O vascaíno que levou jato de extintor pode ganhar ingresso

A truculência do funcionário do Vasco que, após jogar jato de extintor de incêndio sobre torcedores na porta de São Januário, foi identificado e demitido ontem pelo clube, não apagou o sentimento de solidariedade entre os vascaínos acostumados a sofrer em filas para jogos importantes em São Januário. Ontem, o estudante Rodrigo Vila Nova, de 30 anos, que passara por problema semelhante na véspera da final da Copa do Brasil, entrou em contato para oferecer um ingresso ao vascaíno que aparece na foto ao lado.

Para receber a entrada e ir ao jogo de domingo entre Vasco e Corinthians, o torcedor deve se identificar e entrar em contato pelo e-mail esportesprj@extra.inf.br.

Somente na noite de ontem, o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, se manifestou oficialmente sobre o episódio. Ele pediu desculpas à torcida, classificou o tumulto como triste, lamentável e desnecessário, além de chamar a ação do segurança demitido, Igor Ferreira Coimbra, de desastrosa.

Solidário, Rodrigo Vila Nova lembrou ontem de quando ficou de plantão na sede náutica do clube, sonhando com um ingresso na final da Copa do Brasil. Não conseguiu. Só foi ao primeiro jogo contra o Coritiba graças a outros — e conhecidos — meios.

— Acabei conseguindo ir porque meu primo comprou um ingresso de cambista a R$ 190. Vi a notícia no jornal e, como fiquei com um ingresso a mais porque o chefe desistiu de ir ao jogo, vou dar para esse rapaz — disse o solidário vascaíno, que viu no gesto uma forma de compensação pela atitude irresponsável do funcionário do Vasco: — Ele (funcionário) não pode sujar o nome do clube. Não é hora de criticar, temos que fazer um pacto pelo penta e não deixar que nenhum vascaíno se afaste nesse momento.

Fonte: extra on line