agora. Cada um estava treinando com seu uniforme. É triste ver o nosso adversário uniformizado, se estruturando, e a gente que conquista muitos títulos, parece estagnado no mesmo lugar. Mas a gente acredita no Vasco, temos fé que as coisas vão melhorar. É por isso que estamos lá, por que a gente acredita e ama representar o Vasco. Espero que a nova gestão possa olhar com mais carinho para a nossa modalidade (futebol de areia).”

Amor ao Vasco e motivos pela continuidade no projeto do Futebol de Areia do clube

Com tanto destaque na modalidade, perguntamos a Mauricinho os motivos de seguir no clube, apesar das adversidades:

“Eu escolhi continuar no Vasco porque é o time que eu aprendi amar. A instituição que me fez, que me tornou o Mauricinho. Eu falo a instituição, porque a instituição não tem culpa, a culpa são do gestores que poderiam olhar com mais carinho para gente, mas como eu sempre falo, nós não queremos atritos, apenas melhorias para poder dar continuidade no projeto do Vasco”, contou.

O jogador ainda complementou falando sobre a parceria com outros atletas, carinho pelo Vasco e mais:

“No Vasco estou ao lado dos caras que eu cresci, o Catarino, Bokinha, Lucão, Rafinha, o próprio Cesinha que hoje é diretor e que viu a gente crescer também ali no Vasco. Hoje eu me sinto em casa. Sou torcedor vascaíno, eu vou à São Januário acompanhar os jogos do Vasco. Espero continuar aqui! A gente bate muito nessa tecla de melhorias porque ganhamos muitos títulos. Vasco e o Corinthians são os únicos campeões mundiais de Futebol de Areia. Vasco não é só futebol de campo, é uma instituição que tem tudo”, completou.

Futuro do Futebol de Areia do Vasco e pedido para a torcida

Perguntamos ao jogador sobre a sua perspectiva para o futuro do Vasco no futebol de areia e ele abriu o coração em sua resposta:

“Eu torço sempre por isso (melhorias), não posso impor, porque tem nosso diretor e ele está correndo atrás. Gostaria que o Vasco repassasse verba para nos ajudar, pra que a gente possa ter uma condição melhor de trabalho. Claro que sabemos que a situação do clube é difícil, mas como eu falei, a gente não quer arrancar do clube aquilo que sabemos que ele não pode nos dar. Então, que o Vasco olhe com mais carinho pra gente, porque temos atletas talentosos e que merecem reconhecimento.”

Ainda em relação a esse assunto, ele fez um paralelo com as conquistas recentes do clube, reforçou a questão do suporte e frisou a importância da torcida no processo:

“Graças a Deus temos dado muitas alegrias ao clube e precisamos que tenham mais carinho com a gente e nossa modalidade. O que nos manteve até hoje ali foi a nossa amizade, o amor pelo clube e pela torcida. Tem atletas ali que estão há anos representando a camisa, nunca saíram do Vasco, e esse impasse aí de irmos pra competição, não ter nada, é muito complicado. Mas acredito no Vasco, sou vascaíno, conto com cada um de vocês, torcedores, pra que as coisas no Vasco melhorem e a gente continue dando alegria ao clube”, encerrou.

Mauricinho no futebol de campo?

Após sabermos do sonho inicial de Mauricinho, perguntamos se ele toparia uma experiência no futebol de campo e essa foi a sua resposta:

“Então, pela idade eu acho difícil. Com certeza se tivesse oportunidade, eu iria sem pensar duas vezes! Não sei se conseguiria desempenhar tudo que eu faço na areia, mas uma coisa eu tenho certeza, não iria decepcionar não. Se tivesse uma oportunidade, não sei nem o que falar”, concluiu o craque.

Fonte: NCB Vasco

Estamos no Google NotíciasSiga-nos!
Comente

Veja também
Luiz Henrique, Wisley e Paulo Victor assinam com o Vasco
Vasco contrata Luiz Henrique, Wisley e Paulo Victor para a base

De olho nas competições da temporada de 2024, o Vasco da Gama anunciou mais três reforços para as categorias de base.

Jogadores do Vasco em clássico contra o Fluminense
Vasco teria negociação avançada com casa de apostas para patrocínio master

Contrato anual entre o Vasco da Gama e a bet seria de R$ 45 milhões; empresa, por ora, é mantida em sigilo.

Pedrinho na coletiva dos 60 dias à frente do Vasco
Pedrinho revela que Vasco não tem CNDs e explica cenários do basquete de base e futsal

Presidente detalhou a questão das Certidões Negativas de Débitos do Vasco da Gama e comentou a situação de esportes que cabem ao Associativo.

Nota oficial da Força Jovem
Força Jovem cita Pedrinho ao explicar ausência de protestos presenciais

A torcida organizada do Vasco da Gama, Força Jovem, explicou a posição de protestar apenas nas redes sociais ultimamente.

Roger Flores
Roger Flores afirma que Vasco se tornou uma ‘ditadura’ com a 777

Comentarista do Grupo Globo opinou que Pedrinho deveria estar mais presente no dia a dia do futebol do Vasco da Gama.