Entrevista coletiva de Vanderlei Luxemburgo após o jogo contra o Fortaleza

O técnico Vanderlei Luxemburgo analisou o desempenho do Vasco da Gama e lamentou a derrota para o Fortaleza.

Vanderlei Luxemburgo durante jogo do Vasco
Vanderlei Luxemburgo durante jogo do Vasco (Foto: Buda Mendes/Getty Images)

O técnico Vanderlei Luxemburgo lamentou a derrota por 3 a 0 para o Fortaleza, que manteve o Vasco no Z-4 e complicou a situação do time, a três rodadas do fim do Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva após partida, no Castelão, o treinador disse que seu time começou melhor, mas se descontrolou após o primeiro gol sofrido. Ele ainda assumiu a responsabilidade pelo resultado, reconheceu a superioridade do Leão e frisou que é o momento de levantar a cabeça.

– Começamos bem o jogo, apertamos eles, tivemos uma bola na trave. Depois do gol, houve um descontrole. Não conseguimos fazer o que treinamos. Não fizemos o que traçamos para o jogo. É lamentar e vida que segue.

– Faltou um pouco mais de marcação dura, mais apertada. Jogar a culpa em alguma situação é covardia. O maior responsável sou eu, e o Fortaleza foi melhor, produziu mais e mereceu ganhar.

Apesar de reconhecer a atuação muito ruim no Castelão, Luxemburgo disse que não é hora de jogar a toalha e o Vasco ainda pode conseguir a permanência na Série A. Com a derrota, o time se manteve na zona de rebaixamento. O clube tem 37 pontos é o 17º. No próximo domingo, às 16h, a equipe enfrenta o líder Internacional, em São Januário, pela 36ª rodada.

– A proposta é manter o time na Série A, então, é importante se preparar bem para enfrentar o Inter. Depois, tem Corinthians e Goiás. A coisa não acabou. Temos de ter a consciência de que a coisa não acabou. Se tivermos isso em mente, temos condições de manter o Vasco na Série A. Se acharmos que por causa da atuação já fomos rebaixados, não adianta nem entrar em campo contra o Inter, Corinthians e Goiás.

– Temos três jogos e podemos brigar. Estou chateado, entendo as críticas e entendo o torcedor que deve estar revoltado. Mas precisamos de equilíbrio emocional para o próximo jogo. Temos de acreditar que podemos ganhar. Se não acreditarmos, não devemos nem entrar em campo contra o Inter.

Outros trechos

Proposta de jogo

– Nós temos um problema sério hoje que é vocês não poderem acompanhar o treino. Se tivessem visto o trabalho de domingo e segunda, iriam ver que a escalação foi certa. Mas só viram o jogo, e o time não encaixou. Então, parece que a escalação foi equivocada. Eu respeito isso. Agora, quem treinou o time fui eu. Eu saí de campo confiante em fazer uma grande partida.

– Nem sempre você treina bem e faz um grande jogo, nem sempre você treina mal e jogará mal. Me surpreendeu, eu tinha certeza de que o Vasco Iria fazer um grande jogo. Observei contra o Flamengo que a gente precisava de movimentação, mais toque de bola e aproximação. Começamos bem, mas sofremos o gol e aí não teve mais aproximação, não teve mais nada. O time se desarrumou.

Time pode render mais?

– Temos uma psicóloga que trabalha a parte emocional dos jogadores. Ela faz bem, trouxemos ela para o jogo. Está aqui na viagem. Há um preparo para o jogo. Cara, o treino foi excelente. Eu não tinha visto ainda o time treinar como treinou no domingo e na segunda. Eu estava esperançoso em chegar aqui e jogar um grande jogo. Nem sempre acontece como você gente imagina.

– Eu tentei fazer isso aqui, não conseguimos, vamos baixar a bola, dar uma sossegada e vamos ver o que fazer contra o Inter. Se tiver de mudar peças, vamos mudar. Com tranquilidade. O mais importante é que temos de aceitar as críticas dos jornalistas e dos torcedores. Vão pegar pesado, dar pancada. Temos de nos preparar para o próximo jogo, não terminou.

Falta de poder de reação

Se tivéssemos poder reação, em uma situação diferente, nós não estaríamos brigando nessas posições, né? Então é uma coisa que está caracterizada e temos que entender que estamos na parte de baixo da tabela. Se tomar um gol, fica difícil. Então, há uma série de coisas que sabemos que existem e que não queremos ficar tratando elas na parte externa, porque não traz benefício nenhum.

