‘Time sem vergonha’: Vasco volta a São Januário sob fortes críticas da torcida

O Vasco da Gama voltou a jogar em São Januário após um mês e meio, e viu a pressão forte das arquibancadas.

Torcida do Vasco protesta em São Januário
Torcida do Vasco protesta em São Januário (Foto: Dhavid Normando/ge)

Após mais de um mês e meio, o Vasco reencontrou a torcida em São Januário na noite deste sábado em um ambiente marcado pela pressão pelos resultados negativos recentes, faixas protestos e vaias a alguns jogadores logo no apito inicial.

A equipe de Fernando Diniz chegou a abrir o placar contra o Grêmio, mas terminou com um empate amargo em 1 a 1 e viu a zona de rebaixamento se aproximar. O Vasco soma 14 pontos e pode terminar a rodada com a mesma pontuação do primeiro time no Z-4, caso o Vitória vença o Bragantino neste domingo.

Faixas de protesto

A pressão em São Januário já pôde ser observada no protocolo de entrada dos times no gramado. Em vez da tradicional festa promovida pela torcida, os jogadores foram recepcionados com gritos de “obrigação é ganhar no Caldeirão”, vindos em peso da arquibancada.

Atrás do gol, também foram vistas algumas faixas de protestos direcionadas à diretoria e aos jogadores do Vasco.

Vaias a João Victor

João Victor foi o principal alvo da torcida. Antes da partida iniciar, quando os jogadores ainda se posicionavam em campo, a organizada do Vasco já entoou xingamentos para o zagueiro:

“Ô João Victor, vai se f***! O nosso Vasco não precisa de você!”.

Com a bola rolando, João Victor ouvia vaias toda vez que tocava na bola no início da partida. O defensor mostrava certo nervosismo no primeiros minutos e chegou a se atrapalhar com Léo Jardim em disputa com Cristian Oliveira. Lucas Freitas também foi vaiado depois de alguns erros, mas com menos intensidade do que o seu companheiro de zaga.

O protesto foi diminuindo ao longo da primeira etapa até cessar por volta dos 20 minutos, quando o Vasco como um todo também melhorou seu rendimento em campo. Em muitos momentos, uma parte dos torcedores localizados na área social do estádio aplaudia João Victor para demonstrar apoio.

João Victor foi muito criticado pela atuação na goleada sofrida para o Independiente del Valle, na terça-feira passada, pelos playoffs da Sul-Americana. Na quinta, no encontro de membros de uma organizada com o elenco no CT Moacyr Barbosa, o zagueiro foi acusado de debochar dos torcedores.

Apreensão da torcida e apoio

A necessidade do resultado e a sequência negativa de resultados também refletiu na atmosfera da torcida, que se mostrou mais apreensiva no início do jogo e com cânticos mais tímidos. O Grêmio buscou se aproveitar do nervosismo e teve as melhores oportunidades nos primeiros minutos para abrir o placar. João Victor foi muito criticado pela atuação na goleada sofrida para o Independiente del Valle, na terça-feira passada, pelos playoffs da Sul-Americana. Na quinta, no encontro de membros de uma organizada com o elenco no CT Moacyr Barbosa, o zagueiro foi acusado de debochar dos torcedores.

O Vasco melhorou na segunda parte do primeiro tempo e a resposta também aconteceu nas arquibancadas, com a torcida mais inflamada.

Os protestos que antes eram direcionados principalmente a João Victor passaram a ter como foco a atuação do árbitro Felipe Fernandes de Lima. O primeiro atrito aconteceu no gol anulado de Hugo Moura, aos 34 minutos, por impedimento de Vegetti assinalado após consulta ao VAR.

A principal bronca, porém, viria aos 40 minutos, quando a arbitragem assinalou falta sofrida por Hugo Moura na entrada da área e não percebeu a vantagem do Vasco com David, que entraria cara a cara com Volpi.

O lance, inclusive, deixou Diniz furioso, que levou cartão amarelo por reclamação e ainda saiu esbravejando: “Tem que dar amarelo para mim mesmo”, irritado.

O fim do primeiro tempo aconteceu sem protestos, mas com poucos aplausos. As poucas palmas vieram da área social.

Explosão do gol, frustração e “time sem vergonha”

O Vasco voltou bem para a etapa final e chegou ao gol com Lucas Freitas. O sentimento de alívio foi visto na emocionada comemoração de Lucas Freitas e também com a explosão da arquibancada.

Na comemoração, Lucas Piton aproveitou o momento para dar um abraço em João Victor. Enquanto o grupo foi comemorar com o autor do gol, o zagueiro caminhou lentamente até Fernando Diniz e parou para ouvir instruções.

Depois do gol sofrido e o empate amargo em 1 a 1 no fim, o time desceu para o vestiário com gritos da arquibancada de “time sem vergonha” e protestos da torcida, principalmente da área social, direcionadas ao presidente Pedrinho.

O time volta a São Januário já nesta terça-feira, mas com uma missão muito difícil. A equipe enfrenta o Independiente del Valle e precisa reverter uma desvantagem de quatro gols contra o time equatoriano para se classificar às oitavas de final da Copa Sul-Americana. A bola rola às 21h30 (de Brasília).

Fonte: Globo Esporte

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1 comentário
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    Os protestos fazem parte , mas não si pode culpar os jogadores por esta campanha medíocre , ela tem que ser dirigida a diretoria e comissão técnica .Não são com ameaças que farão que um jogador muda da noite para o dia , eles são profissionais , são contratados para jogar e entram em campo para para isto , mas sem treino de conjunto , sem orientação de posição como ficar em campo não podem produzir. Fernando Diniz já havia passado pelo Vasco e , não foi bem , veio do Cruzeiro com péssima passagem e , si lá estivesse o time Mineiro não estaria na posição em que si encontra e , mesmo assim , o Vasco foi lá e o contratou .Era temerário escalar João Vitor em São Januário pelos últimos acontecimentos e , mesmo assim , ele o lançou na toca das feras , ele o teria que preserva-lo , arranjava uma contusão na hora do aquecimento , mas irresponsavelmente , não o fez , Diniz está perdido .

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