Vasco teve boa atuação coletiva contra o Criciúma mas 2ª etapa escancara carências

O Vasco da Gama teve um bom desempenho coletivo contra o Criciúma, sobre sofrer, mas a etapa final mostrou as carências do elenco.

Jogadores do Vasco comemorando a vitória com a torcida no Heriberto Hülse
Jogadores do Vasco comemorando vitória com a torcida no Heriberto Hülse (Foto: Daniel Ramalho/CRVG)

Não foi um jogo com controle total do Vasco, mas o time conseguiu uma boa atuação coletiva para voltar a vencer após duas rodadas, encostar no líder Cruzeiro e abrir vantagem de nove pontos para o quinto colocado Sport. Uma coisa não se pode negar: sobrou transpiração na vitória por 1 a 0 sobre o Criciúma, no Estádio Heriberto Hülse, no último sábado, pela 17ª rodada da Série B.

Com dois desfalques no time titular em relação à última rodada, Maurício Souza precisou superar as poucas opções disponíveis no elenco para montar o time em Santa Catarina. Mas Riquelme e Erick não comprometeram, tanto que o Vasco, dentro de suas limitações, fez um primeiro tempo consistente contra o Criciúma. Praticamente o time todo jogou em bom nível.

O gol logo aos 8 minutos do primeiro tempo, em pênalti cobrado por Raniel, ditou o ritmo do Vasco, que naturalmente abaixou as linhas e esperou o Criciúma em seu campo. A estratégia do time de Maurício Souza de apostar nos contra-ataques quase deu certo e, até os 30 minutos, os vascaínos estiveram mais próximo de ampliar do que sofrer o empate. Faltou eficiência, principalmente para o camisa 9, aumentar a vantagem da equipe carioca. Mas não faltou entrega, e o centroavante fez um primeiro tempo de muita movimentação e ficou entre os melhores.

O Criciúma foi adversário duro e levou perigo ao Vasco no jogo aéreo e na bola longa. Uma das principais dificuldades do time no primeiro tempo foi justamente impedir o Tigre de ganhar essa segunda bola após cortes da defesa. A equipe vascaína cedeu finalizações na entrada da área, o que acabou sendo o principal recurso dos mandantes e virou preocupação para Maurício Souza.

– Uma coisa que nos trouxe alguns danos durante o primeiro tempo foi a bola ligada direta, e eles já se posicionavam muito bem para ganhar a segunda bola, algo que a gente discutiu no vestiário. A nossa intenção era voltar tentando pressionar para que essa bola não acontecesse ou saísse um pouco mais distante e, se a gente não conseguisse encaixar, que viéssemos para um 4-1-4-1 com o Yuri viajando um pouco mais essa bola – avaliou o técnico após o jogo.

E foi assim que o Vasco se comportou em boa parte do jogo. Tendo Raniel mais isolado à frente, o time ganhou mais um jogador para apoiar o ataque, com Andrey Santos formando a linha de quatro ao lado de Palácios, Figueiredo e Erick. O jovem, aliás, foi o lapso de criatividade e técnica da equipe. O meio-campista, que cruzou a bola que bateu no braço de Kadu e terminou em pênalti, se envolveu em quase todas as jogadas criadas pelo Vasco no Heriberto Hülse, colocando até bola na trave.

Tanto que as principais investidas do Vasco no primeiro tempo se deram pelo lado direito, que era ocupado por Andrey e Figueiredo. Responsável pela saída de bola da equipe, o jovem ultrapassava a todo momento o meio de campo e deixava sob responsabilidade de Yuri a proteção da defesa. O volante ficou sobrecarregado em muitos momentos, mas mais uma vez deu conta do recado.

Do lado esquerdo do ataque, a missão ficou com Palácios e Erick, mas o meia novamente não sobressaiu. Com poucos passes decisivos e errando muito os cruzamentos, o chileno não foi boa companhia para o atacante que substituiu o suspenso Gabriel Pec. Erick teve até boa participação defensiva e ajudou a segurar o Criciúma, mas no ataque teve menos ímpeto. Por aquele lado, o Vasco teve Riquelme na lateral como um elemento mais atuante no ataque. Com características mais ofensivas, o jovem suportou até onde deu, mas não terminou a partida.

O segundo tempo foi outra história para o Vasco em Criciúma. O time perdeu fôlego, Maurício precisou substituir e a equipe ficou desconfigurada, com improvisos: o meio-campista Luiz Henrique entrou na lateral esquerda, e o centroavante Getúlio caiu pela ponta direita. Situação premeditada pelo treinador, que já viajou a Santa Catarina sabendo das opções que tinha à disposição.

– O Vasco sabe que precisa de alguns reforços. A gente não teve o Edimar, talvez o Riquelme não conseguisse o jogo todo, então treinamos o Luiz Henrique ali esta semana. O mais importante é que nós não estamos parados. Sabemos da importância dos reforços e eu tenho certeza que na hora certa eles virão – disse Maurício Souza.

A ansiedade por reforços na janela de transferências que abre em 18 de julho é grande, e o segundo tempo em Criciúma escancarou a necessidade de preencher o elenco com peças que possam assumir a titularidade em algumas posições, principalmente no ataque, além de criar opções para outros setores, como é o caso da lateral esquerda. Com as substituições, o Vasco caiu de rendimento e, mesmo encontrando espaços no campo de ataque, não teve qualidade para concluir, como aconteceu com Zé Santos aos 26 minutos após belo passe de Matheus Barbosa.

O Vasco encarou um jogo muito equilibrado em Criciúma, com um segundo tempo complicado, mas teve a vantagem do gol cedo. Soube sofrer com a entrega coletiva dos jogadores e segurar o resultado sob pressão de um estádio lotado pela torcida adversária, mas que também teve espaço para a festa dos vascaínos que esgotaram os ingressos do setor visitante e mostraram que o time tem força nos mais diversos cantos do país.

O caminho para voltar à Série A está sedimentado e, com reforços estratégicos, o Vasco tem margem para evoluir e terminar a temporada de uma forma ainda melhor. As carências do elenco darão as caras novamente no próximo sábado, contra o Sampaio Corrêa, quando Maurício Souza terá que se virar para substituir os suspensos Thiago Rodrigues, Andrey Santos e Figueiredo, que têm se destacado e novamente foram muito bem em Criciúma.

Fonte: Globo Esporte

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