Dedé se garante na zaga e no ataque do Vasco

Zagueiro ou atacante? Essa dúvida deve rodar a cabeça de Dedé durante os jogos do Vasco. Atrás ele anda resolvendo e muito. Quando Rodolfo falhou no gol do Alianza de Lima, no início da partida desta terça-feira, Dedé deve ter pensado: “eu deveria estar no lugar dele”.

O mesmo deve ter acontecido quando Ramos desviou uma bola de William Barbio e, contra, empatou o jogo para o Vasco. Certamente Dedé teria feito melhor, embora desta vez a vantagem tenha sido para sua equipe.

Talvez não fizesse melhor quando Alecsandro cabeceou, impedido, ainda no primeiro tempo, e teve o segundo gol do Vasco anulado. Aliás, Dedé deve ter tido vontade também de bater o pênalti logo aos 2min do segundo tempo. Mas Alecsandro foi para a bola, escorregou e acertou o travessão. Jogo empatado, torcida tensa.

E foi neste momento Dedé resolveu agir. A entrada de Felipe, no intervalo, tinha dado novo ânimo ao time. Mais mobilidade, mais qualidade no passe, mais movimentação. Mas o zagueiro decidiu que era hora de fazer das suas. E foi para o ataque – não da forma quase irresponsável como fez na final da Taça Guanabara, contra o Fluminense, quando preferiu nem ouvir o técnico Cristóvão Borges no tempo técnico, invenção do Campeonato Carioca.

Desta vez, Dedé sabia o que estava fazendo. E Fagner caprichou na cobrança do escanteio para Dedé fazer o que Alecsandro não tinha conseguido fazer. E nem conseguiria. Teve mais um gol anulado, e aos 23min, em outro pênalti, uma vez mais Alecsandro chutou nas mãos do goleiro e perdeu a chance de ampliar.

Alecsandro não foi vaiado pela torcida, como tinha acontecido com o zagueiro Rodolfo depois da falha do gol do Alianza. Mas talvez tenha que agradecer a Dedé, que fez o que o camisa 9 do Vasco não conseguiu fazer: o gol da vitória. O Vasco ainda teve um terceiro pênalti, mas Alecsandro achou melhor não bater. Juninho bateu, fez, e a torcida gritou o nome de… Alecsandro. Uma homenagem.

O Alianza ainda fez mais um. Deu um susto geral na torcida. E até no time peruano, que nem acreditou no seu gol. Mas o gol de Dedé deixou São Januário da mesma cor do uniforme do time na partida: todo azul. Fim de jogo: Vasco 3 a 2.

Se Mano Menezes já tem a zaga da Seleção Brasileira definida com David Luiz e Thiago Silva e precisar de um atacante – sei lá, para o lugar do Leandro Damião -, Dedé parece estar à disposição. E do jeito que o Vasco anda, esse “Dedé atacante” vai ser muito importante na sequencia da Libertadores.

terra

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