Casaca! questiona ‘regras’ para influencers no Vasco e declara apoio a youtubers

Em nota assinada por Sérgio Frias, o grupo Casaca! se colocou de forma crítica sobre a criação de 'regras' para influencers no Vasco da Gama.

Sérgio Frias foi candidato à presidência do Vasco em 2020
Sérgio Frias foi candidato à presidência do Vasco em 2020 (Foto: Divulgação)

A entrevista de Jorge Salgado ao UOL Esporte segue rendendo muito assunto. Um dos pontos mais polêmicos dela foi o que o presidente do Vasco da Gama chamou de criação de “regras e parâmetros de atuação” para os influenciadores nas redes sociais, que têm como foco o Gigante.

O mandatário vascaíno contou que esses vascaínos estão sendo mapeados, para que o Clube tome conhecimento e crie as regras. A declaração não caiu nada bem entre influencers, destaque para os youtubers, sendo que muitos se colocam de forma contrária à atual gestão. O tema repercutiu também na política do Vasco.

Quem se manifestou sobre isso foi o Casaca!, em nota assinada por Sérgio Frias, candidato à presidência na eleição de 2020. Nela, o grupo questionou ao Gigante sobre a tentativa de direcionar o conteúdo produzido por vascaínos nas internet, ainda citado aqueles que são favoráveis à diretoria.

Quatro dias depois de abraçar uma causa de inclusão, o Vasco, na figura de seu presidente e usando como esteio o Conselho Deliberativo, entendido por ele como dominado, sugere a linha do patrulhamento. As pautas em si são claramente antagônicas. Enquanto uma defende a liberdade de escolha, do modus vivendi, muito além de preferência sexual A, B ou Z, a outra quer conduzir centenas de vascaínos, quanto àquilo que devem falar, como lhes cabe agir, se portar, ao opinar sobre sua paixão, baseado na ridícula justificativa de que o nome do Vasco é falado em vão, como parte dos mandamentos/orientações de normas de conduta, para ficar mais bonitinho, previstos na ditadura imposta no clube, a partir de um golpe perpetrado contra o Vasco, seu estatuto, quadro social e sua soberania.

Mas, falando de soberania, há um ar soberano nos atuais mandatários, que cortam do quadro social quem discorda, interpretam o estatuto como querem e bem entendem, após fumá-lo, segundo apoiadores “sincerocidas” e pretendem mexer com quem não podem, talvez buscando alguma decisão judicial que contrarie um preceito constitucional, ou distorcendo seu condão perante a sociedade. É ousado isso, claro, mas a utilização de subterfúgios é uma especialidade daquela casa, que se mostra como da “Mãe Joana” diante do acontecimento outro de ontem, referente ao fornecedor de alimentos do clube.

Mais críticas e oposição

Em outro trecho, o grupo ainda critica o Clube pela recente demissão em massa de funcionários, a maioria que acumulava muito tempo de serviços prestados ao Gigante. Ao longo da nota, são citadas situações referentes à eleição de 2020, com mais críticas à diretoria vascaína, e atuação do Conselho Deliberativo, na exclusão de beneméritos, sobrando também para a oposição, no caso, a Sempre Vasco.

Pondo os pingos nos “is” não reabilita fazer qualquer tipo de campanha visando inclusão, enquanto a consequência da irresponsabilidade/covardia com 186 funcionários demitidos leva tantos ao desespero, por vidas dedicadas ao Vasco e muito provavelmente tem lastro no óbito verificado na última quarta-feira de um dedicado e humilde funcionário do clube, que os alienígenas e planilheiros, ora supostos senhores da razão, desconheciam e cuspiram simbolicamente na cara, sem ao menos saber das características e capacidade de trabalho de cada um.

O Vasco brigou por negros, analfabetos, operários sim, não precisa provar nada para fora, historicamente, sobre ser um clube de inclusão, mas se mostra o oposto para dentro nessa gestão, vide exclusões completamente absurdas de Beneméritos, embora tenham apresentado a mesma interpretação estatutária do presidente atual Jorge Salgado, conforme expresso em documento oficial do clube, recentemente, sobre o tema anistia a sócios desligados.

