Vasco oscila e Léo Jardim brilha em classificação suada na Copa do Brasil

Vasco da Gama flerta com eliminação, mas vê Léo Jardim brilhar e garantir vaga na próxima fase da Copa do Brasil.

Léo Jardim comemora classificação do Vasco
Léo Jardim comemora classificação do Vasco (Foto: André Durão)

O processo de reconfiguração do time vascaíno em 2025 está em curso, e noites como a desta terça-feira, em São Januário, são normais. O Cruzmaltino alcançou o objetivo da classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil ao vencer o Operário/PR nos pênaltis. Teve bons momentos, principalmente no 1º tempo, mas passou por oscilações que causaram o empate no tempo normal.

O Vasco teve menos a bola do que o Fantasma na 2ª etapa, algo que certamente não estava no plano de jogo. Mas mesmo neste período foi mais incisivo que o adversário até os acréscimos, quando sofreu o gol de Ademilson. Léo Jardim foi o herói da classificação ao defender as cobranças de Neto Paraíba, Thales Oleques e Allan Godói. Cada equipe teve nove penalidades para bater.

Escalações

Fernando Diniz repetiu a equipe que iniciou as duas últimas partidas. Já Bruno Pivetti perdeu o volante e capitão Jacy, negociado com o Coritiba. Fransérgio assumiu o setor. O restante do time foi o mesmo que bateu o Botafogo de Ribeirão Preto.

O jogo

O Vasco foi melhor que o Operário na 1ª etapa em São Januário, mas encontrou algumas dificuldades inerentes ao bom nível mostrado pelo time do interior do Paraná. O Fantasma teve um plano bem traçado para não ser pressionado o tempo todo e levar perigo em algumas jogadas. Mas acabou sucumbindo nos últimos minutos antes do intervalo.

Rayan, que não vinha fazendo uma boa partida, roubou a bola do zagueiro Allan Godói e carregou até bater firme embaixo das pernas de Elias. O Vasco produziu outras oportunidades. Teve um bom leque de opções para criar. Uma delas foi a aproximação entre Coutinho, Piton e Nuno Moreira do meio para a esquerda. Outra: as inversões para Paulo Henrique atacar a profundidade ou a área. Levou perigo!

Rayan e Nuno Moreira seguiam o ”padrão Diniz” de movimentação dos pontas. Buscaram se somar ao setor da bola, quase sempre o esquerdo. Tchê Tchê e Hugo Moura também buscaram ser participativos. Antes do gol de Rayan, Paulo Henrique já tinha obrigado Elias a fazer grande defesa. Nuno Moreira, o mais produtivo do time, também deu um susto em cabeçada perto do ângulo.

Sem a bola, o Cruzmaltino foi agressivo ao marcar a saída de bola do Operário. Chegou perto de forçar erros nesse movimento, e isso fez com que os visitantes trabalhassem mais vezes a bola longa para o centroavante Daniel Amorim aparar. Nem sempre ele venceu os duelos, mas todas as vezes que o Fantasma controlava a bola no campo de ataque e tinha Boschilia influente, causava problemas.

Faltou mais agressividade para bloquear as ações adversárias pelo centro do gramado quando os donos da casa defendiam no próprio campo. Tchê Tchê , Hugo Moura e Coutinho estiveram um pouco descoordenados para brecar Boschilia, Zuluaga e Fransérgio. Allano também deu trabalho com sua perna esquerda, quase sempre oferecendo apoios ao trio de meio-campistas da direita para o meio.

Zuluaga e Fransérgio chegaram perto de marcar. O zagueiro Joseph, que se destacava nos combates a Vegetti, também levou perigo em escanteio cobrado por Boschilia pela direita. Em nenhum momento o Operário foi um time que apenas se defendeu, apesar de naturalmente ter menos a posse. Integrou um duelo de nível técnico bem superior ao do primeiro jogo em Ponta Grossa.

Na volta para o 2º tempo, o Operário conseguiu ficar mais com a bola. Fruto da necessidade do gol e de uma natural queda física do Vasco, que por sua vez começou a encontrar espaços para ataques rápidos. Piton teve bastante liberdade em transições pela esquerda e quase marcou um golaço. Nuno Moreira perdeu boa chance ao ser lançado por Tchê Tchê.

Por mais que tentasse adiantar o bloco de marcação, o Vasco era constantemente empurrado para trás. Primeiro em virtude das bolas longas tentadas pelos paranaenses ao receberem uma pressão perto da própria área, e segundo pela queda de intensidade do time da casa.

Depois de quase sofrer o empate em cabeçada de Neto Paraíba, que havia entrado no lugar de Zuluaga, Diniz mexeu. Mateus Carvalho e Loide Augusto entraram nos lugares de Philippe Coutinho e Nuno Moreira. O Operário aumentava gradativamente o tempo com a bola perto da área. Diniz sacou o exausto Rayan para a entrada de Adson na sequência.

O Vasco melhorou brevemente. Mesmo que o Operário trocasse passes no ataque, conseguiu proteger com maior eficiência o centro do campo e chegou muito perto de ampliar em finalizações de Lucas Piton e Loide Augusto, que mais uma vez viveu relação conturbada com a torcida. O angolano cometeu muitos erros. Os visitantes rondavam a área, mas não criavam chances reais.

O cenário de tensão manteve-se. Não conseguir segurar a bola no campo de ataque foi o grande pecado do Vasco. De tanto insistir, o Operário chegou ao empate aos 47′. Dobradinha de atletas que estavam há pouco tempo em campo. Cristiano recebeu a inversão pela esquerda e cruzou para Ademilson subir às costas de Piton e marcar de cabeça.

Com o empate, a decisão do classificado se deu nos pênaltis. Léo Jardim foi o protagonista. Pegou três das nove cobranças do Operário. Parou Neto Paraíba, Thales Oleques e Allan Godói. Elias, goleiro do Fantasma, também foi bem ao defender os chutes de João Victor e Paulo Henrique, mas Vegetti, Tchê Tchê, Lucas Piton, Mateus Carvalho, Adson, Hugo Moura e Loide Augusto converteram as suas.

Fonte: Globo Esporte

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