Vasco tenta descentralizar decisões do futebol para cumprir promessa de campanha

Após muitas críticas, diretoria do Vasco da Gama vem fazendo uma série de movimentos na tentativa de descentralizar as decisões do futebol.

Presidente do Vasco da Gama, Jorge Salgado, em entrevista coletiva
Presidente do Vasco da Gama, Jorge Salgado, em entrevista coletiva (Foto: Vasco TV)

Após as falhas na gestão do futebol na atual temporada, que decretaram a permanência do Vasco na Série B do Campeonato Brasileiro, a cúpula do clube — encabeçada pelo presidente Jorge Salgado — realiza mudanças na pasta e busca se aproximar do organograma prometido no decorrer da campanha eleitoral, no fim de 2020.

O Cruz-Maltino anunciou, ontem (8), a chegada de Carlos Brazil para ser gerente-geral do departamento de futebol profissional. Ele esteve em São Januário de 2018 até junho deste ano, período em que comandou as categorias de base.

Com diversos títulos conquistados pelos times mais jovens, o trabalho de Brazil vinha recebendo elogios e era bem avaliado pela direção, mas, em junho, ele recebeu uma vantajosa proposta do Corinthians e se despediu da Colina.

A diretoria busca ainda mais dois nomes para a estrutura: um coordenador técnico, que seria a ponte do elenco com os dirigentes, e uma espécie de CEO, que estaria acima de Brazil.

Para o primeiro, o nome do ex-goleiro Fernando Prass, que atuou no Vasco entre 2009 e 2011 — tendo sido campeão da Copa do Brasil —, ganha força nos bastidores e há conversas em curso para se chegar a um denominador comum. Segundo o UOL Esporte mostrou, porém, o Cruz-Maltino tem concorrência no mercado.

Quanto ao CEO, o clube analisa nomes com cautela e um acerto não parece ser tão breve. De acordo com o que foi apresentado pela chapa “Mais Vasco” na campanha eleitoral, esse nome estaria abaixo do vice-presidente de futebol e acima dos demais diretores da pasta.

Recentemente, o Cruz-Maltino chegou a conversar com Ricardo Gomes, mas as partes não chegaram a um acordo. No decorrer das negociações, não foi divulgado qual cargo o ex-zagueiro ocuparia.

Há ainda uma dúvida quanto à vice-presidência, pasta que ainda não foi ocupada na gestão Salgado. O cargo político, no entanto, não é prioridade para a diretoria no momento, que foca no fechamento do organograma profissional do futebol.

Antes de Carlos Brazil, o Vasco já havia anunciado Zé Ricardo como treinador para a temporada de 2022. O técnico já havia passado pelo clube anteriormente, quando classificou a equipe para a Copa Libertadores de 2018.

O comandante, inclusive, foi quem indicou Brazil para o cargo de gerente da base naquele ano. Os dois já haviam trabalhado juntos no rival Flamengo.

Corrida contra o tempo

O nome de Brazil foi o primeiro da diretoria executiva a ser anunciado desde a saída de Alexandre Pássaro, concretizada no último dia 11. Agora, após quase um mês estagnado, há uma corrida contra o tempo para a reformulação do elenco visando 2022.

Ao longo de todo 2021, Pássaro foi o único nome no departamento, e o seu poder centralizado gerou críticas da torcida a Salgado. A saída do então diretor também gerou polêmica, dentro e fora dos muros de São Januário.

O UOL Esporte teve acesso a um relatório feito por ele e entregue aos dirigentes no momento de sua saída. No documento, o diretor-executivo destaca os benefícios financeiros que proporcionou ao clube com sua gestão, renegociando contratos, rescisões e executando vendas.

O ponto que mais causou perplexidade e polêmica, porém, foi em relação ao que encontrou de estrutura quando chegou, citando alguns itens básicos que não existiam como, por exemplo, as senhas expiradas para os softwares de análise de desempenho e mercado.

O vazamento do relatório não pegou bem, e até mesmo o diretor-executivo anterior, André Mazzuco, se disse “decepcionado” com Pássaro.

Fonte: Uol

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