Fernando Prass é o segundo goleiro da ‘ficha limpa’

Autor de cinco defesas importantíssimas contra o Ceará na última quarta-feira, Júlio César garantiu ao Corinthians a preciosa vitória por 1 a 0 no Estádio Presidente Vargas. De quebra, foi a 11ª partida em 30 disputadas que Júlio passou 90 minutos sem sofrer gol, o que o coloca firme na briga pelo que pode ser chamado de ranking “goleiro ficha limpa” do Campeonato Brasileiro.

Vanderlei, do Coritiba, é o líder na competição, com boa vantagem até aqui. Reserva de Edson Bastos, ele assumiu a titularidade durante o Campeonato Brasileiro e fez partidas memoráveis, caso dos empates fora de casa contra Internacional e São Paulo, por exemplo. Ele tem sete fichas limpas em 17 jogos realizados até o momento.

Logo atrás está Fernando Prass, do Vasco, que viu diminuir seu índice após o empate por 1 a 1 contra o Palmeiras, no Pacaembu. Júlio vem logo atrás, acompanhado de Rogério Ceni, do São Paulo, que fica à frente no critério de desempate por ter participado de mais jogos no Brasileiro: 33. Caso não sofra gols até o fim da Série A, porém, o corintiano chegará ao coeficiente 0,42.

Marcos, que não vem sendo relacionado e deve se aposentar no fim do ano, ainda carrega ótima média em decorrência do início positivo do Palmeiras no Campeonato Brasileiro. Já Deola, que assumiu o gol na fase ruim da equipe, é o pior entre os goleiros listados. Só entram na relação os que participaram de ao menos 15 jogos pela Série A.

Merece destaque ainda o jovem Renan Ribeiro, do Atlético-MG, que é o único goleiro entre os 10 primeiros que defende uma equipe que luta contra o rebaixamento. A cada três jogos disputados, em média, ele escapa ileso em um. Já Diego Cavalieri, do Fluminense, é o 19º e único entre os últimos que atua em candidato às primeiras posições.

Segundo o Footstats, Neneca, do América-MG, é o goleiro mais acionado do Campeonato Brasileiro, com média de 4,7 defesas por jogo. Ele é seguido por Fernando Henrique, do Ceará, Marcelo Lomba, do Bahia, e Jefferson, do Botafogo.

Ficha limpa é a tradução ideal para a expressão clean sheet, termo internacionalmente conhecido e que se criou na Inglaterra. A expressão surgiu para que fosse indicado um goleiro que termina um jogo sem sofrer gol. Diz-se que no passado os árbitros devolviam as fichas das partidas em que uma equipe escapava ilesa – ou seja, as fichas limpas.

Confira o ranking completo e o coeficiente de cada goleiro:

1º – Vanderlei (Coritiba) – 7 fichas limpas em 17 jogos – média 0,41
2º – Fernando Prass (Vasco) – 14 em 35 jogos – 0,40
3º – Rogério Ceni (São Paulo) 12 em 33 jogos – 0,36
4º – Júlio César (Corinthians) – 11 em 30 jogos – 0,36
5º – Marcos (Palmeiras) – 7 em 19 jogos – 0,36
6º – Wilson (Figueirense) – 11 em 32 jogos – 0,34
7º – Jefferson (Botafogo) – 9 em 26 jogos – 0,34
8º – Renan Ribeiro (Atlético-MG) – 8 em 25 jogos – 0,32
9º – Felipe (Flamengo) – 10 em 32 jogos – 0,31
10º – Muriel (Internacional) – 9 em 30 jogos – 0,30
11º – Victor (Grêmio) – 7 em 29 jogos – 0,24
11º – Marcelo Lomba (Bahia) – 7 em 29 jogos – 0,24
13º – Fábio (Cruzeiro) – 7 em 30 jogos – 0,23
14º – Felipe (Avaí) – 6 em 26 jogos – 0,23
15º – Rafael (Santos) – 7 em 31 jogos – 0,22
16º – Edson Bastos (Coritiba) – 4 em 18 jogos – 0,22
17º – Márcio (Atlético-GO) – 7 em 35 jogos – 0,20
18º – Neneca (América-MG) – 5 em 24 jogos – 0,20
19º – Diego Cavalieri (Fluminense) – 6 em 31 jogos – 0,19
20º – Renan Rocha (Atlético-PR) – 5 em 30 jogos – 0,16
21º – Fernando Henrique (Ceará) – 3 em 21 jogos – 0,14
22º – Deola (Palmeiras) – 2 em 16 jogos – 0,12

Fonte: terra

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