Vasco encerra atendimentos do setor psicossocial e alega readequação financeira

O Vasco da Gama encerrou as atividades do setor psicossocial, que fazia cerca de 1.500 atendimentos por mês.

Adriano Mendes, Jorge Salgado e Duque Estrada em coletiva em São Januário
Adriano Mendes, Jorge Salgado e Duque Estrada em coletiva em São Januário (Foto: Reprodução/Vasco TV)

Na contramão do que o mundo esportivo vem fazendo — redobrando a atenção com a saúde mental e social dos atletas —, o Vasco decidiu encerrar as atividades do setor psicossocial do clube, que realizava aproximadamente 1.500 atendimentos por mês. As duas assistentes sociais que cuidavam do projeto foram demitidas no início do mês, assim que retornaram de férias.

O setor havia sido fundado há dois anos para ampliar o atendimento à atletas do futebol feminino, familiares e funcionários. Antes, apenas jogadores do futebol masculino, base e profissional, eram atendidos pelo serviço social.

Segundo Iara Machado, que era coordenadora, assim que houve a mudança da gestão de Alexandre Campello para a de Jorge Salgado, o setor deixou de ser de responsabilidade da área de saúde e foi transferido para a vice-presidência de responsabilidade social, liderado por Horácio Lopes Rodrigues Júnior.

Ela, que estava há dez anos no Vasco, disse que a justificativa de sua demissão foram os cortes de custos, o que não acredita. A assistente social sustenta que se o problema fosse verba, a outra profissional poderia continuar no clube e não seria necessário encerrar o setor.

— Isso vai impactar diretamente nas meninas, atletas e funcionários. São vidas que certamente fizemos a diferença — contou Iara.

O caso foi levado ao presidente Jorge Salgado pela antiga 2ª vice-presidente, Sônia Andrade. Ela recebeu uma carta das funcionárias demitidas, que foi repassada ao mandatário, que prometeu uma reunião ainda esta semana para debater o assunto.

Segundo Sônia, o setor foi criado em 2020 e chegou a atender casos graves como tentativa de suicídio, conflitos familiares e assistência à crianças e adolescentes da base que vieram de outros estados. Casos, que segundo contou, se agravaram bastante durante a pandemia.

— Estamos vendo casos como o do Gabriel Medina (surfe), da Simone Biles (americana da ginástica artística) durante as Olimpíadas. O Vasco está indo na contramão do que o esporte está exigindo — criticou Sônia Andrade.

Procurado, o Vasco, através de Horácio Lopes Rodrigues Júnior, vice-presidência de responsabilidade social, informou o seguinte:

— As profissionais foram dispensadas por necessidade de readequação financeira e dos quadros técnicos do departamento.

Fonte: O Globo

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1 comentário
  • Responder

    O Vasco do Salgado é uma vergonha NACIONAL.

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