Vasco fecha 1º turno da Série B devendo e vê aumentar incerteza de acesso

Vasco da Gama fechou a primeira metade do Campeonato Brasileiro da Série B com desempenho muito aquém do esperado.

Jogadores do Vasco durante o jogo contra o Remo
Jogadores do Vasco durante o jogo contra o Remo (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

A expectativa já era das maiores, mas passadas as primeiras 19 rodadas da Série B, o balanço que se faz do desempenho do Vasco da Gama na competição é digno de preocupação. A derrota desta quarta-feira (18), para o Londrina, em São Januário, foi apenas mais um capítulo performance sofrível que o time vem apresentando no torneio, escancarando que o planejamento da diretoria, a montagem do elenco e o trabalho do técnico Lisca até aqui estão

Se puxarmos pela memória as quase 20 partidas que o time jogou no Brasileiro, fica difícil apontar uma em que a equipe se impôs dentro de campo e venceu com autoridade, sem sofrer qualquer risco diante do adversário, talvez no 4×1 sobre o Guarani, pela 14ª rodada, mas o que é muito pouco para um Clube da grandeza do Vasco.

Tratado como o grande objetivo da temporada na Colina Histórica, a volta à Série A, que é vista como obrigação dentro do Vasco, vai ganhando contornos de dramaticidade, de certa forma, inesperados, uma vez que o time não consegue embalar na competição.

Atualmente, o Gigante ocupa meio da tabela, figurando na 10ª colocação, com 28 pontos, mas pode cair até duas posições, dependendo das partidas desta quinta-feira (19), que fecham o final do primeiro turno da Série B.

Feijão com arroz

Na coletiva pós derrota para o Londrina, o técnico Lisca reconheceu que não conseguiu tornar a equipe competitiva nesse primeiro mês de trabalho, e admitiu que pode mudar drasticamente o esquema de jogo, saindo do estilo agressivo, com marcação alta, característico do treinador, e adotando um modelo mais pragmático e reativo. O momento é de, mais do que dar espetáculo, pontuar para subir na classificação e garantir uma vaga entre os quatro primeiros colocados.

Sob o comando de Lisca, o aproveitamento do Cruzmaltino na Série B é de 50%: três vitórias, três derrotas, oito gols a favor e sete contra, além de mais duas derrotas e eliminação na Copa do Brasil. O que chama atenção além dos números, é que pouca coisa mudou desde a saída do técnico Marcelo Cabo, com o Almirante fazendo sua pior campanha nas quatro vezes em que disputou a Série B, com incríveis sete derrotas na primeira metade do certame.

Tanto Cabo como Lisca vão enfrentando um obstáculo em comum na jornada do Vasco nesta Série B, uma montagem de elenco que não contempla jogadores bons o suficiente para que a equipe tenha um estilo impositivo, que proponha o jogo contra, muitas vezes, adversários que jogam por uma bola, ou até mesmo times que encaram o Gigante de igual para igual, que muitas vezes dominam boa parte das partidas.

Além da falta de qualidade dos jogadores, e de uma recorrente apatia do time dentro das quatro linhas, com baixa intensidade física, os reforços tão falados para encorpar o elenco não chegaram, como um jogador de velocidade pelas pontas e um meia para dar vida ao setor criativo.

Sem novas contratações, até por conta do momento financeiro do Clube, o Vasco segue sua caminhada aos trancos e barrancos na Série B. A camisa pesada do Cruzmlatino ganhou vários pontos nesse primeiro turno, mas não da pra apostar que será sempre assim.

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