Vasco projeta aumento de 50% na receita

O novo parceiro do Vasco vai desembolsar cerca de R$ 6 milhões - R$ 2 milhões a mais do que era pago pelo antecessor.

A camisa do Vasco em breve deve ganhar um novo patrocinador. Embora a diretoria tente guardar a sete chaves o andamento das negociações com seus parceiros, o clube já tem bastante adiantado um substituto para a Ale, empresa do ramo de petróleo que exibia sua marca na parte superior do uniforme e decidiu não investir mais no futebol. Com o novo patrocinador, vêm também a valorização pela boa temporada em 2011 e a maior visibilidade com a disputa da Taça Libertadores. O novo parceiro vai desembolsar cerca de R$ 6 milhões – R$ 2 milhões a mais do que era pago pelo antecessor.

A negociação reflete bem o que o Vasco espera para esta temporada em termos de arrecadação com patrocínios. O objetivo da diretoria é ter um aumento de 50% na receita em relação a 2011. Somando-se todas as cotas de exposição no uniforme, o clube recebeu cerca de R$ 23 milhões no ano passado. A expectativa é chegar a R$ 34,5 milhões.

Para isso, dois passos já foram dados. Além do aumento no patrocínio do peito, o Vasco sabe que vai contar com mais R$ 2 milhões da Eletrobrás, patrocinadora master. Como previsto em contrato, o reajuste foi feito automaticamente e, com isso, o valor recebido passou de R$ 14 milhões para cerca de R$ 16 milhões. No meio do ano, haverá outro reajuste (o contrato com a estatal vai até o meio de 2013). O problema é que a diretoria precisa conseguir as certidões negativas de débito. Atualmente, o dinheiro só cai na conta graças a liminares da Justiça com a alegação de que a verba é necessária para pagar os salários dos funcionários. No entanto, o caso vem sendo estudado no Tribunal de Contas da União (TCU), e a situação pode mudar de um dia para o outro.

Além desses dois aumentos, o clube já trabalha para tentar acertar um terceiro. A BMG, que estampa sua marca na manga da camisa, tem o contrato encerrado em fevereiro, mas as duas partes já sentam para negociar. O Vasco pede um valor mínimo de R$ 8,5 milhões (R$ 3,5 milhões a mais do que é pago atualmente). Caso não se concretize a renovação, outro parceiro será procurado.

O caso mais complicado é o da barra da camisa. O clube passou todo o ano buscando um patrocinador para o local, mas conseguiu apenas parcerias esporádicas para jogos, que renderam abaixo do esperado. A diretoria admite negociar o espaço por um valor entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões.

Rivais apresentam números diferentes

Corinthians, Flamengo, Fluminense, Inter e Santos também disputam a Libertadores deste ano. Embora o Vasco não estabeleça uma comparação para buscar seus parceiros, é possível analisar a situação cruz-maltina tendo em vista o que seus rivais conseguem.

Entre todos eles, o Timão é o que tem os melhores valores. O time paulista fechou 2011 com R$ 48 milhões em patrocínios e quer aumentar para R$ 60 milhões neste ano. A Hypermarcas (que estampa vários produtos na camisa alvinegra), sozinha, paga valor superior ao que o Vasco pretende: cerca de R$ 38 milhões. Fecham o pacote a Tim (R$ 2,5 milhões) e o Fisk (R$ 7,5 milhões). O Inter, por sua vez, evita divulgar os valores de seus contratos. Contudo, é sabido que o clube fechou o ano com R$ 30 milhões em parcerias, sendo R$ 14 milhões só da Banrisul, a patrocinadora master. Já o Santos conseguiu, em 2011, R$ 28 milhões com os patrocínios fixos. Neste ano, planeja aumentar o valor para R$ 30 milhões.

No Rio, os principais rivais do Vasco traçam estratégias diferentes. O Fluminense, na realidade, tem um patrocínio diferente com a Unimed. O valor oficial do contrato é irrisório, mas a patrocinadora banca os direitos de imagem (que são a maior parte dos salários) das grandes contratações. Fred, Deco, Rafael Moura e Cavalieri estão entre os jogadores que têm parte de seus vencimentos pagos pela empresa de saúde.

Já o Flamengo fechou 2011 com receitas de patrocínio menores do que a do Vasco. O clube rubro-negro queria encerrar o ano com R$ 40 milhões em caixa, sem fatiar a camisa em vários patrocínios. Mas não conseguiu o que queria e acabou por acertar apenas no fim de agosto com o patrocinador master Procter & Gamble (R$ 5,6 milhões) e outro para o peito (Brasil Brokers, por R$ 1,8 milhões). A BMG, nas mangas (R$ 8 milhões), e a Tim, nos números às costas (R$ 2 milhões), fecharam as contas em R$ 17,4 milhões. A meta para esta temporada volta a ser o número de R$ 40 milhões.

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