Vasco tem final de temporada dramático com vexames dentro e fora de campo

Após mais uma atuação lamentável na Série B, Vasco da Gama tenta juntar os cacos para a temporada do ano que vem.

Jogadores do Vasco durante o jogo contra o Vitória
Jogadores do Vasco durante o jogo contra o Vitória (Rafael Ribeiro/Vasco)

A mesmice do Vasco virou melancolia e há o risco de aumentar para omissão. No 3 a 0 para o Vitória, a quarta derrota consecutiva, o time foi humilhado em campo e definitivamente não tem mais nenhuma chance matemática de conquistar o acesso à Série A. São 11 pontos distantes do G-4 e a vexatória nona posição faltando três rodadas para o término do Brasileirão.

Fora das quatro linhas, a direção manteve o silêncio. O presidente Jorge Salgado voltou a ser uma figura ausente no pós-jogo e não se manifestou sobre o maior fracasso da história do clube: pela primeira vez em quatro oportunidades, não conseguiu deixar a Série B.

Verdade que, na segunda-feira, após o 4 a 0 para o Botafogo, que havia encaminhado a permanência na Segunda Divisão, o clube divulgou que o planejamento para 2022 foi iniciado. Mas alguém sabe como? Há muito mais dúvidas do que certezas. A direção precisa agir e comunicar quais os planos rapidamente, obviamente respeitando os ritos internos e evitando fazê-lo de cabeça quente. Mas calma não pode ser demora sob o risco de virar omissão.

Em campo, Fernando Diniz escalou um time confuso. Não deu certo. Foi a pior apresentação sob o seu comando, com problemas que ocorreram o ano todo.

Aos 58s de jogo, Marcinho fez um golaço ao chutar de fora da área. Rotina: Vasco vazou em contragolpe do adversário. Ocorreu contra o Botafogo, Guarani e CSA, só para ficar nas últimas quatro rodadas. No segundo tempo, antes do meia fechar o placar com o gol de pênalti, Thalisson Kelven fez de cabeça após cobrança de escanteio. Rotina: o 30º gol sofrido no ano em jogada aérea.

Entre o primeiro e o último gol, mais exemplos rotineiros que o Vasco não teve a capacidade de identificar e corrigir ao longo do ano. A maior posse (66%) não representou mais finalizações no gol (5 a 4 para o Vitória). O time foi lento, não pressionou o rival para recuperar a bola e sem coragem de arriscar.

As tentativas de Diniz não deram certo: Walber na zaga, Bruno Gomes como lateral pela direita, MT no meio e Pec no ataque. Aliás, o zagueiro falhou no gol de cabeça de Thalisson Kelven e ainda cometeu pênalti infantil convertido por Marcinho. Em nenhum momento dos 90 minutos, o Vasco controlou o jogo ou agrediu o adversário. Detalhes: o Vitória, então 19º colocado, luta para não cair para a Série C, e não fosse duas boas defesas de Lucão o placar poderia ser mais elástico.

Os 689 torcedores presentes apoiaram o Vasco e também cobraram. Além de Salgado e Alexandre Pássaro, diretor executivo, alguns jogadores foram foco de reclamações e xingamentos. MT, Morato e Leandro Castan centralizaram as críticas.

Aos cacos, o Vasco volta a campo na segunda-feira. O rival é o Vila Nova, em Goiás. Mas o mais importante é planejar 2022. Pássaro continuará? E Diniz? Como das 13 contratações apenas Nenê deu resposta, o elenco será reformulado. Como? O Vasco tem pressa. O que não pode ocorrer é, como lamentou Salgado recentemente, perder tempo e ver rivais se organizarem antes.

Fonte: Globo Esporte

1 comentário
  • Responder

    Tem que fazer uma limpeza no Vasco.
    Mandar embora: Vanderlei, Halls, Leandro Castan, Ernando, Walber, Zeca, Michel, Léo Matos, Rômulo, Andrey, Marquinhos Gabriel, Morato, Lé Jabá, Martin Sarrafiore, Jhon Sánches, Daniel Amorim e German Cano.
    Contratar jogador sem estar machucado pois o Vasco não é Hospital;
    jogador técnico, com garra, etc…
    Um técnico com bagagem e que saiba falar com os jogadores e passar tranquilidade.

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