Vasco e as medidas paliativas que o mantém num eterno ciclo vicioso

O Vasco da Gama lidera ranking de trocas de técnico na década, mas os principais culpados não são penalizados.

Ramon Menezes em jogo contra o Athletico-PR
Ramon Menezes em jogo contra o Athletico-PR (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

É regra no futebol que o desempenho de um time seja cobrado diretamente do técnico. Trocar o comando é a primeira medida tomada pela diretoria na busca por mudanças, mas mal sabe eles que, na maioria das vezes, os problemas se passam por eles mesmos.

Como se sabe, Ramon Menezes foi desligado do Vasco na última quinta-feira (08) após a sequência de derrotas vexatórias para Atlético-MG e Bahia. Já são seis partidas onde o Gigante não vê uma vitória, o que tem rendido uma queda brusca na tabela do Campeonato Brasileiro.

Foi uma queda brusca sim, mas diante do que o próprio Ramon Menezes tinha conquistado. Hoje o Vasco está na 10ª colocação com 18 pontos, o que se trata de uma posição intermediária, que pelo desempenho da equipe recentemente e a sequência delicada pela frente, já preocupa em relação à zona de rebaixamento.

Certo, a troca foi feita. E agora? Chegará outro treinador para assumir essa ‘bucha’. Toda mudança tem aquele tradicional cheirinho de carro novo, traz novas esperanças à torcida e motivação ao elenco. O problema é quando isso passa e os velhos problemas voltam. O resultado? Uma nova demissão e tudo de novo.

É uma realidade do futebol brasileiro e principalmente do Vasco, que é entre os grandes o que mais trocou de técnico nesta década. Foram 20 trocas e 18 profissionais diferentes. No fim das contas, os problemas são sempre os mesmos. Agora vai uma pergunta: qual era a expectativa vascaína antes do começo da competição?

A maioria estava dizendo do meio de tabela para baixo, muitos apostando até numa briga contra o rebaixamento. Se olhar tais expectativas, o Vasco não estava tão mal, não é mesmo. Isso se analisar friamente porque realmente essa sequência sem vitórias, incluindo as duas goleadas, foram naturalmente muito doídas no torcedor.

Mas analisar friamente é o papel dos profissionais que estão lá dentro, da diretoria. Para ser justo, o trabalho precisa ser analisado por completo, entre as expectativas e o que foi entregue. No entanto, isso não costuma acontecer, ainda mais com a presa por resultados diante da proximidade da eleição.

Ramon Menezes já se foi, mas será que os problemas foram juntos? Pouco provável. Se quer apontar um culpado, os principais ainda estão no comando. A realidade é que o Vasco tem um elenco limitado e que precisa se reforçar se quiser sonhar com mais que uma décima posição, seja qual for o técnico.

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