Raniel vive gangorra, ajuda no acesso, mas deve deixar o Vasco

O atacante Raniel começou bem no Vasco da Gama, foi decisivo em alguns momentos, mas caiu de rendimento ao longo da Série B.

Raniel durante o jogo contra o Ituano
Raniel durante o jogo contra o Ituano (Foto: Daniel Ramalho/Vasco)

Raniel tem quase 10 meses como jogador do Vasco, mas em certos momentos parece que passou uma vida na Colina tamanha a intensidade da relação. Começou bem ainda no Campeonato Carioca e virou um dos destaques do time, superando os problemas do passado (leia detalhes abaixo). Na instabilidade do Cruzmaltino, porém, também caiu. Foi bastante criticado pela torcida, cobrado, protagonizou momento decisivo e termina o contrato sob protestos, apesar do acesso à Série A do Brasileiro garantido neste domingo (6) pela equipe.

Na temporada, Raniel somou 45 partidas, 37 como titular, além de 16 gols e uma assistência. No começo da temporada, o jogador ainda fez um pacto com o restante do elenco: pagaria R$ 500 a cada um que desse uma assistência a ele. Nenê, por exemplo, foi agraciado algumas vezes. Nos últimos 11 jogos, porém, marcou só três vezes.

Com muitos gols importantes perdidos ao longo das partidas, Raniel é talvez o jogador mais criticado no atual Vasco. Uma das imagens que ficam, porém, é o gol de pênalti contra o Sport, resultado fundamental para o acesso. Foi aí, inclusive, que ele acabou sendo suspenso depois de comemorar na frente da torcida adversária, que invadiu o campo e impediu o fim do jogo. O time da Ilha do Retiro, inclusive, será julgado na próxima semana.

A história de Raniel em São Januário está prestes a terminar. No “novo Vasco”, que virou SAF, o atacante dificilmente terá espaço.

Vida complicada

Mas não foi só no Vasco que a vida foi intensa para o atacante. Muito antes de testar positivo no exame antidoping por uso de cocaína no Santa Cruz, aos 17 anos, o jogador já tinha um histórico de consumo de álcool e drogas ilícitas, chegando inclusive a ser traficante no Recife, como ele mesmo contou. Quando celebrou o gol diante do Sport, disse ter sido chamado de “noiado, de drogado e de traficante”.

O ponto de virada, como uma tatuagem no rosto dele eternizou, foi em 7 de dezembro de 2020, quando Raniel parou de beber. Os dois principais episódios que motivaram a mudança foram a quase perda do filho Felipe, na época com nove meses de vida, após cair na piscina, além de uma trombose aguda em estágio avançado em decorrência da covid-19, que por pouco não encerrou sua carreira como jogador.

Foi no Cruzeiro que passou a ganhar mais destaque no cenário nacional. Disputou 88 jogos, marcou 16 gols e foi bicampeão da Copa do Brasil em 2017 e 2018. Ao clube mineiro, demonstra gratidão por acreditar “num jogador com histórico de alcoolismo, drogas e pego no antidoping”. Foi negociado com o São Paulo em 2019, porém permaneceu só até o final da temporada por lá, fazendo 14 jogos.

Raniel chegou ao Santos para a temporada 2020, mas nunca se firmou. No primeiro ano, fez 14 jogos, enquanto no segundo entrou em campo 19 vezes. Foi no Peixe que viveu o momento de angústia de ser levado às pressas a um hospital de Goiânia para a cirurgia de emergência da trombose. Depois, teve complicações, passou por outros procedimentos e quase perdeu a perna. Pensou em desistir, mas permaneceu na ativa.

Fonte: Uol

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1 comentário
  • Responder

    Acredito que ele a trancos e barrancos fez a sua parte ,mas não pode ser jogador para o futuro do clube é lento ,pouca habilidade com a bola e dispersivo ,méritos apenas no cabeceio .

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