Vasco é o clube da Série A com mais casos de Covid-19 no elenco; veja os números
Até o momento, o Vasco da Gama já teve 43 jogadores infectados por Covid-19, ou seja, quase todo o elenco já foi contaminado.
Os clubes da Série A têm enfrentado um adversário invisível e que tem impactado diretamente nas escalações dos times a cada partida: o coronavírus. Desde a retomada do futebol, as equipes brasileiras passaram a seguir uma série de protocolos e recomendações para voltar com as atividades, mas isso não impediu que os atletas evitassem a contaminação pelo vírus.
O ge compilou todos os casos divulgados de jogadores positivos para coronavírus, independentemente do nome do atleta ter sido revelado ou não. Vale destacar ainda que nem todos os clubes anunciaram todos os casos positivos no elenco. Feita a ressalva, os clubes da Série A já acumulam 341 casos divulgados desde o início das testagens, realizadas a partir de maio e junho.
Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, a reportagem comparou os casos de Covid-19 nos elencos da Série A com a média móvel de infectados no país, com base em dados do Ministério da Saúde.
O que pode-se observar no gráfico abaixo é que o número de positivos no futebol acompanha o cenário no Brasil. Vale fazer uma outra ressalva: houve um grande número de casos divulgados em maio e junho. Porém, os clubes relataram que muitos jogadores já estavam recuperados da Covid-19, sem determinar exatamente quando tiveram a doença. Logo, a concentração de casos em maio e junho não reflete 100% a realidade da cronologia dos infectados neste período.
De acordo com o Imperial College, de Londres, no Reino Unido, a taxa de transmissão (Rt) do novo coronavírus (Sars-CoV-2) para esta semana no Brasil é a maior desde maio. O relatório mostra que o índice está em 1,30. Isso significa que cada 100 pessoas contaminadas transmitem o vírus para outras 130 pessoas.
Esta transmissão em alta no país também teve reflexo direto no futebol brasileiro. Em outubro, o número acumulado de casos positivos era de 227. Em novembro, houve um aumento de 50%, com 114 novos casos divulgados neste mês até o momento.
Em entrevista ao Globo Esporte de São Paulo, o presidente da Comissão de Médicos da CBF, Jorge Pagura, disse que foi feito um comunicado aos clubes para reforçar a necessidade de seguir o protocolo ao notar um aumento de casos no país no começo de novembro.
– Nós reiteramos que fôssemos muito rígidos com a aplicação do protocolo porque enquanto a gente não tem vacina nós só temos uma arma, que é obedecer o protocolo. Isso nos preocupava muito porque a gente tinha as notícias, com praias cheias, bares cheios, parques cheios e assim por diante. Nós prevenimos, não fomos pegos de surpresa. O que foi pego um pouco de surpresa é que clubes que vinham com muito controle de repente tiveram um surto.
Nas últimas semanas, houve surtos de casos no Athletico-PR, no Atlético-MG, no Coritiba, no Palmeiras e no Santos. Outros clubes, como Goiás, Flamengo, Fluminense e Vasco também tiveram contágios grandes em intervalos curto de tempo.
De acordo com estudo divulgado pela CBF, não há evidências de que a transmissão tem ocorrido dentro de campo. Para o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Dr. Alberto Chebabo, o problema é todo o ambiente que envolve o futebol.
– Eu concordo com o Pagura quando ele fala que a contaminação não se dá dentro do campo. Mas a atividade de futebol não acontece só dentro do campo. A atividade de futebol envolve treinos, viagens e hotel. Vai ter esse risco. A transmissão, em sua maioria, ocorre dentro do clube. A gente viu surtos ocorrendo dentro do clube. É óbvio que para ter transmissão dentro do clube, alguém se infectou fora para trazer o vírus para lá. Então, o jogador ou a própria comissão técnica estão expostos em todos os ambientes.
– Há vários exemplos de que essa disseminação ocorre dentro do clube, seja no treinamento e dia a dia ou em uma viagem, em uma refeição. Aquelas pessoas estão todas juntas ali. O jogador não fica trancado dentro do quarto. Ele faz as refeições com todos juntos, eles se reúnem em grupo, seja para jogar, seja pra bater papo. Então, essa disseminação acaba acontecendo, principalmente se eles estiverem sem máscara. Eu não tenho dúvida que a contaminação não ocorre dentro do campo, mas também não tenho dúvida que a contaminação ocorre dentro do ambiente do clube – declarou o infectologista.
Casos positivos de coronavírus nos elencos da Série A
Entre os 341 casos positivos para Covid-19 divulgados nos times da Série A em 2020, Vasco, Flamengo, Corinthians, Goiás e Palmeiras foram as equipes mais impactadas com desfalques nas partidas por causa do vírus. Só o Cruz-Maltino teve, até o momento, 43 atletas infectados. Ou seja, quase todos do elenco já testaram positivo alguma vez.
No confronto da última quinta-feira contra o Defensa y Justicia, o Vasco não teve 10 jogadores à disposição por causa do coronavírus. Outro clube carioca que teve muitos problemas foi o Flamengo, que chegou a pedir adiamento do jogo contra o Palmeiras no fim de setembro por causa do número grande de desfalques para o confronto da rodada 12.
Dois meses depois, foi o Palmeiras que teve surto de Covid-19 no elenco e só pôde contar com 13 atletas do profissional à disposição para enfrentar o Goiás na rodada 22. Na abertura do Brasileirão, o Esmeraldino confirmou 10 atletas positivos horas antes de enfrentar o São Paulo e teve jogo adiado em cima da hora.
Ou seja, os clubes passaram por maus bocados desde que a pandemia começou porque os exemplos de casos positivos são recorrentes, principalmente neste mês de novembro com aumento de contaminados pelo vírus em vários times. Veja o gráfico abaixo com o acumulado de casos por time desde o início:
O ge apurou com alguns clubes que no início das testagens, em maio e junho, os métodos de avaliação e diagnóstico de jogadores com Covid-19 eram diferentes dos atuais. Por isso, os médicos suspeitam que alguns destes atletas eram, na verdade, falsos positivos para o vírus.
Fonte: Globo Esporte
Infeliz mente , em coisas ruins tamos sempre em primeiro.!!! Começando pela essa bosta de diretoria, q n serve nem p cabaré de beira de pista.