Felipe relembra começo no Vasco e ressalta importância do apoio do pai

O ídolo do Vasco da Gama, Felipe, ainda criticou a postura dos pais atualmente quanto ao acompanhamento dos filhos nas categorias de base.

Felipe em ação pelo Vasco no começo da carreira
Felipe em ação pelo Vasco no começo da carreira

Um dos grandes ídolos da história do Vasco da Gama, Felipe relembrou a chegada ao Clube em texto publicado no Players Tribune. Ele lembrou que isso aconteceu em meio à um problema familiar com a separação dos pais, mas ressaltou que o ocorrido não o afetou e, nessa época, ganhou uma nova casa, o Gigante, e ainda um ‘irmão’, caso de Pedrinho.

– Meu pai achou que eu tinha jeito pra coisa e me levou pro Vasco. Nessa mesma época, meus pais se separaram. Ficou tudo bem, eles continuaram amigos, mas foi cada um morar num canto, e eu era só uma criança de seis anos. E, por mais que separação seja algo complicado para os filhos, a lembrança que eu tenho é de uma coisa boa, olha que curioso. Porque não tive sensação de perda. Pelo contrário, naquele momento da minha vida, eu sentia como se estivesse ganhando algo. Ganhando uma rotina nova em casas novas — uma delas o Vasco, que me acolheu e ainda me presenteou com um irmão novo, o Pedrinho, meu melhor amigo da vida toda.

O ex-lateral-esquerdo, que também jogou como meio-campista, também lembrou de quando começo no profissional, estreando num clássico contra o Botafogo. Ele destacou o acaso que envolveu sua promoção ao profissional, sendo sequer era o titular da posição no Sub-20, mas acabou jogando e agradando justamente numa oportunidade em que Júnior Lopes, filho e auxiliar do técnico Antônio Lopes, viu a partida.

– É engraçada a história da minha chegada no profissional do Vasco e a escalação pra essa partida contra o Botafogo. Eu era reserva dos juniores e tive a chance de começar um jogo porque o nosso titular recebeu o terceiro cartão amarelo. O filho do Antônio Lopes, então treinador do profissional, foi assistir a essa partida. Joguei muito bem. Acontece que, na mesma semana, o Lopes ficou sem lateral-esquerdo no profissional. Com o titular suspenso e o reserva machucado, chamaram os laterais dos juniores, o Bill e eu, que era reserva dele: “Ei, vocês dois, vão lá que estão precisando de lateral-esquerdo no profissional”.

Apoio do pai

Felipe também aproveitou para destacar o apoio do seu pai nos tempos de base, importante em sua formação. O ídolo vascaíno que os pais atualmente cobram os filhos demais, com fritos, reclamações e xingamentos com crianças, pressão que, para ele, pode estragar tudo. Em contrapartida, em sua época, os garotos tinham mais liberdade para aprender com os erros.

– O comportamento de alguns pais hoje é inadmissível. Cobram demais. Xingam, reclamam, gritam com meninos de sete, oito anos. Muita gente espera que aquele garoto mude a vida da família, tudo bem, compreendo essa realidade, mas a pressão pode estragar tudo. O meu pai me levava pra treinar e jogar e não ficava gritando “Felipe faz isso, Felipe faz aquilo”. Ele sempre foi muito tranquilo. Se eu acertasse ou errasse, dizia: “Está bom, filho. O que importa é você se divertir. Tá feliz? Então continua. Se não estiver, para”.

Felipe ganhou Brasileiros, Libertadores, Mercosul, Copa do Brasil e outros tantos títulos com a camisa do Vasco em duas passagens, o que o colocou como um dos grandes campeões da história do Clube. Aposentado desde 2014, ele está dando seus primeiros passos na carreira de técnico, hoje com 43 anos, comandando o Bangu na Série D.

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1 comentário
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    ÍDOLO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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