Vasco é coadjuvante na festa do Cruzeiro e já mira ‘decisão’ contra o Londrina

Facilmente dominado no Mineirão, Vasco da Gama foi convidado de luxo no baile do Cruzeiro e já mira duelo com o Londrina.

Marlon Gomes durante jogo contra o Cruzeiro
Marlon Gomes durante jogo contra o Cruzeiro (Foto: Daniel Ramalho/Vasco)

Com sete derrotas consecutivas como visitante nesta Série B, o Vasco foi a Belo Horizonte para enfrentar o líder apoiado por milhares de torcedores que aguardavam uma vitória simples para poder festejar o retorno à elite. Uma missão complicada – seria necessário agir diferente, fazer alguma coisa que a equipe não vinha fazendo nos jogos fora de casa para conseguir voltar com ao menos um ponto. Mas não houve isso.

Com exceção dos poucos mais de 20 minutos que antecederam o primeiro gol do Cruzeiro, momento em que mal ou bem soube controlar a partida, o Vasco foi uma equipe previsível em Belo Horizonte e assistiu à festa. As falhas defensivas voltaram a ocorrer, com destaque negativo para Danilo Boza, e a transição ofensiva simplesmente não aconteceu. A única finalização na direção do gol foi no primeiro minuto de jogo, numa cobrança direta de escanteio de Nenê que Rafael Cabral espalmou.

A derrota por 3 a 0 no Mineirão dá ares de decisão para a próxima rodada, quando o Vasco enfrenta o Londrina em São Januário. O adversário está em quinto lugar, a três pontos de distância (48 a 45), mas pode igualar a pontuação nesta sexta-feira, quando recebe a Ponte Preta no Estádio do Café. O secador dos vascaínos certamente estará ligado.

Vasco e Londrina se enfrentam daqui a oito dias, na quinta-feira da semana que vem.

Com oito jogadores pendurados, cinco só no time titular (Thiago Rodrigues, Danilo Boza, Anderson Conceição, Andrey e Nenê), Jorginho não quis saber de poupar e mandou a campo a mesma equipe que havia goleado o Náutico na rodada seguinte. Deu a cara a tapa em Belo Horizonte, disposto a estragar a festa do Cruzeiro, como ele mesmo ressaltou na coletiva.

A estratégia de não apenas se defender, mas também agredir e tentar segurar a bola no ataque, deu certo até a metade do primeiro tempo. Orientada a todo momento pelo treinador, a linha defensiva dava conta das investidas da Raposa. E a bola chegou sem dificuldade ao ataque nos primeiros 20 minutos – em um desses lances, Eguinaldo demorou a soltar pela esquerda e desperdiçou uma boa chegada do Vasco.

O gol sofrido aos 24 mudou o rumo da partida. E num lance de fatalidade tremenda: Eguinaldo escorregou na frente da área, o chute de Machado desviou em Boza e deslocou o goleiro Thiago Rodrigues. “Se tivéssemos virado o primeiro tempo 0 a 0, teríamos um segundo tempo diferente”, disse Jorginho na entrevista depois da partida.

O fato é que o Vasco não se encontrou mais em campo depois disso. O Cruzeiro quase fez o segundo em cobrança de falta que explodiu no travessão de Thiago.

Sem poder de reação

Sem tempo a perder, logo no intervalo Jorginho colocou Edimar na vaga de Paulo Victor, provavelmente pela fragilidade defensiva do lado esquerdo (onde saiu o gol do Cruzeiro, por exemplo); e Figueiredo no lugar de Raniel, que tocou pouco na bola e retardou a transição ofensiva do Vasco em alguns lances do primeiro tempo.

Na prática, no entanto, as mudanças não surtiram muito efeito. O Vasco continuou sendo uma equipe sem poder de reação, que agredia pouco o Cruzeiro e se mostrava cada vez mais desatento na defesa. Foi assim que saiu o segundo gol: a linha vascaína se adiantou de forma desorganizada, a bola foi lançada nas costas de Danilo Boza, e Edu aumentou a vantagem cruzeirense no Mineirão.

Gabriel Pec, Alex Teixeira e Fábio Gomes também foram acionados, mas já não havia muito o que pudesse ser efeito. Para fechar a tampa do caixão, o Cruzeiro fez mais um no chute de Luvannor que desviou em Boza no meio do caminho. Oitava derrota consecutiva do Vasco longe do Rio de Janeiro nesta Série B.

Fonte: Globo Esporte

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