Vasco lamenta ausência de times brasileiros na Liga Sul-Americana de Basquete

Vasco da Gama emitiu um comunicado criticando o racha entre a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e Liga Nacional de Basquete (LNB).

Time do Vasco no ginásio de São Januário
Time do Vasco no ginásio de São Januário (Foto: Mauricio Almeida/divulgação)

O basquete brasileiro não terá representantes na Liga Sul-Americana pelo segundo ano seguido. Nesta terça, a Federação Internacional de Basquete (FIBA) enviou comunicado à Liga Nacional de Basquete (LNB) informando a decisão. A LNB é quem organiza o Novo Basquete Brasil (NBB), principal competição nacional desde a sua criação em 2008.

Como a LNB está rompida com a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) desde 2023, o campeonato está sem chancela. A CBB, que realiza o seu Campeonato Brasileiro, também não recebeu convite para a Liga Sul-Americana 2024.

Procurada pelo ge.globo, a FIBA não confirmou as informações e disse que só poderá dar uma confirmação oficial no fim dessa semana.

Criada em 1996, a Liga Sul-Americana foi a principal competição até 2007, quando foi criada a Liga das Américas, que teve a participação de brasileiros na edição 2023/24.

Segundo o ge.globo apurou, a presença de clubes do Brasil só ocorreu devido a um “acordo pontual”. A FIBA ainda não deu informações sobre como será o torneio na temporada 2024/25.

Entenda o racha LNB x CBB

A CBB retirou a chancela da LNB no fim de junho de 2023, logo após o fim da temporada. Assim, o Novo Basquete Brasil (NBB), principal campeonato masculino do país, organizado pela liga, perdeu a condição de torneio nacional oficial. Sem a chancela da Confederação, a Liga pode existir e organizar competições, mas deixa de ser o torneio oficial e classificatório para competições internacionais.

A ruptura aconteceu após a LNB entrar na justiça comum contra a CBB, o que representou uma quebra de contrato na visão da Confederação. Essa falta de reconhecimento da CBB em relação à Liga Nacional de Basquete tem ainda outras consequências. A mais impactante delas é que nenhum clube que joga o NBB pode participar de jogos internacionais chancelados pela FIBA, já que, por estatuto, a CBB precisa respeitar as indicações da FIBA, dona das vagas internacionais.

Vasco emite nota lamentando

Quinto colocado no NBB 2023/24, o Vasco emitiu uma nota lamentando a forma com que “os clubes brasileiros que formam a Liga Nacional de Basquete (LNB) têm sido tratados nos assuntos relacionados a competições internacionais”. O clube também questionou o fato de equipes brasileiras terem participado da última edição da Liga das Américas (Basketball Champions League Américas -BCLA).

Na nota, o Vasco também informou que havia se oferecido para sediar uma das etapas da Liga Sul-Americana 2024, em outubro. Confira a íntegra da nota:

COMUNICADO OFICIAL

Na última terça-feira (17/09), com grande surpresa, o R10 Score Vasco da Gama foi comunicado que a participação das equipes brasileiras na Liga Sul-Americana de Basquete está proibida, mantendo a decisão do ano passado. O que nos causa estranheza é o Brasil ser banido do sul-americano, mas poder participar da Basketball Champions League Américas (BCLA). A Federação Internacional de Basquete (FIBA) alega que as vagas de ambas as competições são da Confederação Brasileira de Basketball (CBB).

Na temporada passada trabalhamos duro e garantimos a vaga para o sul-americano, já no primeiro ano de retorno da equipe ao cenário nacional, e, agora, isso nos foi tirado.

Além disso, o Vasco da Gama vinha sendo consultado pela LNB, a convite da FIBA, para a realização de uma das etapas da competição, no fim do mês de outubro. O aceite do convite implicaria em custos adicionais em nosso orçamento, ainda assim nos comprometemos em sediar esta etapa.

Imediatamente envolvemos nossos patrocinadores que abraçaram a ideia e levantamos a verba em tempo recorde prevendo São Januário lotado com equipes nacionais e internacionais, jogando um basquete de alto nível, possibilitando ao público reviver os áureos tempos da mobilidade no nosso país e, acima de tudo, fortalecendo o basquete brasileiro no cenário internacional.

Portanto, diante de tudo isso, reiteramos nosso repúdio à forma com que os clubes brasileiros que formam a Liga Nacional de Basquete (LNB) têm sido tratados nos assuntos relacionados a competições internacionais.

Fonte: Globo Esporte

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