Vasco e parceira seguem otimistas por venda que viabiliza reforma de SJ
Vasco confia na venda de potencial construtivo, apesar de prazo inicial para a conclusão da transação ter se encerrado.

O Vasco da Gama segue alinhado com a SOD Capital para a venda da maior parte do potencial construtivo de São Januário. O Lance! apurou que, apesar de o prazo inicial para a conclusão da transação ter se encerrado na última sexta-feira (12), as partes mantêm o entendimento e trabalham para finalizar o acordo.
O Segundo Vice-Presidente Geral do Vasco, Renato Brito, já havia deixado claro que o clube poderia flexibilizar o prazo, caso fosse necessário, reforçando a postura de parceria adotada pelo Cruzmaltino. Durante a edição especial do Lance! Talks – Rio, Capital Mundial do Esporte, realizada em 18 de novembro, no Salão Nobre da Câmara Municipal, no Palácio Pedro Ernesto, o dirigente destacou o compromisso do clube com seus parceiros.
— O Vasco é um clube que cumpre contratos e cumpre seus parceiros. Esse prazo foi feito para dar conforto à SOD. Se ela entender que precisa de mais tempo, certamente o Vasco será parceiro, sem problema nenhum. A nossa intenção é atender os anseios do parceiro, para que ele também possa cumprir as obrigações deles — afirmou Renato Brito.
A expectativa interna é de que a transção seja concluída. O negócio envolve a comercialização de cerca de 250 mil metros quadrados de potencial construtivo, o que representa aproximadamente 90% do total disponível, por valores estimados em torno de R$ 500 milhões.
Entenda o que é o potencial construtivo
O potencial construtivo corresponde ao direito de construir em um determinado terreno, respeitando os limites estabelecidos pelo plano diretor da cidade. No caso do Vasco, uma lei complementar aprovada permite que o clube transfira esse direito para outras regiões do Rio de Janeiro com maior capacidade de absorção imobiliária, como áreas da Barra da Tijuca e da Zona Norte.
Na prática, investidores compram esse “direito de construir” e os recursos arrecadados são destinados à modernização de São Januário. Pela legislação, 100% do valor obtido com a venda deve ser investido exclusivamente no estádio.
O Vasco será obrigado a manter uma conta específica para a gestão desses recursos, que terá fiscalização tanto da Prefeitura do Rio quanto dos órgãos internos do clube. A medida impede o uso do dinheiro para pagamento de dívidas ou salários, garantindo que os valores sejam integralmente aplicados no projeto de reforma de São Januário e na revitalização de seu entorno.
Fonte: Lance!