Vasco usa artigo do clube-empresa e solicita parcelamento de dívidas trabalhistas

O Vasco da Gama pretende fazer o parcelamento das dívidas trabalhistas para pagá-las em até seis anos se baseando em artigo da nova lei.

Estádio São Januário, a casa do Vasco da Gama
Estádio São Januário, a casa do Vasco da Gama (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

O Vasco da Gama está tentando a equalização de suas dívidas trabalhistas, que, segundo o último balanço, eram de R$ 145 milhões. O intuito da diretoria é que essas pendências sejam parceladas e pagas em até seis anos. A maneiro como quer fazer isso é que chama a atenção.

Segundo informação do site O Globo, o Gigante solicitou ao Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região do Rio de Janeiro a Centralização de Execuções, como base num artigo da lei do clube-empresa, publicada na última segunda-feira (09) pelo Governo Federal, mesmo não se transformando na modalidade.

Para fazer o requerimento, o Vasco se baseou no artigo 14 da lei, que estabelece pagamento isonômico e proporcional aos credores. Caso a Justiça aceite, 20% da receita mensal do Clube será destinada pagamento de ações trabalhistas, o que, no entanto, não incluem os processos na esfera cível. José Cândido Bulhões falou sobre a tentativa.

– O Vasco tem plena capacidade de pagar essa dívida de forma organizada. Se todos não quiserem pegar o mesmo dinheiro ao mesmo tempo, é possível pagar. Entendemos a situação dos credores, mas queremos pagar de forma organizada – disse o vice-presidente jurídico do Gigante.

A declaração foi ao site O Globo, que ainda contou que José Cândido Bulhões deu a garantia que, com a aprovação da Centralização de Execuções e sem penhoras, o Vasco conseguirá manter os salários em dia, mesmo caso dos pagamentos aos fornecedores. A decisão sobre o pedido cabe à desembargadora Edith Tourinho, presidente do TRT-1.

Segundo a lei de clube-empresa, os TRTs ficam delegados com a tarefa de editar um ato normativo estabelecendo as diretrizes da negociação. Se não o fizeram, a obrigação passará a ser do Tribunal Superior do Trabalho (TST). O Gigante pode fazer o pedido mesmo não tendo se tornado uma Sociedade Anônima do Futebol.

O motivo para isso é que no artigo 13 diz que “o clube ou pessoa jurídica original poderá efetuar o pagamento das obrigações diretamente aos seus credores, ou a seu exclusivo critério”, com as possibilidade de concurso de credores ou ainda a recuperação judicial. Por ser um clube originário, o Vasco escolheu pela primeira opção.

Estamos no Google NotíciasSiga-nos!
Comente

Veja também
Saiba quanto a 777 Partners e o Vasco associativo devem à SAF

O balanço da Vasco SAF de 2023 detalha os créditos com o Clube associativo e a 777 Partners devem à empresa.

777 pede prazo para apresentar defesa em processo movido pela Leadenhall nos EUA

A 777 Partners pediu prazo até dia 24 de maio para apresentar defesa do processo movido pelo fundo inglês Leadenhall.

Paralisação do Brasileiro pode ser benéfica para o Vasco

Com duas rodadas paralisadas, o técnico Álvaro Pacheco terá tempo para desenvolver seu trabalho no Vasco da Gama.

Oposição cobra transparência ao Vasco após reassumir controle da SAF

Conselheiros de oposição reclamaram da falta de aviso e diálogo interno no Vasco da Gama sobre a investida na Justiça contra a 777 Partners.

SAF negociava antecipação de aportes da 777 antes de liminar da Justiça

Com problemas de fluxo de caixa, a SAF negociava a antecipação dos aportes junto a 777 Partners para colocar as contas em dia.

Sair da versão mobile