Vasco ainda não decidiu sobre proposta de fundo pelos direitos da Libra

O Vasco da Gama ainda não decidiu se assinará ou não o memorando da última proposta de fundo pelos direitos da Libra.

Dirigentes de clubes da Libra
Dirigentes de clubes da Libra (Foto: Reprodução)

Menos de uma semana após a nova oferta do Mubadala para se tornar sócio da liga, 14 dos 18 clubes da Libra optaram pela assinatura do MOU (“memorando de entendimento, na sigla em inglês) que sacramenta o negócio com o fundo dos Emirados Árabes.

Os quatro membros do grupo que ainda não se decidiram — nem pela assinatura do documento, nem pela ruptura com o grupo e a adesão ao Forte Futebol — são Botafogo, Cruzeiro, Guarani e Vasco.

Dentro das condições colocadas pelo fundo árabe para assinar a proposta intermediária, de R$ 4 bilhões, estão a assinatura de pelo menos 18 clubes e de sete entre os dez com maiores valores.

Como a Libra é composta atualmente por 18 membros, o primeiro fator ainda não foi atingido. O segundo, sim. Portanto, o negócio será concretizado em uma das duas hipóteses:

  • caso os quatro integrantes tomem a decisão de assinar o MOU;
  • se quatro clubes do Forte Futebol trocarem de lado.

A assinatura desse documento é o passo necessário para que o negócio avance dentro da proposta intermediária, que inclui o pagamento de R$ 4 bilhões, por parte do Mubadala, além do depósito de R$ 3 milhões de imediato como um “sinal de boa vontade” do investidor estrangeiro.

Bastidores da indecisão

Botafogo, Cruzeiro e Vasco não tratam do assunto em público. Nos bastidores, circulam rumores sobre insatisfações do trio há meses. Coincidentemente, são os três primeiros clubes a terem se tornado SAF no Brasil — o que faz com que a decisão caiba a seus novos proprietários.

Por um lado, esses clubes entendem que Corinthians e Flamengo têm torcidas maiores e agregam valor ao produto Campeonato Brasileiro, portanto precisam ter remunerações superiores, quando se trata da divisão das verbas dos direitos de transmissão e do futuro investidor.

Por outro lado, existem preocupações em relação a pontos de governança e sobre a comissão prometida a intermediários, de até 5% sobre o valor total da operação, que pode chegar a R$ 250 milhões.

Desde que aderiram à Libra — que inicialmente foi fundada somente por Flamengo e pelos quatro grandes clubes paulistas —, Botafogo, Cruzeiro e Vasco tentaram rediscutir fatores de divergência com o grupo.

Em paralelo, houve uma tentativa de aproximação com integrantes do Forte Futebol. Momentaneamente, formou-se uma espécie de comissão formada por oito clubes, quatro de cada lado. Botafogo e Cruzeiro estavam entre os representantes da Libra.

Se no início as reuniões aparentaram que poderiam chegar a um desfecho positivo, de consenso, a certa altura houve desgaste.

Dirigentes da Libra se incomodaram com a insistência do Forte em voltar a pontos que são dados como superados, como a distribuição do dinheiro da televisão com o critério 40-30-30 — 40% iguais para todos os clubes, 30% conforme performance e 30% de acordo com fatores comerciais.

A tentativa de conciliação por meio dessa comissão enfraqueceu. Cartolas estão exaustos. E é por estarem neste contexto, em que há insatisfações com aspectos da Libra, porém sem avanços na união com membros do Forte, que Botafogo, Cruzeiro e Vasco estão em posição complexa.

Assinar com o Mubadala significa aceitar os termos estabelecidos e fechar negócio, sem margem para alterações. Migrar para o Forte Futebol seria um movimento de alto risco, que poderia deixá-los em um bloco de menor valor comercial, na hipótese de o futebol brasileiro não ter uma liga de fato, mas dois blocos para venda de direitos de transmissão.

Mubadala é um fundo de investimentos dos Emirados Árabes, cujo dinheiro é proveniente do fundo soberano do país. A subsidiária da empresa no Brasil, que também conta com recursos de investidores nacionais, é a responsável por negociar a compra de parte da futura liga.

O intuito dos investidores, ao se tornarem sócios da liga, é recuperar o investimento e lucrar no longo prazo, na medida em que receberão 20% das futuras receitas do Campeonato Brasileiro.

Quais clubes já assinaram

  • Grêmio;
  • Ituano;
  • Mirassol;
  • Novorizontino;
  • Palmeiras;
  • Ponte Preta;
  • Red Bull Bragantino;
  • Sampaio Corrêa;
  • Santos;
  • São Paulo;
  • Vitória;
  • Bahia;
  • Flamengo
  • Corinthians

Fonte: Globo Esporte

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