As figurinhas trocadas com o grupo que foi parceiro de golpe, uma espécie de bem me quer, mal me quer, dependendo de interesses postos na mesa, também denota ser a oposição virtual do clube (na prática a oposição é composta por quem foi contra o golpe institucional dado contra o estatuto e a soberania do Vasco) farinha do mesmo saco, vide a clara omissão de seu suposto líder em não se manifestar rapidamente nas mídias sociais sobre a censura clara e evidente, que tem como partícipe na controladoria uma rubro-negra, por sinal.

Do plano mais alto para o mais baixo, se você atinge os de cima (falando pragmaticamente) e não sente da torcida revolta, cabe pensar que pode atingir a base da pirâmide e ela vem sendo tratada no Vasco com o desprezo que pensam alguns ela merecer, dentro da lógica administrativa de uma gestão que pensa, agora, em nove anos de poder e já garante uma eleição on line, fora do estatuto, para daqui a três anos, como se a aprovação da reforma estatutária pelo quadro social fosse favas contadas, como imagina essa quase realeza lá presente, embora ausente perante o público a cada revés do futebol.

Apoio a youtubers

O Casaca! ainda reforçou o seu apoio ao youtubers, citando que, em grande parte deles, são de vascaínos que não são favoráveis à forma que Jorge Salgado chegou à presidência, e aproveitou para ‘cutucar’ os apoiadores. O grupo defendeu que é importante a diversidade de opiniões em São Januário, e finalizou apontando uma ‘omissão’ da imprensa na entrevista com o presidente.

Tal omissão no descrito acima, pode ter como contexto o fato de que os Youtubers, em esmagadora maioria – embora um dia tenham acreditado nele, no discurso dele ou em suas boas intenções – o tem como mero golpista, desprezam o herói criado por ele em 2020, bem como suas falas cínicas sobre o golpe perpetrado contra o clube, uma delas em pleno ginásio do Vasco, na eleição estatutária, direta e reveladora da face de cada um, a 07/11/2020.

A diversidade de opiniões no clube é preceito do Vasco, a luta por fazer prevalecer opiniões em detrimento de outras contextualiza a briga, mas a soberania vascaína maculada em 2020 (simbolizada no descumprimento frontal de seu estatuto e por extensão da CF, interpretando-se em juízo autorização de Lei Federal, como imposição) só poderia trazer, como traz, inúmeros prejuízos institucionais, que parecem pouco importar, por não haver, ainda, a devida pressão legal do quadro social quanto ao atual estado de coisas visto no clube.

Fica aqui, por parte do Casaca!, o grupo que soube ser situação e oposição mantendo sua linha de conduta, dentro e fora do Vasco, para desespero de detratores e afins, todo apoio aos Youtubers, desde aqueles que fumam o estatuto, tragam, passando pelos não-fumantes, mas primordialmente, em defesa dos que ousam falar de Vasco, conhecendo ou não as entranhas do clube, ávidos por conhecimento ou simplesmente mantendo o próprio Vasco vivo para si em suas críticas, urros e até “exageros”, em nome de sua paixão.

Enquanto isso a nossa gloriosa imprensa esportiva convencional, seus influenciadores e editorias, fundamentalmente, permanecem quietos, respeitando preceitos ditatoriais, exclusões injustas, mentiras repetidas (hoje Jorge Salgado contou pela enésima vez uma sobre a contagem de votos e com vários canais de imprensa presentes ao local, sem qualquer contestação do veículo que publicou a matéria). Um silêncio ensurdecedor, pois conveniente. Uma minoria nasceu para ser Glenn Greenwald, a maioria cresceu passando ao largo disso, por mais que nas cadeiras de faculdade tenham aprendido que passar ao largo significa desprezar conceitos jornalísticos formais e sua própria essência.

As ‘regras’

O assunto ainda não foi muito esclarecido pelo Vasco, sobre como isso será feito pela direção. A expectativa é de que em breve o Clube traga mais detalhes, o que tem sido temido principalmente por opositores. Muitos deles, inclusive, já se manifestaram de forma crítica sobre o que disse a medida.

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