Vasco reencontra Fernando Diniz após mais de 1 ano; relembre passagem pelo Gigante

O técnico Fernando Diniz, atualmente no Fluminense, teve uma passagem rápido e muito discreta pelo Vasco da Gama em 2021.

Fernando Diniz, técnico do Vasco da Gama
Fernando Diniz, técnico do Vasco da Gama (Foto: André Durão)

Quando a temporada de 2021 chegou ao fim, Vasco e Fernando Diniz, cada um atingiu o fundo do poço particular. Tinha sido o décimo colocado na Série B, a pior campanha do futebol cruz-maltino em toda sua história. O treinador fez parte dela e, com isso, acumulou mais um trabalho falhado, a despeito da proposta de jogo bonito que defende. Estava por uma triz de cair em descrédito e se tornar aqueles técnicos cujas boas intenções funcionam apenas no campo das ideias.

Por isso, quando o presidente Jorge Salgado decidiu pela reformulação do departamento de futebol e as duas cabeças a rolar foram as de Alexandre Pássaro, diretor de futebol, e de Diniz, o atual treinador do Fluminense não esboçou qualquer contestação. Era o fim de um casamento curto e infeliz. Havia até mesmo um certo alívio de que finalmente havia acabado.

Domingo, as partes voltam a se encontrar e, apesar de tudo de ruim que aconteceu, não restaram cicatrizes. Vasco e Fernando Diniz seguiram suas vidas e duelarão no Maracanã melhores do que estavam 1 ano e três meses atrás, quando se separaram.

Sem culpa na tragédia

De lá para cá, o cruz-maltino conseguiu o acesso à Série A, que não veio com Fernando Diniz. Vendeu o futebol para o 777 Partners e começa a temporada com R$ 100 milhões já investidos em contratações de reforços. Orçamento que o Fluminense não chega perto de ter para encorpar o elenco atualmente.

O treinador, por sua vez, recebeu do tricolor a nova chance de provar que era capaz de fazer um trabalho bom e sustentável. Conseguiu ao levar o Fluminense ao terceiro lugar no Brasileiro, à semifinal da Copa do Brasil, e o mais importante: ao manter uma estabilidade de atuações em alto nível, o que nunca havia alcançado antes. Foi o que fez Diniz subir de prateleira, sendo cotado mesmo para assumir o comando da até seleção brasileira.

Em São Januário, é visto como o treinador certo no lugar e no momento errados. Fernando Diniz chegou apostando que seria capaz de implementar seu estilo de jogo mesmo no Vasco, com toda sua carência de valores individuais.

Começou até bem, com quatro vitórias, três empates e uma derrota nos oito primeiros jogos. Apresentou ao torcedor vascaíno uma estranha ideia de que era possível experimentar momentos de bom futebol mesmo com jogadores tão limitados com a cruz-de-malta. Mas logo tudo definido. Quando as dificuldades aumentaram demais, jogadores e comissão técnica se entregaram. Nas últimas sete partidas, foram cinco derrotas e dois empates. A goleada do Botafogo dentro de São Januário por 4 a 0 foi o golpe mais duro de todos.

Apesar do temperamento muitas vezes explosivo, Fernando Diniz manteve bom relacionamento com jogadores e diretoria. Não houve maiores problemas de indisciplina no elenco que pudessem explicar a queda de rendimento. Sua vinda já tinha sido meio entregue, graças à amizade com Pássaro, com quem havia trabalhado no São Paulo. O trabalho na Colina era desde o início arriscado e o próprio Vasco reconhece isso. Marcelo Cabo e Lisca deixou o cenário bem complicado para uma recuperação.

Ainda assim, Fernando Diniz aceitou. A sequência de resultados ruínas nas últimas rodadas da Série A pesaram demais, pouco sobre a avaliação da qualidade do técnico e muito sobre a possibilidade de o treinador ter ambiente para seguir treinando a equipe em mais uma Série B. O Vasco entendeu que precisava mudar de ares. E Fernando Diniz, também.

Fonte: O Globo

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