Campello revela cenário para que o Maracanã fosse entregue ao Flamengo

O ex-presidente do Vasco da Gama, Alexandre Campello, ainda relembro atritos com o Fluminense e o chamou de 'pequeno'.

Alexandre Campello foi presidente do Vasco entre 2018 e 2021
Alexandre Campello em sua época de presidente do Vasco

Se engana quem pensa que é recente a disputa pelo comando do Maracanã. Existe há muito tempo debates de quem deve ficar na administração, o que se passou também na gestão de Alexandre Campello no Vasco da Gama, de 2018 a 2021.

No momento, o Gigante, com o Consórcio Maracanã Para Todos, ao lado da WTorre, disputa pela licitação contra Flamengo e Fluminense, que estão lado a lado, além da Arena 360, que administra o Mané Garrincha, em Brasília. De acordo com Campello na época existia interesse e movimentos para entregar o estádio ao Rubro-Negro.

– Foi construído um cenário em que alijava o vasto do processo, onde só o Flamengo tinha condições de assumir. O cenário foi construído por um flamenguista para entregar o Maracanã ao Flamengo. Vamos ser claro. E aí dentro desse processo o Vasco não tinha condição de apresentar proposta. O Flamengo até nos procurou e quis discutir, porque obviamente é muito melhor pra ele ter o Vasco mandando jogo lá do que o Fluminense, que não enche, não dá torcida, não tem renda. Então o Vasco ia manter sempre o estádio cheio e isso iria contribuir pra manutenção do estádio. Eu não aceitei, obviamente. O Fluminense aceitou os termos – declarou Campello em participação no Basticast, que reclamou das limitações de uso para outros clubes:

– É muito claro agora é inadmissível você tem um estádio custou ao Estado só na última reforma mais de um bilhão e você achar que esse estádio pode ser entregue a um único clube, não vai servir para o Estado que tem quantos clubes, e a gente está falando de quatro grandes, mas para o Nova Iguaçu. Não pode jogar lá? O Madureira, enfim, o estádio é do Estado, foi construído com o dinheiro de todos então se é esse ou aquele que vai administrar, ok, mas tem que servir a todos, essa é a minha concepção.

Fluminense

Alexandre Campello ainda relembrou os atritos com o Fluminense ao longo dos anos, à época devido ao lado do Maracanã. O Tricolor das Laranjeiras requisitou o Setor Sul do Maraca após a reforma, o que sempre foi um direito do Gigante. O Flamengo sempre ficou no Setor Norte. Segundo ele, as brigas ocorriam mais na época da gestão de Pedro Abad no rival.

– Principalmente antes, na época do (Pedro) Abad, com o Mário Bittencourt não. Por que isso? Porque foi um momento em que a gente estava brigando pelo Maracanã. A federação queria que a gente jogasse no Maracanã. Eu falei, não vou mandar jogo meu lá se eu não ficar do lado que eu acho que é do Vasco. Se eu sou o mandante, não vou ser visitante. Vou ser mandante, de fato. E aí a gente teve alguns embates. Aliás, na ocasião até os caras falaram, ah não, queria que eu fizesse jogo, tudo bem, eu faço, mas o jogo é meu? Eu vou fazer? É. Aí eu vou ficar desse lado, é com você. Não, não sei o que, até fomos ver no consórcio, na época era o Odebrecht. A Odebrecht não, não tem nada disso. Então vou fazer o jogo aí, mas é o seguinte, quem vai mandar no jogo sou eu, então quem vai fazer a operação de jogo é o Vasco, a gente não vai para aí para os outros dizer como é que a gente vai fazer, não vou para o Maracanã para me dizer quantos seguranças tenho que contratar, quantos catraqueiros eu tenho que contratar e que empresa eu tenho que contratar.

‘Pequeno’

No final da participação no podcast, em quadro que teria que falar a primeira coisa que pensava sobre determinada coisa, Campello provocou os rivais. No caso do Fluminense, o ex-presidente disse “pequeno” e sobre o Flamengo se limitou a “urubu”.

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