Desequilíbrio emocional

– Sabemos que algumas coisas faltam para nós e estamos tentando superar as dificuldades e para superar o adversário. Então, você falou uma verdade. Nós não conseguimos virar jogo. O segredo nosso é evitar tomarmos gol. Começamos bem, colocamos uma bola na trave. E os caras foram lá e fizeram o gol. Então, quer dizer, aí saímos atrás. Aí vem o desequilíbrio emocional, vem as coisas de estar na zona complicada. E tudo isso aflora no momento do jogo e o rendimento técnico e tático vai para o espaço.

Entender a derrota e levantar a cabeça

– Primeira coisa é aceitar e entender a derrota, porque nós não produzimos muito bem. Se nós tivermos essa capacidade de entender a derrota, de entender que fomos nós que não produzimos, que o adversário produziu muito mais do que nós, nós então começamos a nos preparar para o próximo jogo. Sofrer, doer, passar um remédio na ferida, cicatrizar a ferida e irmos para frente.

Jogo contra o Inter

– Ninguém pode afirmar que nós já perdemos pro Internacional. Até porque hoje teve uma situação que nós perdemos aqui e o Sport venceu o Internacional na casa do Internacional. Então, no futebol não existe aquela coisa que você não pode ganhar de uma equipe que está melhor momentaneamente. Você pode ganhar. Com todo respeito você pode ganhar porque a coisa ainda não terminou ainda.

Fonte: Globo Esporte

Estamos no Google NotíciasSiga-nos!
3 comentários
  • Responder

    Vamos combinar: o time é uma lástima. Jogadores limitados, mas é o que temos para as três últimas partidas. Então vamos usar o que temos, sem inventar. Iniciar contra o Inter com: Fernando Miguel; Léo Matos, Ricardo Graça (Marcelo Alves está suspenso), Castan e Henrique; Bruno Gomes, Léo Gil e Benitez; Talles Magno, Cano e Picachu. No intervalo avalia a atuação e se precisar faz as trocas, lembrando que Léo Gil, Talles e Picachu caem sempre de rendimento no segundo tempo e Benitez cansa e passa a errar muito. Juninho, Pec, Catatau e Carlinhos, não conseguem iniciar uma partida como titular, pois ficam perdidos em campo e somem do jogo, mas conseguem alguma coisa quando entram no segundo tempo. É isso. Time ruim, mas vamos acreditar.

  • Responder

    Discurso vazio de sempre, técnico incompetente, arcaico, é o retrato de um clube em franca decadência, tudo a ver com a última e atual administração ilegitimas. Rumo a segundona, tá feliz “Salgadinho incompetente?”

  • Responder

    No meu entendimento, tem sim q ter algumas mudanças na equipe urgente. Saídas de F. Miguel, Castan, Carlinhos…..
    Não consigo entender de jeito nenhum, a ausencia do Andrey no time titular. O Talles, mesmo em má fase, é muito melhor q todos, na mesma posição dele.

Comente

Veja também
Léo Jardim em jogo contra o Fortaleza no Castelão
Dia de Vasco! Gigante enfrenta o Fortaleza em São Januário pela Copa do Brasil

Vasco da Gama e Fortaleza decidirá nesta terça-feira, às 21h30min, quem se classificará às oitavas de final da Copa do Brasil.

Álvaro Pacheco chega ao Rio de Janeiro
Álvaro Pacheco conhece elenco e faz pedido antes de jogo decisivo

Álvaro Pacheco passou uma mensagem de motivação ao elenco e pediu união de todos no jogo decisivo pela Copa do Brasil.

Rafael Paiva durante Athletico x Vasco
Escalação do Vasco contra o Fortaleza

Confira a escalação do Vasco da Gama para o jogo desta terça-feira, contra o Fortaleza, pela 3ª fase da Copa do Brasil.

Vegetti em ação pelo Vasco contra o Fortaleza
Saiba quanto o Vasco receberá se passar pelo Fortaleza na Copa do Brasil

O Vasco da Gama embolsará uma quantia milionária caso avance às oitavas de final da Copa do Brasil, diante do Fortaleza.

Pedrinho e Lúcio Barbosa na inauguração da Exposição dos 100 anos da Resposta Histórica
SAF pede limitação do poder do associativo em agravo contra a liminar

A Vasco SAF deseja um equilíbrio no no Conselho Administrativo entre sócios após liminar que colocou a associação no comando.