Veja o passo a passo do Vasco na busca pela reabertura de São Januário

O Vasco da Gama está trabalhando nos bastidores para que São Januário volte a receber torcedores nas partidas.

Faixa de protesto posicionada nos arredores de São Januário
Faixa de protesto posicionada nos arredores de São Januário (Foto: Daniel Ramalho)

O dia D para São Januário chegou. Na tarde desta quarta-feira, a Justiça vai julgar o recurso do Vasco para tentar reabrir o estádio com a presença de público. Já são 69 dias de interdição, desde os incidentes após a derrota para o Goiás, pela 11ª rodada do Brasileirão. Desde então, o processo caminhou lentamente, e o clube e políticos tentaram apelar para abaixo-assinado e até mesmo o STF para inverter a decisão.

A princípio, São Januário foi proibido de receber jogos de futebol. Em seguida, o Vasco obteve uma liminar que liberou o uso parcial da casa cruz-maltina, com portões fechados. O time, então, enfrentou Cruzeiro, Athletico e Grêmio dessa forma. Na vitória sobre o Atlético, enfim voltou a ter torcedores porque conseguiu transferir o confronto para o Maracanã, mesmo em meio à outra disputa judicial com a dupla Fla-Flu.

Neste período, as diretorias cruz-maltinas, tanto institucional quanto da SAF, se reuniram com órgãos públicos e ganharam apoio para reabertura total do estádio. O clube atualizou laudos e prometeu, em reunião com o Ministério Público, agilizar um plano de medidas para melhorar e alargar os acessos. Paralelamente, também depende da Prefeitura autorizar obras de revitalização do entorno de São Januário.

O MP, por sua vez, deseja a instalação de biometria no estádio, de acordo com o ‘ge’. Dessa forma, eventuais vândalos podem ser melhor identificados. O Vasco ainda não se manifestou, mas a instalação do sistema levaria tempo. Tal tecnologia é inédita no futebol carioca.

Polêmico texto sobre São Januário

A questão, entretanto, se tornou ainda mais relevante por conta da divulgação de um polêmico relatório que serviu como base para a decisão monocrática do juiz Bruno Arthur Mazza Vaccari. Nele, o magistrado Marcelo Rubioli, que estava de plantão na noite dos incidentes, cita que a interdição também se dá “pela comunidade da barreira do Vasco, de onde houve comumente estampidos de disparos de armas de fogo oriundos do tráfico de drogas lá instalado”; e que as ruas estreitas “sempre ficam lotadas de torcedores se embriagando”.

Acusações de preconceito e elitismo, imediatamente, foram as reações de mídia, opinião pública e do clube, o que se tornou uma arma nos bastidores. Afinal, não é comum haver notícia sobre tumulto e violência no entorno do estádio. Na verdade, inclusive, o Vasco começou a divulgar e apoiar o “Sambarreira”, uma roda de samba, com músicas autorais sobre a história do clube, que reúne o público em uma das tendas externas ao estádio. A própria comunidade enfatizou o protesto sobre a decisão pelo prejuízo financeiro repentino com a falta de jogos.

STF envolvido

Além disso, em consequência do texto do relatório, o deputado Aliel Machado Bark (PV-PR) ingressou com uma ação do Superior Tribunal Federal (STF), no dia 23 de agosto, sob a alegação de preconceito, endereçando o material para o ministro Luis Roberto Barroso.

O debate social gerou, também, o envolvimento da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, que registrou uma moção de repúdio à decisão, motivando em seguida um abaixo-assinado virtual proposto pelo vereador Tarcísio Motta (PSOL-RJ). O documento, por sinal, já se aproxima de 15 mil assinaturas. Tudo isso deverá ser usado pelo Vasco no julgamento da tarde desta quarta-feira.

O próximo jogo da equipe cruz-maltina com mando de campo é no dia 16 de setembro, contra o Fluminense. A tendência é que seja levado para outro Estado, já que São Januário não pode receber clássicos, por decisão de órgãos públicos, e o Maracanã estará fechado para reparo do gramado. Na sequência, no dia 19, o Vasco encara o Coritiba e espera poder utilizar seu estádio.

Fonte: Jogada 10

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