Vasco foi dominado pela Juazeirense e mostra que precisa urgentemente de reforços

O Vasco da Gama mostrou suas carências diante da Juazeirense e precisa urgentemente de reforços para a disputa da Série B.

Gabriel Pec durante o jogo contra a Juazeirense
Gabriel Pec durante o jogo contra a Juazeirense (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

A atuação diante da Ferroviária na primeira fase foi um indício de que, jogando daquela forma, o Vasco não iria longe na Copa do Brasil. O desempenho ruim se repetiu contra um adversário ainda mais fragilizado, mas o final desta vez não foi feliz. A eliminação na segunda fase da competição nacional, com derrota nos pênaltis para o Juazeirense, expôs mais uma vez as carências de um time que precisa evoluir bastante a um mês da estreia na Série B, principal objetivo do ano.

Mesmo sabendo que o Vasco dificilmente avançaria muito na Copa do Brasil, a eliminação da forma que aconteceu, para um time que briga contra o rebaixamento no Campeonato Baiano e disputa a Série D do Brasileirão, precisa incomodar. É fato que o gramado ruim do Estádio Adauto Moraes, em Juazeiro, foi um adversário a mais para a equipe de Zé Ricardo na última quarta-feira. Mas não pode servir de justificativa para a passividade dos cariocas.

Início competitivo

Zé até indicou que a postura do Vasco deveria ser diferente. Com Bruno Nazário de volta ao grupo titular, o time ganhou mais uma peça ofensiva e conseguiu acuar o Juazeirense nos primeiros minutos, sendo premiado com o gol do meia aos 5 minutos. Com a iniciativa de pressionar alto, a proposta de uma equipe competitiva foi seguida até os 20 minutos, quando a organização se desfez.

A equipe até teve algumas poucas chances após o gol, mas novamente apresentou dificuldades de fazer a bola chegar na frente e criar lances de perigo. Tanto que Raniel tocou poucas vezes na bola no primeiro tempo e saiu de campo com apenas uma finalização, já na etapa final.

O problema foi que o Vasco não conseguiu manter a marcação alta por muito tempo e, com a vantagem no placar, deu campo para o adversário, que, acostumado ao gramado, passou a gostar muito do jogo. Numa tentativa errada de pressão alta, o time não recuperou e levou a bola nas costas no lance que iniciou o gol de empate do Juazeirense, que teve ainda Nazario dormindo no ponto na marcação de Nildo.

Nulo pelas laterais

Uma das grandes dificuldades do Vasco tem sido o jogo pelos lados do campo, muito em função da falta de alternativas de Zé Ricardo. Até por isso fica difícil avaliar o trabalho do treinador. Gabriel Pec foi a única opção de velocidade do time para o confronto. O atacante não fez mau jogo, partiu para cima quando recebeu a bola e deu a assistência para o gol. Mas precisou passar grande parte do duelo voltando para ajudar na marcação e recebendo bolas longas nos contra-ataques.

A falta de jogadores rápidos faz questionar ainda mais a estratégia defensiva do time depois dos primeiros 20 minutos. Acuado pelo Juazeirense, a única aposta do Vasco era contra-atacar em velocidade, mas não tinha peças suficientes em campo para isso. Falta trabalho coletivo para construir as jogadas ofensivas. A carência foi escancarada no segundo tempo, quando Zé mandou a campo três centroavantes: Getulio, Figueiredo e Raniel.

Além da busca por pontas, os últimos jogos apontou a necessidade de melhorar esse jogo pelos lados a partir de trás. Edimar e Weverton não conseguiram apoiar ofensivamente e cederam espaços para o time da casa chegar diversas vezes para cruzar para a área.

Não só para os cruzamentos, mas o Vasco deu muito espaço também na entrada da área e foi facilmente atacado pelo Juazeirense, que terminou o jogo com 13 finalizações, sendo 12 no primeiro tempo. A insegurança defensiva nas laterais é um problema que persiste, e o time só não ficou mais exposto, porque Anderson Conceição e Quintero se garantiram junto com Thiago Rodrigues, que foi destaque contra a Ferroviária, e também evitou a derrota no tempo normal em Juazeiro.

O Vasco está a um mês da estreia na Série B, no dia 9 de abril, contra o Vila Nova. Apesar dos mais de 60% de aproveitamento até aqui, o time que se viu em campo em Juazeiro não passa confiança de que conseguirá o acesso para a Série A. Há necessidade de reforços e de ideia de jogo.

É compreensível que o time não vai amassar todos os adversários, mas a proposta de uma equipe competitivo, como se viu nas primeiras rodadas do Carioca, não se manteve na Copa do Brasil. O que se viu foi uma equipe de poucas ideias. Zebras acontecem, mas o Vasco não foi só eliminado pelo Juazeirense, mas foi eliminado sendo dominado pelo adversário.

Com as lições da eliminação, o time volta o foco para o Campeonato Carioca. No próximo domingo, às 16h, o Vasco enfrenta o Resende, em São Januário, pela última rodada da Taça Guanabara. A equipe já está classificada para as semifinais do Estadual.

Fonte: Globo Esporte

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2 comentários
  • Responder

    Ainda bem a esta funesta diretoria ,visando lucros para seus bolsos vendeu as transmissões dos jogos para que a torcida não veja a catástrofe do outrora poderoso Vasco em seus jogos .O problema não está neste ou naquele jogador e, em quem os treina e escala .E, os jogadores que brilham na base ,são queimados quando entra um time que não tem comando técnico .

  • Responder

    Bom dia, Tecnico Zé Ricardo vai ficar ate quando corrigindo erros? Vasco precisa de tecnico que corrija erros antes da equipe entrar em campo, não depois que perde que vai valar em corrigir erros; Time muito lento, sem menospresar a Juareisence, mas Vasco era pra sair de la com um placar de time grande ainda nos 90 minutos, mas falta velocidade nas saidas de bola, na transição defesa-meio-ataque, ou seja mude logo diretoria emquanto há tempo, pois se não vai virar sacos de pancadas na série B.

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