Torcedores de Vasco e Flu cantam hinos das organizadas na cadeia
Os torcedores de Fluminense e Vasco foram presos em flagrante no último domingo por causa de uma briga antes do clássico.
Os torcedores de Fluminense e Vasco, presos em flagrante no último domingo por causa de uma briga antes do clássico entre as duas equipes, parecem não estar preocupados com suas situações. Demonstração disso é o comportamento dos detidos dentro da própria carceragem, onde os mesmos ficaram entoando os cânticos de suas torcidas organizadas.
– Eu acredito que eles possuem grande periculosidade. Eles não têm qualquer respeito pela lei. Dentro da carceragem, sabendo que estavam presos, ficaram cantando o hino da torcida. Isso é um absurdo, é uma ousadia – afirma a delegada da polícia civil do Rio de Janeiro, Cristiane Almeida
A Justiça já decidiu que os torcedores vão ficar detidos por tempo indeterminado. Cinquenta e sete pedidos de liberdade provisória foram negados pelo juizado do torcedor. Dos 118 indiciados, metade já teve passagem pela polícia por crimes como roubou a mão armada, até homicídio. Dois deles aguardavam julgamento em liberdade e seis são militares.
Por serem militares, estes seis estão detidos em quartéis do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Dos outros 112 envolvidos, 93 foram para o Complexo de Bangu e 19, que são menores, estão na Delegacia de Proteção ao Adolescente e Criança (DPCA).
Três dias antes do clássico a PM-RJ se reuniu com representantes das organizadas de Fluminense e Vasco, houve um acordo de paz e a polícia faria a escolta dos torcedores para evitar desvios de conduta. A delegada Cristiane Almeida salientou que o trabalho dos oficiais foi eficiente na detenção dos vândalos.
– Mas os policiais do Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios) já estavam monitorando e lograram êxito em prender tantas pessoas. Nunca tinha se prendido tantos torcedores como desta vez, foram 118 – afirma.
Casos de brigas entre tricolores e vascaínos não são de hoje. Em 2012, torcedores dos dois clubes também se enfrentaram e 23 pessoas foram condenadas. Dois envolvidos continuam presos.
– Isso significa que valeu a pena o flagrante de 2012, que teve o caráter que a sociedade espera da aplicação da lei. Deu certo – completa a delegada.
Globo Esporte