Werley consegue rescisão na Justiça e não é mais jogador do Vasco

Fora dos planos da diretoria, o zagueiro Werley conseguiu uma liminar na Justiça para rescisão indireta com o Vasco da Gama.

Werley em ação pelo Vasco contra o Resende em 2019
Werley em ação pelo Vasco contra o Resende em 2019 (Foto: Thiago Ribeiro/Agif/Folhapress)

Werley não é mais jogador do Vasco da Gama. No fim da tarde desta quinta-feira (17), o zagueiro teve uma vitória na Justiça e conseguiu uma liminar de rescisão de forma indireta com o Gigante. Ele não estava nos planos do Clube desde 2020.

A decisão foi da juíza Claudia de Abreu Lima Pisco, da 45ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região (TRT-1). O Gigante, no entanto, ainda pode recorrer da decisão. A informação é do site Esporte News Mundo.

Werley seguiu os passos de Neto Borges, outro fora dos planos da diretoria, que recentemente também conseguiu a rescisão na Justiça. No argumento para dar a decisão favorável para o zagueiro, a magistrada citou que o Gigante não negou as dívidas, e que se sustenta apenas no argumento de que está em crise financeira.

Em sua manifestação, a reclamada não nega o atraso dos salários e a falta de depósitos de FGTS, sustentando apenas que vem passando por gravíssima crise financeira. Verifico que o extrato comprova a ausência de recolhimento do FGTS na grande maioria dos meses laborados pelo autor, sendo certo que desde fevereiro de 2018 só houve três meses de depósito

Claudia de Abreu Lima Pisco

O lado de Werley

No processo, Werley alega estar com cinco meses de salários e direitos de imagem atrasados, ambos desde dezembro do ano passado. Além disso, o zagueiro afirma que o Clube não deposita o seu do Fundo Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) há 37 meses.

Pela legislação atual, com três meses de atraso já é cabível a rescisão indireta pela Justiça. A defesa do zagueiro ainda alegou que o Vasco o colocou para treinar em separado sem bola e o fazendo correr por mais de uma hora todos os dias, com a academia restrita. Considera-se que a falta de atividade específica atrapalhará na situação física como jogador de futebol.

– Para piorar ouviu do clube que não tem mais interesse no seu trabalho e colocou ele a treinar em separado, SEM BOLA, FAZENDO-OS APENAS CORRER POR UMA HORA TODOS OS DIAS E QUANTO MUITO, ACADEMIA, o que por certo está causando enorme prejuízo ao atleta que, por certo, necessita treinar com bola para manter-se em condições do exercício pleno da profissão – disse a defesa.

Quase R$ 9 milhões

Mesmo com a decisão favorável, Werley seguirá o processo no mérito, cobrando uma quantia de R$ 8.756.696,06. Além dos salários atrasados, o zagueiro cobra FGTS, dano moral, 13º salário, cláusula compensatória, multas, e outros pontos. Foram provas, inclusive áudios de Whatsapp enviados para ele sobre os treinos em separados e sobre ter um salário considerado alto.

Tentativa de acordo

Segundo o site, o Vasco ofereceu uma rescisão amigável para Werley, desde que abrisse mão dos valores que tem direito. O zagueiro, entretanto, recusou dizendo ser quem sustenta a família, e segundo a defesa, o Gigante começou a “humilhar tanto a ponto de ele não aguentar”. Lembrando o vínculo se estendia até o dia 31 de dezembro de 2022.

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2 comentários
  • Que prejuízo nada jogou,so prejuízo

  • Responder

    Vem joga aki em Rondônia, No Genus seu rui

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