Vasco tem 65,5% de chances de permanecer na Série A do Brasileiro

Mesmo voltando à zona de rebaixamento do Brasileiro, o Vasco da Gama ainda tem 65,5% de permanecer na Série A.

Jogadores do Vasco na Arena Independência
Jogadores do Vasco na Arena Independência (Foto: Gilson Lobo/AGIF)

Um confronto direto na luta pela permanência na Série A do Brasileirão marcou a 25ª rodada. O Santos goleou o Vasco, saiu do Z-4, e deixou o rival em seu lugar. Há duas rodadas, o Peixe aparecia com 23% de chances de seguir na elite do futebol brasileiro e, duas vitórias sobre adversários diretos – Bahia e Vasco – mudaram esse panorama. Agora, o Alvinegro Praiano está com 53,4% de possibilidades de não ser rebaixado. Um bom resultado no clássico diante do Palmeiras no próximo domingo pode ser uma comprovação da melhora no rendimento.

O Vasco, por sua vez, mesmo com o mau resultado e a estadia desagradável na zona de rebaixamento, já tinha mostrado seu poder de recuperação. Antes de perder para o Santos foram três vitórias consecutivas com boas oportunidades criadas desde o início do returno. Está com 65,5% de chances de permanência mesmo em 17º lugar. No sábado, recebe o São Paulo em São Januário para tentar sair do Z-4 novamente.

Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos todas as finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 4.049 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013, que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes no ataque e na defesa a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente. Os dados ajudam a calcular as chances de cada equipe vencer os jogos restantes, fazendo 10 mil simulações para cada partida a ser disputada, o que resulta nos percentuais do quadro abaixo. A metodologia empregada está explicada no final do texto.

Chances de permanecer na Série A

Chances dos clubes permanecerem na Série A
Chances dos clubes permanecerem na Série A (Foto: Reprodução/Ge)

Chances de Libertadores

Após o vice na Copa do Brasil, o Flamengo vai precisar remar no Brasileirão para conseguir uma vaga na próxima Libertadores. Os rubro-negros suaram para vencer o Bahia, foram ao quinto lugar e subiram as chances de G-4 de 25,4% para 26,9%. Em relação ao G-6, que passou a integrar, as possibilidades subiram de 53,9% para 55,1%. Foi uma leve subida que pode melhorar se conseguir um bom resultado contra o Corinthians, fora de casa, no próximo sábado.

Fluminense e Internacional decidem vaga na final da Libertadores nesta quarta-feira, no Beira-Rio. Se perder, o Tricolor carioca ainda está bem colocado para voltar à disputa da principal competição sul-americana em 2024 com 34,4% de chances de G-4 e 63,9% de G-6. Já os colorados, em caso de eliminação, vão precisar de um milagre para estar na próxima edição da Libertadores. Suas possibilidades de G-4 estão em 0,01% e de G-6 em 0,15%.

Chances de título

O Botafogo chegou ao quarto jogo sem vencer no empate contra o Goiás, que fechou a 25ª rodada. No entanto, a boa vantagem de pontos conquistada no primeiro turno do Brasileirão ainda mantém o líder como grande favorito ao título. As chances de levantar a taça ao fim das 38 rodadas caíram de 68,4% para 61,7%. O reencontro com a vitória ficou para o clássico contra o Fluminense no próximo domingo e vantagem na liderança está em sete pontos.

A novidade na disputa do título foi a subida do Bragantino para a segunda colocação após emendar três vitórias seguidas contra Grêmio, América-MG e Palmeiras. Antes dessa sequência positiva, as chances de ser campeão do Massa Bruta estavam em 0,8%. Agora estão em 11,2%. O próximo compromisso não é simples, já que encara o Athletico-PR, na Ligga Arena. O Palmeiras segue sendo o segundo com mais chances de título com 14,1%.

Metodologia
Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência as finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 4.037 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013.

As variáveis consideradas no modelo são: (1) a distância e o ângulo da finalização em relação ao gol; (2) se a finalização foi feita cara a cara com o goleiro; (3) se foi feita sem a presença do goleiro; (4) a parte do corpo utilizada para concluir; (5) se a finalização foi feita de primeira, ajeitada ou carregada; se o chute foi feito com a perna boa ou ruim do jogador; (6) a origem do lance (pênalti, escanteio, cruzamento, falta direta, roubada de bola, lateral etc); (7) se a assistência foi feita de dentro da área; (8) a posição em que o atleta joga; (9) indicadores de força do chute; (10) o valor de mercado das equipes em cada temporada a partir de dados do site Transfermarkt (como proxy de qualidade do elenco); (11) o tempo de jogo; (12) a idade do jogador; (13) a altura do goleiro em jogadas originadas de bolas aéreas; (14) a diferença no placar no momento de cada finalização.

De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo. Essa variação indica as chances de os times vencerem cada adversário e, a partir daí, é calculada a chance de os clubes terminarem o campeonato em cada posição.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.

Fonte: Globo Esporte

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