Diniz vê Vasco abaixo fisicamente e comenta irregularidade do time
Técnico do Vasco da Gama, Fernando Diniz avaliou a classificação do Cruzmaltino diante do Operário-PR pela Copa do Brasil.

Passado o susto do empate sofrido aos 47 do segundo tempo e a classificação nos pênaltis sobre Operário, Fernando Diniz tentou destrinchar os motivos que fizeram o Vasco sofrer tanto para se classificar na Copa do Brasil, na noite desta terça-feira (20), em São Januário. Segundo o treinador, a questão física acabou pesando para o desempenho ruim de seu time.
“A história do jogo de hoje começou no sábado (contra o Fortaleza). Teve uma descarga muito grande de energia física e psíquica que a gente não teve tempo hábil para recuperar. Foi um jogo fora dos padrões habituais que o Vasco vinha jogando, então todo mundo estava muito feliz e descarregou muita coisa. Com dois dias, tendo que fazer ajustes, acho que foi o principal fator. Tanto física quanto psiquicamente, a gente não foi o mesmo time, nem o mesmo da minha estreia, a gente estava abaixo”, declarou Diniz, que também ressaltou a qualidade do adversário.
“Enfrentamos um time perigoso, que tem um bom investimento para a Série B, com jogadores que já jogaram em grandes clubes, um time organizado, que vinha com confiança de três vitórias. Campeão paranaense, e acho que os três últimos confrontos do Estadual eles ganharam nos pênaltis. A gente tinha um adversário difícil e estávamos abaixo da nossa melhor condição”, completou.
Na opinião do treinador, o Vasco não fez um jogo ruim, mas acabou sendo punido por sua oscilação ao longo da partida.
“Jogamos menos até do que jogamos contra o Lanús em termos de postura. Mas não jogamos mal, oscilamos muito mais do que nos outros dois jogos. Nessa oscilação, parecia que poderia acontecer alguma coisa a qualquer momento e o Operário fazer um gol. A gente teve umas três ou quatro chances para matar e não matou. Deixamos o adversário vivo, e eles acabaram tendo a felicidade de fazer o gol no final do jogo em uma bola improvável, com um cruzamento muito alto e uma bola que entrou devagar no canto. O importante hoje era classificar. A gente não escreveria esse roteiro, mas para o time acaba sendo uma coisa muito forte, e a disputa de pênaltis do jeito que foi acaba treinando algumas emoções, o aspecto anímico que, sem a disputa, a gente não treinaria”, concluiu.
Agora, o time de Fernando Diniz aguarda para saber quem será seu adversário na próxima fase da Copa do Brasil. A equipe volta a campo no sábado (24), às 18h30 (de Brasília) em clássico com o Fluminense, no Maracanã.
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Evolução do Vasco
“Estamos tentando melhorar o time em todos os aspectos, individual e coletivamente. Vai levar um tempo. Nunca vamos conseguir identificar todos os problemas, mas aqueles que temos identificado temos procurado trabalhar e melhorar a equipe.”
Atuação ruim
“Eu já tinha esse receio para o jogo de hoje (queda de rendimento), o treino já não foi igual, faltava energia, e é uma coisa que a gente já vai aprendendo com o tempo, de deixar o time mais maduro e se recuperar mais rápido de vitórias como a de sábado. Fiz o que pude, os jogadores também tentaram se dedicar e a gente evoluiu. O jogo de hoje foi importante para a nossa caminhada, o time não jogou o seu melhor, mas foi um jogo muito importante, porque era difícil jogar o seu melhor hoje.”
Pênalti é loteria?
“Não acho que pênalti é loteria, sempre treino quando há chance de disputa. Treinamos ontem. Não houve loteria, não acho que é loteria. Acho que tem preparo dos jogadores e isso aumenta suas chances de ganhar. De maneira geral, o time foi bem nas cobranças. Léo Jardim foi estupendo e acabou nos dando a classificação.”
Provocação de Loide
“Comigo não aconteceu nada, nem sei muito do gesto que ele fez. O pessoal estava falando e eu tentando passar informação para acalmá-lo, porque a torcida já estava irritada com ele. Intenção era ajudá-lo para ele continuar jogando. Preciso conversar com ele para entender os gestos que (Loide) fez. Também nem interpretei assim, estava tão focado no jogo que para mim não houve problema nenhum.”
Fonte: O Dia