Vasco: Jeferson fala da pertubação de flamenguistas
Para Jeferson, a perturbação de flamenguista é mais chata do que a do próprio torcedor do Vasco.
Nada melhor do que uma vitória para devolver o clima de paz no Vasco. No treino de segunda-feira, os titulares fizeram apenas uma leve atividade física, mas ficou claro o aumento da confiança do grupo. Os semblantes fechados da semana passada davam espaços para largos sorrisos.
O lateral Ramon, que vinha sendo bastante criticado, deixou o campo aplaudido após a vitória sobre o Americano por 3 a 0, domingo. “É muito bom voltar à normalidade. Meu pai me mandou um torpedo dizendo que a confiança estava voltando. É bom chegar em casa sorrindo e a minha mulher (Naiana) me receber feliz”, comenta.
Para um elenco que sofreu a pressão de entrar para a história do Vasco de forma negativa, voltar a vencer significa poder até circular nas ruas. Após o jogo, o meia Jeferson foi comer pizza com a namorada.
“Na derrota, eu não saio de casa. Tem que pedir comida por telefone”, afirma Jeferson, aliviado. “A perturbação de flamenguista é mais chata do que a do próprio torcedor do Vasco. Mas eu não respondo, deixo pra lá”, diz o meia, destaque da partida de domingo.
Com a saída de Carlos Alberto para o Grêmio e o afastamento por uma semana de Felipe, que agora busca voltar ao melhor de sua forma, Jeferson ganhou espaço no grupo.
“Eu não ia voltar ao Vasco para ficar no banco. Durante a pré-temporada, eu dizia que, na hora em que tivesse oportunidade, eu ia tentar mostrar. No futebol, quando a gente está bem, as coisas acontecem muito rápido”, aposta o jogador, que depois de sofrer com muitas lesões em 2009 e 2010, transferiu-se para o Avaí após a Copa do Mundo.
Confiante, Jeferson espera que o fator “nome” não seja determinante na hora da definição de Ricardo Gomes. “Nome pesa muito, mas, para mim, quem estiver melhor tem que jogar. Não tem que ter essa vaidade de nome”, afirma o jogador. “Estou tendo mais espaço pelo que estou apresentando em campo”.
Ciente de que a caminhada é longa, Jeferson ainda não sonha com o status alcançado por Carlos Alberto e Felipe. “Não tenho a vaidade de querer ser ídolo, tenho a vaidade de querer ser campeão com o Vasco. Ser ídolo ou não vai depender do que for conquistado”.
Fonte: terra