Vascaínos apoiam Romário em protesto contra projeto que impacta jogadores

Com a pandemia de Coronavírus impactando diretamente nos cofres do clubes, abriu-se a discussão em relação a como esse problema ser amenizado. Um coisa que vem sendo bastante discutida é uma redução salarial temporária dos jogadores.

A alternativa vem sendo discutida em todo o mundo e adotada em alguns clubes, como o caso do Barcelona, da Espanha, onde os jogadores aceitaram uma redução salarial de 70% com o intuito de colaborar com o a equipe Catalã, que tem tido grande prejuízo nessa pandemia.

Diante dessas discursões, no entanto, sugeriu-se uma mudança de impacto permanente para os jogadores. Segundo o ídolo vascaíno e senador pelo Rio de Janeiro, Romário, do Podemos, o deputado pela Bahia, Artur Maia, do Cidadania, entre sugestões temporárias, colocou uma alteração de caráter permanente, que consiste em reduzir em 50% do valor que os jogadores têm direito numa rescisão de contrato com os clubes.

– Na semana passada, foi apresentado um Projeto de Lei da Câmara, de autoria do Dep. Artur Maia (Cidadania-BA), que trata de algumas medidas de superação dos efeitos da pandemia no futebol brasileiro. Dentre elas, estão a suspensão temporária de 6 meses no pagamento das parcelas do PROFUT por parte dos clubes e a possibilidade de celebrar contratos de trabalho desportivo por até 30 dias, no caso de volta dos estaduais. Tudo isso, vale frisar, de forma circunstancial, para enfrentar os efeitos concretos da pandemia. Mas uma disposição do Projeto foge desse caráter, o que consideramos no jargão legislativo um “jabuti”, ou algo que é estranho ao seu propósito. Falo da proposta de redução, EM CARÁTER PERMANENTE, do valor minimo da cláusula compensatória desportiva, em caso de rescisão do contrato, para 50% do valor total ao qual o jogador teria direito. Hoje, quando um clube encerra unilateralmente esse contrato antes do tempo, ele tem de pagar integralmente os salários que acordou com o atleta, conforme estabelecido entre as partes. Nada mais justo, né?

Romário destacou em texto publicado em rede social a mudança permanente proposta, citando que presidentes de clubes estão tentando aproveitar a situação delicada que se encontra o mundo se encontra para ‘encobrir gestões irresponsáveis’, e não devido aos prejuízos causados pela pandemia de Coronavírus, tudo isso sem debater tal assunto com representantes dos atletas. Concluindo, o “Baixinho” disse que isso não pode ser aceito e se mostrou confiante de que os outros deputadores saberão analisar e retirar o projeto.

– Pois é, alguns presidentes de clube agora querem aproveitar o momento de crise para encobrir gestões irresponsáveis que vêm desde muito tempo, e não por causa dos prejuízos com a pandemia. Isso sem qualquer debate prévio com representantes dos atletas. Uma coisa é tentar negociar alguma redução salarial durante a paralisação. Outra bem diferente é querer, por uma manobra legislativa, criar uma espécie de salvo-conduto para que continuem a endividar irresponsavelmente seus clubes com contratos altíssimos, para depois simplesmente jogar o calote na mão dos atletas. Não podemos aceitar isso. Estou certo de que os Deputados e as Deputadas saberão ver esse absurdo e retirá-lo do Projeto do Dep. Artur Maia. Alguns de nossos dirigentes precisam, de uma vez por todas, parar de usar o calote como ferramenta de (má) gestão.

A publicação de Romário em defesa da classe teve grande repercussão positiva entre os jogadores, que comentaram apoiando e parabenizando o ex-atacante pela atitude. Entre eles, se manifestaram alguns vascaínos, como o zagueiro e capitão Leandro Castan, o volante Andrey, o goleiro Fernando Miguel, o lateral-direito Cláudio Winck, e o atacantes Ribamar e Tiago Reis. Veja abaixo.

Leandro Castan

– Tmj contigo, Romário. Obrigado por defender nossa classe, vamos juntos.

Andrey

– Muito obrigado pelo apoio.

Fernando Miguel

– Obrigado, Romário! 

Cláudio Winck

– Obrigado, Romário.

Ribamar

– Obrigado pelo apoio, Romário.

Tiago Reis

– Obrigado pelo Apoio. 

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