Maicon se colocar na briga pela titularidade no Vasco: ‘Não gosto de ficar no banco’

O zagueiro do Vasco da Gama, Maicon, ainda destacou a recuperação no Brasileiro, visto que o Gigante era dado como rebaixado.

Maicon em entrevista coletiva no CT Moacyr Barbosa
Maicon em entrevista coletiva no CT Moacyr Barbosa (Foto: Marcelo Baltar/GE)

Anunciado como reforço em momento difícil do Vasco na temporada, Maicon parece ter superado a desconfiança inicial do torcedor e enfileirou atuações seguras na defesa da equipe comandada por Ramón Díaz. Entre suspensões e ausências de companheiros, ele tem recebido oportunidades e completou sete jogos desde que chegou ao clube, em julho.

O zagueiro de 35 anos destacou seu papel de líder do elenco em entrevista coletiva nesta sexta-feira, no CT Moacyr Barbosa, e disse que vai seguir trabalhando para incomodar os titulares Léo e Medel.

– Como sempre falei, em todos os lugares onde estive sempre joguei e sempre estive nos 11 iniciais. Ninguém gosta de ficar fora, de ficar no banco. Meu profissionalismo está acima de tudo, tenho que trabalhar o máximo, minha entrega tem que ser ainda maior para que eu consiga provar ao professor que eu tenho condições de jogar. Vou sempre estar numa briga sadia com o Medel e com o Léo para que a oportunidade venha – disse ele.

“Não gosto de ficar no banco, ninguém gosta, nenhum profissional gosta de ficar fora, mas a briga interna é sadia. Tanto um quanto o outro têm condição de jogar, mostrei que tenho condições e vou trabalhar ainda mais para que o professor possa depositar a confiança em mim”, acrescentou.

A reação do Vasco no Brasileirão também foi assunto na coletiva.

– Quando tive a reunião com o Paulo (Bracks), deixei bem claro que a minha intenção de vir para o Vasco era somente somar, queira jogando ou não. A gente tem que ter o máximo de responsabilidade e profissionalismo possível. Todos os lugares em que estive, fui profissional ao extremo. Costumo dizer que não sou um jogador de futebol, sou um atleta, dedicado naquilo que faço. Tenho muito compromisso. Quando a gente chegou na primeira entrevista aqui, o Vasco tinha nove pontos. Hoje a história é totalmente diferente – disse o zagueiro.

– Naquela época muitos de fora davam o Vasco como já rebaixado, hoje a gente vê que, infelizmente, ainda estamos na zona de rebaixamento, mas temos uma margem positiva grande pela frente. O Vasco tem condições de sair, trabalhando no dia a dia, para tirar o Vasco dessa situação. Um clube tão grande como o Vasco não merece estar nessa situação. A gente tem 12 finais pela frente, a gente tem tudo para conseguir resultados positivos – completou.

Maicon tem contrato curto, válido até dezembro, mas existe um gatilho de renovação automática em caso de permanência na Série A. O zagueiro não hesita ao responder sobre o que pensa do futuro:

– Minha intenção é permanecer, tenho trabalhado para isso, vou fazer o meu melhor para isso. Eu trabalho todos os dias como se fosse o último, ninguém sabe o dia de amanhã, Mas enquanto eu estiver vestindo essa camisa pode ter certeza que vou dar o meu melhor.

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Ainda sobre a reação do Vasco

– Quando o professor chegou, a gente pegou o Vasco numa situação muito difícil. Ele não só somente tinha que tirar o Vasco dessa situação, como também tinha que recuperar a confiança dos jogadores. Todo ser humano, quando perde a confiança, é difícil de trabalhar. Ele conseguiu recuperar. Como sempre digo, eu sei quem eu sou. Independentemente do momento, eu sempre vou confiar no meu potencial. Ele foi uma pessoa que confiou no potencial de todos os jogadores, conseguiu extrair o melhor de cada um. No segundo turno, o Vasco, se não me engano, é o quarto colocado. Mostra que demos uma ligeira volta por cima. Temos muitos jogos pela frente, tem muito ainda para fazer. Mas a gente tem crescido, acredito que nesses 12 jogos vamos conseguir tirar o Vasco dessa situação.

Condição física

– Nos meus últimos anos, sempre fiz trabalho extra. Cada atleta tem sua maneira de trabalhar, eu me sinto confortável quando faço trabalhos por fora para que fisicamente eu fique bem. Estou com 35 anos, quanto melhor eu puder trabalhar dentro e fora do clube, para mim vai ser de grande valor. Fisicamente estou muito bem, consegui manter uma forma física muito boa nesses últimos anos e isso tem me ajudado. Quando solicitado, consigo dar uma resposta positiva. Vou sempre trabalhar, sempre puxando os mais jovens. A gente tem conseguido mostrar isso através do exemplo, os mais jovens têm visto.

Resultados recentes

– O Vasco vinha de uma crescente muito grande, vínhamos de três vitórias consecutivas. Infelizmente perdemos para o Santos, depois tivemos um resultado não tão favorável contra o São Paulo. Nosso objetivo dentro de casa é sempre conquistar os três pontos, mas sabemos que o campeonato tem times muitos fortes, adversários de muita qualidade. Nem sempre vamos ganhar. O importante também é pontuar. Pontuamos contra o São Paulo. Não era o que queríamos, mas somamos um ponto. O Ramón sempre é muito motivador, sempre nos trouxe bastante confiança. Independentemente da fase ruim, temos que saber quem nós somos, e isso o Ramón conseguiu trazer. Por isso os resultados positivos vieram.

Papo com os mais jovens

– No começo o Ramón teve uma reunião, se apresentou, disse quem é, falou o que queria do grupo. Depois vieram jogadores importantes, o Medel, Vegetti, Payet, jogadores experientes. Juntamos experiência com juventude, eles agregaram. Era um grupo muito jovem, pressão muito grande em cima deles. O Léo, como você se referiu, é um grande jogador e um grande líder, mas também estava assumindo a responsabilidade sozinho. Quem chegou chegou para agregar e ajudá-lo. E também ajudar o Vasco da Gama, nosso objetivo é um só. Agora é dar continuidade a esse trabalho.

Fonte: Globo Esporte

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