Vasco seria um dos beneficiados caso regra do Z3 valesse no Brasileiro
Caso existisse Z3 no Brasileirão, o Vasco da Gama não teria sido rebaixado na edição de 2020, mas não evitaria 2008, 2013 e 2015.
A CBF decidiu adiar a discussão sobre reduzir o número de rebaixados da divisão de elite de quatro para três times. A situação causou divergência entre clubes da primeira e segunda divisão e deve ser pauta novamente no futuro. Caso fosse a regra da competição desde o início, muitos times escapariam da queda. Cruzeiro, Vasco e Grêmio integram essa lista, e o Coritiba seria o mais beneficiado.
Para montar a lista dos times que não seriam rebaixados caso a zona de rebaixamento da Série A fosse Z-3, foram consideradas as últimas 19 edições do Campeonato Brasileiro de pontos corridos (veja a lista completa no final da matéria).
Isso porque a discussão sobre o número de rebaixados gira em torno do formato de rebaixamento adotado desde 2003, que prevê os rebaixados por número de pontos disputados. Antes disso, o critério foi mudado constantemente.
Mesmo assim, em 2003 – primeiro ano do pontos corridos, quanto o modelo do Brasileirão passou a excluir o mata-mata – apenas dois times foram rebaixados, Bahia e Fortaleza. Por isso, esta temporada, em específico, está excluída deste levantamento.
Gigantes salvos
Caso a Série A tivesse, originalmente, três rebaixados no pontos corridos, alguns dos gigantes do futebol nacional teriam se safado da queda, pois terminaram na primeira posição dentro do Z-4. Grêmio (2021), Vasco (2020) e Cruzeiro (2019) são os últimos que seriam salvos pela regra. Internacional (2016) e Corinthians (2007) também são exemplos.
Coritiba, o mais beneficiado
Caso a regra do rebaixamento estivesse valendo desde o início do pontos corridos, o Coritiba seria o time mais beneficiado. Isso porque o clube livraria-se de três quedas. A equipe paranaense foi a quarta rebaixada nos anos de 2005, 2009 e 2017.
Vitória e Portuguesa
Depois do Coritiba, o Vitória é o time que mais se salvaria. O time baiano foi para a Série B depois das campanhas de 2010 e 2014, terminando na primeira posição dentro da zona do rebaixamento.
Já a Portuguesa foi rebaixada em 2013, na 17° posição. Este foi o único rebaixamento da Lusa e que poderia ser evitado pela regra do G-3, mas caso ela existisse, o time paulista poderia ainda estar na Série A. Isso porque, depois desta queda, a equipe jamais voltou à Primeira Divisão.
Neste ano, a Portuguesa foi rebaixada por conta de uma punição do STJD pela escalação irregular do jogador Héverton. A decisão chegou a ser revertida pelos paulistas, mas logo foi mantida por conta da CBF.
Veja quem seria beneficiado pela regra do Z-3 no Brasileirão
- 2004: Criciúma
- 2005: Coritiba
- 2006: Ponte Preta
- 2007: Corinthians
- 2008: Figueirense
- 2009: Coritiba
- 2010: Vitória
- 2011: Athletico-PR
- 2012: Sport
- 2013: Portuguesa
- 2014: Vitória
- 2015: Avaí
- 2016: Internacional
- 2017: Coritiba
- 2018: América-MG
- 2019: Cruzeiro
- 2020: Vasco
- 2021: Grêmio
- 2022: Ceará
Entenda o caso do Z-3
A ideia de diminuir a quantidade de equipes rebaixadas na Série A teve início com parte dos clubes. Quem defende o plano cita a estabilidade como principal atrativo.
Segundo o ge apurou, os dois movimentos que pretendem criar uma liga para organizar o Campeonato Brasileiro (Libra e Liga Forte Futebol) concordam com a redução no número de rebaixados por temporada. Essa ideia está nas propostas que os dois grupos receberam de investidores interessados em comprar 20% da futura liga a partir de 2025.
Todos os vinte clubes da Série B do Brasileiro 2023 se posicionaram, com unanimidade, contra a diminuição do número de rebaixados, o que causaria a redução nas vagas de acesso.
Nesta terça-feira, entretanto, no Rio de Janeiro, os clubes e a CBF decidiram adiar a discussão. O argumento é de que a mudança afeta diretamente os clubes das outras divisões (Séries B, C e D). O assunto será debatido no futuro.
Fonte: Globo Esporte