Raniel vive gangorra, ajuda no acesso, mas deve deixar o Vasco
O atacante Raniel começou bem no Vasco da Gama, foi decisivo em alguns momentos, mas caiu de rendimento ao longo da Série B.
Raniel tem quase 10 meses como jogador do Vasco, mas em certos momentos parece que passou uma vida na Colina tamanha a intensidade da relação. Começou bem ainda no Campeonato Carioca e virou um dos destaques do time, superando os problemas do passado (leia detalhes abaixo). Na instabilidade do Cruzmaltino, porém, também caiu. Foi bastante criticado pela torcida, cobrado, protagonizou momento decisivo e termina o contrato sob protestos, apesar do acesso à Série A do Brasileiro garantido neste domingo (6) pela equipe.
Na temporada, Raniel somou 45 partidas, 37 como titular, além de 16 gols e uma assistência. No começo da temporada, o jogador ainda fez um pacto com o restante do elenco: pagaria R$ 500 a cada um que desse uma assistência a ele. Nenê, por exemplo, foi agraciado algumas vezes. Nos últimos 11 jogos, porém, marcou só três vezes.
Com muitos gols importantes perdidos ao longo das partidas, Raniel é talvez o jogador mais criticado no atual Vasco. Uma das imagens que ficam, porém, é o gol de pênalti contra o Sport, resultado fundamental para o acesso. Foi aí, inclusive, que ele acabou sendo suspenso depois de comemorar na frente da torcida adversária, que invadiu o campo e impediu o fim do jogo. O time da Ilha do Retiro, inclusive, será julgado na próxima semana.
A história de Raniel em São Januário está prestes a terminar. No “novo Vasco”, que virou SAF, o atacante dificilmente terá espaço.
Vida complicada
Mas não foi só no Vasco que a vida foi intensa para o atacante. Muito antes de testar positivo no exame antidoping por uso de cocaína no Santa Cruz, aos 17 anos, o jogador já tinha um histórico de consumo de álcool e drogas ilícitas, chegando inclusive a ser traficante no Recife, como ele mesmo contou. Quando celebrou o gol diante do Sport, disse ter sido chamado de “noiado, de drogado e de traficante”.
O ponto de virada, como uma tatuagem no rosto dele eternizou, foi em 7 de dezembro de 2020, quando Raniel parou de beber. Os dois principais episódios que motivaram a mudança foram a quase perda do filho Felipe, na época com nove meses de vida, após cair na piscina, além de uma trombose aguda em estágio avançado em decorrência da covid-19, que por pouco não encerrou sua carreira como jogador.
Foi no Cruzeiro que passou a ganhar mais destaque no cenário nacional. Disputou 88 jogos, marcou 16 gols e foi bicampeão da Copa do Brasil em 2017 e 2018. Ao clube mineiro, demonstra gratidão por acreditar “num jogador com histórico de alcoolismo, drogas e pego no antidoping”. Foi negociado com o São Paulo em 2019, porém permaneceu só até o final da temporada por lá, fazendo 14 jogos.
Raniel chegou ao Santos para a temporada 2020, mas nunca se firmou. No primeiro ano, fez 14 jogos, enquanto no segundo entrou em campo 19 vezes. Foi no Peixe que viveu o momento de angústia de ser levado às pressas a um hospital de Goiânia para a cirurgia de emergência da trombose. Depois, teve complicações, passou por outros procedimentos e quase perdeu a perna. Pensou em desistir, mas permaneceu na ativa.
Fonte: Uol
Acredito que ele a trancos e barrancos fez a sua parte ,mas não pode ser jogador para o futuro do clube é lento ,pouca habilidade com a bola e dispersivo ,méritos apenas no cabeceio .