Vasco paga aluguel do Maraca, mas espera receber parte dos R$ 250 mil de volta

O Vasco da Gama ainda quitou os R$ 130 mil de ressarcimentos de custos, como água e energia, e anexou um ofício solicitando esclarecimentos.

Bandeirinha do Vasco no Maracanã
Bandeirinha do Vasco no Maracanã (Foto: André Durão)

À espera de respostas de Flamengo e Fluminense, o Vasco ainda não conseguiu reduzir o valor do aluguel cobrado pela concessionária do Maracanã para o jogo contra o Cruzeiro, no próximo domingo. Nesta quinta-feira, 72 horas antes do confronto, como demanda a administradora, o clube quitou os R$ 250 mil, além da taxa de R$ 130 mil por ressarcimentos de custos, como água e energia. Junto ao comprovante de pagamento, a diretoria anexou novo ofício pedindo esclarecimentos.

No novo documento enviado aos presidentes de Flamengo, Fluminense e Maracanã, o Vasco reiterou o incômodo com o aumento de quase 200% (o valor cobrado pelo aluguel geralmente é R$ 90 mil) e disse que fez o pagamento em respeito aos 65 mil torcedores que esgotaram os ingressos, mas vai pedir a devolução da diferença. A diretoria vascaína também solicita resposta sobre o pedido de esclarecimentos feito aos coirmãos na quarta.

A última vez em que jogou no Maracanã, no dia 16 de março, contra o Flamengo, pelo Campeonato Carioca, o Vasco pagou R$ 90 mil de aluguel mais R$ 75 mil por contas de consumo. O clube também pretende, depois da partida, pedir prestação de contas sobre os R$ 130 mil pagos para esse fim desta vez.

Permissão de uso trata de isonomia

O Vasco ainda acrescentou trechos da proposta feita por Flamengo e Fluminense ao Estado do Rio em 2019 e do termo de permissão de uso do Maracanã assinado pelo então governador Wilson Witzel.

A proposta da dupla Fla-Flu, datada de 4 de abril de 2019 e que vem sendo prorrogada nos últimos anos, garante “equidade de tratamento entre os clubes com uma condição comercial justa, significativamente melhor que a oferecida aos clubes até a data presente” e que, apesar de não ser assinada por Vasco e Botafogo, tiveram a “preocupação em manter conversas com os clubes durante o processo”.

Termo de isonomia no uso do Maracanã

O documento ainda diz que “será permitido aos demais clubes do Estado do Rio de Janeiro realizar partidas oficiais no Maracanã, desde que tais clubes arquem com o valor fixo de locação de R$ 90.000,00 (noventa mil reais) por partida, além das despesas de consumo de água, luz e gás, bem como demais despesas operacionais”.

O Vasco pede que a concessionária atenda ao princípio de isonomia destacado na proposta de administração do estádio enviada pelos clubes ao Governo do Estado. O borderô mais recente de um jogo do Fluminense no Maracanã, por exemplo, consta o valor de R$ 90 mil de aluguel, no clássico contra o Flamengo, no dia 29 de maio.

Borderô do clássico entre Fluminense e Flamengo em 29 de maio

Um trecho do termo de permissão onerosa de uso do Complexo Maracanã, que diz que “a permissionária deverá possibilitar a utilização em condições de igualdade pelos demais clubes de futebol profissional”, foi citado no ofício.

O Governo do Estado está sendo copiado em todos os ofícios enviados pelo Vasco desde a última quarta-feira. A expectativa do clube é que o poder público intervenha e envie uma notificação a Flamengo e Fluminense.

Aumento da carga de ingressos

O Consórcio passou ao Vasco, com respaldo da Polícia Militar, que foi bloqueada a venda de ingressos no entorno do setor de torcida visitante, o que reduziu a capacidade máxima determinada para a partida para 65 mil pessoas.

O clube havia solicitado carga máxima de pouco mais de 70 mil ingressos e enviou uma solicitação para reconsideração do Maracanã, mas não foi atendido. O Vasco conseguiu apenas que liberassem mais 600 lugares. Essa também era uma solicitação do Cruzeiro, uma vez que seus torcedores adquiriram todos os 4 mil lugares disponíveis.

Vasco quer administrar Maracanã

O Maracanã está nos planos do Vasco desde o ano passado. A diretoria vascaína quer entrar em acordo com a dupla Fla-Flu para dividirem a gestão do complexo. Em visita ao Rio de Janeiro em março, Josh Wander, principal investidor da 777 Partners, que está perto de adquirir a SAF, reafirmou o desejo de participar da licitação do estádio.

Fonte: Globo Esporte

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